Textos de brincadeira de criança para estimular o brincar
Equipe editorial do Pensador
Criado e revisado pelos nossos editores
Brincar é uma das maneiras mais poderosas de aprender e se desenvolver. Através das brincadeiras, as crianças adquirem habilidades essenciais para a vida, como o trabalho em equipe, o respeito aos outros e a criatividade. Cada brincadeira traz novas oportunidades para crescer, se divertir e fazer descobertas que tornam o mundo mais alegre e interessante.
Quando as crianças brincam de faz de conta, tudo se torna possível! Um simples pedaço de pano vira uma capa de super-herói, e uma caixa vazia rapidamente se transforma em um castelo encantado. Brincar de imaginar é uma maneira de soltar a criatividade e descobrir novos mundos. É uma das formas mais simples e alegres de aprender, pois a imaginação não tem limites!
O momento da brincadeira é uma oportunidade de desenvolvimento para a criança. Através do brincar ela aprende, experimenta o mundo, possibilidades, relações sociais, elabora sua autonomia de ação, organiza emoções.
Através do jogo, a criança compreende o mundo à sua volta, aprende regras, testa habilidades físicas, como correr, pular, aprende a ganhar e perder. O brincar desenvolve também a aprendizagem da linguagem e a habilidade motora. A brincadeira em grupo favorece alguns princípios como o compartilhar, a cooperação, a liderança, a competição, a obediência às regras. O jogo é uma forma da criança se expressar, já que é uma circunstância favorável para manifestar seus sentimentos e desprazeres. Assim, o brinquedo passa a ser a linguagem da criança.
Patrícia Lopes
O brincar é algo imprescindível para existência humana, pois desenvolve situações imaginárias e fantasiosas da realidade de forma a cooperar na capacidade de interpretação do indivíduo, possibilitando a construção de relações sociais com outras pessoas, para um melhor convívio na sociedade.
A brincadeira provoca na criança diversas sensações, principalmente questões individuais do cotidiano que já tenha vivenciado, enfim, promove novas experiências que levam ao desenvolvimento, proporcionando novos conhecimentos, não deixando toda alegria e satisfação do brincar.
Lidiane da Costa da Silva Marques
Ao brincar, a criança assume papéis e aceita as regras próprias da brincadeira, executando, imaginariamente, tarefas para as quais ainda não está apta ou não sente como agradáveis na realidade.
Não é o castelo de areia a coisa mais importante na brincadeira da criança. O mais importante é a imagem de um castelo de areia que a criança tem na cabeça antes de começar a construir o castelo. Por que outra razão você acha que ela destrói com as mãos o castelo que acabou de construir?
Quando criança
sentíamos a cumplicidade no olhar
as brincadeiras
as broncas
No sentar para comer
as fantasias próprias da idade.
Horas de cochicho na cama
até pegar no sono.
Fomos crescendo
junto, o peso da responsabilidade
o distanciamento
outros quereres
planos que se traçam
e se frustram
sonhos que ficam perdidos na memória
Olhar longe
com receio de cruzar os olhares.
Se perdendo no muito em fazer.
Que o meu entardecer
seja o seu amanhecer,
só que esse sol é o mesmo
eu sou a mesma.
Toda vez que ver uma rosa
saiba que ela simboliza o amor
esse meu irmão que sinto por você.
Quando sentir uma brisa leve
sou eu a te abraçar
Ao olhar pro mar
ele estiver revolto
é a saudade dentro do meu peito.
A distância é um detalhe.
O pulsar do coração
é a esperança de alcançar o sucesso.
A chegada é a alegria
de ver um irmão à casa retornar.
Saudades...
Da época de criança, das brincadeiras inocentes, que hoje já não são tão inocentes assim. Das tardes em que eu passava fazendo exatamente nada, que hoje já são tão movimentadas. Saudade de quando eu era ingênua, de quando eu não entendia nada, das épocas que eu só ouvia, e não precisava dar minha opinião, por isso não era criticada. Saudade de quando todos faziam as minhas vontades, que eu era a princesinha da casa. Saudade...
Saudade de quando eu acreditava em papai Noel, coelhinho da páscoa e príncipe encantado.
Pensa que eu tinha certeza que existiam príncipes, a, e não eram príncipes comuns, eles chegavam em um cavalo branco e eram perfeitos e eu tinha certeza que era mentira que eles viravam sapo, mas com a vida a gente aprende a acreditar, ou não acreditar.
Na verdade, a gente aprende a ouvir, a entender, a viver.
Lembro-me do tempo em que quando criança, meus problemas se resumiam as brincadeiras no intervalo do colégio. Esse tempo passou, e junto com ele, inúmeros problemas começaram a fazer parte do meu cotidiano. Naquela época, a vontade de crescer era enorme, me tornar adulto e poder fazer tudo aquilo que não era permitido. Hoje, sinto saudades daquela época, e vejo que se tornar adulto, não são as mil maravilhas que plantam em nossa cabeça. Se pudesse, gostaria de ter vivido ao inverso, começasse minha vida como um velho e a terminasse como um bebê. A sabedoria da vida adulta me faria aproveitar muito mais minha infância e saber que, todos os problemas que temos quando jovens, não são nada perto daqueles que enfrentamos ao envelhecer.
Um antropólogo propôs uma brincadeira para algumas crianças de uma tribo africana. Colocou um cesto de frutas perto de uma árvore e falou que quem chegasse primeiro ficaria com elas.
Quando ele deu o sinal todas as crianças deram as mãos e correram juntas, chegando ao local elas sentaram e compartilharam as frutas entre si!
Quando perguntaram às crianças porque quiseram correr todas juntas quando apenas um poderia chegar e ganhar o prêmio, elas responderam: "ubuntu: como pode um ser feliz enquanto todos os outros estão tristes?"
Ubuntu na cultura africana subsaariana quer dizer: "eu sou, porque nós somos".
E a criança sorriu,
Na beleza do seu sim,
Na sua brincadeira de ser inocente,
E na pureza de seu olhar.
No encanto tão aparente,
Talvez no descobrir da vida, latente,
Assim quem sabe ganhe um beijinho de presente.
Um belo abraço e um obrigado,
Por estar sendo ouvido,
Cuidado e amado.
Filhos, sobrinhos e amigos,
Pequenos soldados,
Treinados para vencer a dor,
Espalhar o amor e pintar o mundo
Com uma linda cor.
Fui criança com todas as letras. Todos os cortes, quedas, brincadeiras e perebas que uma criança deve ter. Criança crescida na rua, poeira, sol, carreiras, pipas, bilocas, enfincas, bolas e besteiras do tempo de menino. Criança que adorava correr, subir, esconder, sumir, sorrir, se jogar pra vida que nem sabia que tinha. Já passei tardes abraçado num cachorro, já achei carrapato na perna, já tive verrugas e tiririca. Fui criança do dia, daquelas do cabelo grande, do joelho ralado, dedão estourado, sempre ao sol, bronzeado. Fui criança da noite, da lua, do pique-esconde, do pique-pega, do policia x ladrão. Já me apaixonei pelas amiguinhas, já escrevi as primeiras linhas, nas agendas e diários. Fui daqueles de chutar bola no portão, tocar campainha e correr, fazer fogueira, contar histórias, ter amigos. Muitos. Já fui um dia escritor, sonhador, cantor, astronauta, polícia, bombeiro, jogador. Já fui He-man, Thundercats, já dei o pulo do Daniel-San, já fui Zico, já fui Socratés, Já fui Senna. Um dia me lembro, já fui Rambo, Chuck Norris, já fui Comandos em ação, já fiquei preso na Caverna do Dragão, já odiei o Mestre dos Magos. Já dancei Menudo, balão mágico, trem da alegria, já gostei da Xuxa, já assisti muito filme de terror no Super Cine, não perdia Sessão da Tarde, já vi escondido o Cine Privê. Já tive walkmam, bamba, kichute e conga. Já fui muito corajoso e atrevido, comia melancia com ovo e bebia leite com manga, mas amava mesmo era pão-doce com baré. Fiz primeira eucaristia, comunguei ainda criança. Sim! Sempre tive muita fé! Sempre amei Jesus! Já quis cantar igual Renato Russo, já quis correr igual Joaquim Cruz, já quis dar o saque nas estrelas do Bernardo, já dei drible igual o Bebeto, eu era moleque, moleque esperto. Eu tive infância como acho que infância deve ser. Fui criança como acho que criança deve ser. Tempo bom, que não volta nunca mais. Mas, nem precisa carrego comigo a lembrança de toda essa época boa, muito boa, boa até demais!