Breve
O Papa está avacalhando a Igreja Católica com tantas canonizações. Dentro em breve o status de santo passará a ser irrelevante podendo perder em importância para o Oscar.
Uma brisa mais leve
Um breve pensamento
E talvez eu me lembre
Onde foi que perdeu-se o brinquedo
Da criança que um dia eu fui
Mas o tempo prossegue fluindo
Nesta vida da gente
Pouca coisa existe realmente
Portanto não vale a pena
Carregar lembranças tristes
Quando a fruta apodrece
A semente germina
E assim que termina
Algo mais acontece
Pois nem sempre uma queda
Fatalmente
Vai representar ruína
A gente pode sempre
Não lançar a pedra
Nem dizer palavra
Porém se não o fizer
Morrerá sem descobrir
Por que as coisas estão
Aqui e ali
E mesmo assim
Todos prosseguimos caminhando
A caminho de um fim
Porém
Ninguém afirmou, sem dúvida nenhuma
Que o nada
Realmente represente um nada
Creio
Que talvez seja difícil agora
Compreender a tudo isso
Mas prossiga tentando
Intuitivamente a gente sabe
Que não nos cabem certas perguntas
Pois, nem todas elas
Juntas e mescladas
Poderão um dia
Responder a qualquer coisa
Que seja pouco mais que nada
A paz tão procurada
E aquele brinquedo perdido
Que a lembrança carregou na leve brisa
Continuam sempre lá
Tudo, com toda certeza permanece
Escondido nas dobras do tempo
E o tempo jamais se esquece
Portanto
Se de fato nada existe
Pense que isto traz a conclusão
da impossibilidade
de realmente inexistirem
Afinal, você pensa
E é nisto que tudo consiste
E, se tristeza não há, então
Nada pode ser assim... tão triste
Edson Ricardo Paiva
O mais importante nesse breve espetáculo chamado vida, é fazer o show, e fazer o público ovacionar, antes da cortina se fechar.
Nestes tempos de sombras, movimentar se com a cabeça erguida, um breve sorriso somando se a luz, já faz toda a diferença.
Enfim cremos em um novo amanhecer.
No futuro breve, argumentar que o concorrente é uma empresa de fundo de quintal, não fará a menor diferença na decisão de compra do seu cliente.
O homem deve viver o prazer do instante, esse momento muito breve e que é o único que ele realmente tem, sem com isso lamentar-se com o passado vivido nem se infligir com o futuro que poderá viver. Aceitar o prazer momentâneo que a vida oferece é viver conforme a virtude. A virtude é a moderação dos prazeres, mas uma moderação interesseira, moderação para que não se esgote a fonte dos prazeres.
(da filosofia de Aristipo)
'DESENHO'
Cogito o mundo dos vernizes,
obra de arte,
teu corpo.
Sou breve em rasuro,
representações,
embaralho.
Fragmento telas,
borracho novos quadros.
Fito o linear dos olhares.
Pinto álgebras em giz,
cenários.
Amplificações de afeições,
Painéis,
compassos...
Traço esboços diários,
tuas curvas,
retratos.
Infinito novos dramas.
Torturo faces,
mãos,
papéis,
panoramas.
Inspiro geometricamente tua forma,
incorporo métodos,
desejos...
Nos quadrângulos/côncavos,
sussurro prospectivas.
És partículas,
com seus ângulos moldados à grafites,
tintas,
cores,
sulfites.
Sínteses de contornos harmoniosos,
fictícios,
provisórios.
Tentações...
É num breve momento de verdade, sem palavra alguma, que se encontra explicação pra todas perguntas que até então se encontravam sem respostas.
Meu amor, tenho que partir.
Se continuar aqui, neste beco sem saída, à tua espera,
muito em breve serei tolhida pelo frio,
pelo sentimento de vazio de ti,
e pelo vazio das horas do dia...
à medida que a noite chega de mansinho.
Uma breve reflexão sobre o tempo.
Me parece que incontestavelmente; nós só nos damos conta dele quando o mesmo já se passou. Sobre o devido valor, também. Nas noites difíceis, a alma navega sobre obsoletas paixões, as noções inacabadas de momentos que já não são mais. Um turbilhão toma o lugar de uma aparente paz; e a convicção do ser que crê que é, sucedida por um efêmero caos, entra em contradição. Em tempos assim, deliberar sobre o que se foi é quase que angustiante por que fomos felizes. Hoje, se somos tão demasiadamente felizes, o que será do futuro? Melancolia pelo que foi, ou alegria pelo que é? Inevitavelmente os dois. Sim, a vida é um labirinto de incongruências e dualidades do qual vivos, nunca sairemos.
O corpo
Reclama,Reclama,Reclama ,
Clama, você.
A morte se reaproxima.
Estou partindo, em breve.
Silenciosamente, sem alarde.
Quero poder me despedir de você.
A vida é muito breve para acordar de manhã de mau humor, então desperte todas as manhãs de bem com a vida.
Ame mais as pessoas que te querem bem e não dê tamanha importância aos que possam não te querer assim tão bem, afinal, nessa história somente eles terão algo a perder.
Acredite que viver, apesar de seus altos e baixos, sempre vale à pena e que se algo acaba é porque teve uma razão para assim o ser.
Se surgir uma oportunidade que possa mudar e melhorar sua vida, aproveite-a pois lhe foi dada exatamente para você crescer espiritual e humanamente.
Ninguém disse que a minha ou a sua trajetória nesse mundo terreno seria fácil, mas posso garantir que estar rodeada por pessoas de bem e ter sua amizade é um privilégio pra mim e pra todos.
E ao amor, quando surgir, prometo fazê-lo feliz nos restantes dos seus dias e que a cada manhã ao acordar e olhar ao lado possa dizer: valeu à pena.
Simples assim....Como as coisas simples da vida!
Sai o dia, vem à noite no cerrado
treva fria, palia o sol na cor bisonte
breve e leve, tão encantado, é fonte
num manto real no tempo dourado
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
hoje
um anjo esteve aqui em casa
Me abanou de leve
Sorriu-me um sorriso breve
E me convidou a passear
Sob a sua escolta
Apesar de eu
não sentir nenhum medo
Confidenciou-me, em segredo
Que me traria de volta
È engraçado o poder que Eles tem
em romper barreiras
No tempo e no espaço
Em um segundo eu voava
em seus braços
e via a chuva
Numa rua da minha infancia
Chamada Adele Zarzur
E via o brilho das pedras e cascalhos
Que a chuva lixiviava
E se acumulava
E se avolumavam
Bem em frente a casa
onde eu morava
E eu nem me lembrava
Que isso acontecia
Quando voltamos pra casa
a febre havia baixado
olhei pro Anjo, agradecido
Enquanto Ele se desfazia
antes de partir, Ele me pediu
Que transformasse meus problemas
em poema ou poesia
TEMPORADA DA VIDA (soneto)
A temporada da vida, apressurada
De encenação tão ágil e tão breve
Aspira a existência tal qual ar leve
E nos leva numa célere enxurrada
O fado de asas que não susteve
Se enlaça na fragilidade tramada
Em tênue mormaço e mais nada
Criando a história do que se teve
Por que a tão delgada cadência?
Dissolvida nesta árida impotência
Quando se quer mais no amanhã
Num sopro de alta magnificência
O dom de existir, se contingência
É a morte, que a vida seja anfitriã
Luciano Spagnol
Agosto/ 2016
Cerrado goiano
NADA
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Muitas vezes ensaio reaver teus olhos,
uma breve atenção que sinalize um sim,
que me chame do fim para novo começo
e me deixe feliz por pensar que já sou...
Logo acordo e me vejo tão fora do sonho,
tão real no vazio, tão corpo sem alma,
ponho todas as forças num sono forjado
pra dormir pro que sinto e me livrar de mim...
Nada salva esta nau à deriva no ermo
de qualquer esperança, de alguma utopia
menos vaga e vazia dentro do meu ser...
Se remar é preciso não é neste caso;
tenho rumo impreciso na fuga traçada
que me leva pra nada em busca de ninguém...
TEMPO E VIDA
O tempo
é ouro,
o tempo
urge;
a vida
é
bela,
a vida
é
breve.
Tempo
e vida,
vida
e tempo -
Jogar
fora
quem
se atreve?...
Por falar na vida, talvez ela não seja tão breve assim, talvez dê tempo de amar verdadeiramente mais de uma vez, talvez meu sonho seja realizado, talvez eu reencontre aquela pessoa que foi tão importante, a que me fez algum mal, ou aquela que não acreditava no meu potencial, talvez eu tenha filhos, talvez eu more em outro país, talvez eu consiga me desprender da materialidade, não completamente, mas o suficiente para que isso não atrapalhe o verdadeiro motivo de estar nessa vida, talvez eu dê menos importância para o que os outros pensam de mim, talvez amanhã seja melhor que hoje ou talvez não, talvez dê tempo de fazer isso tudo... Talvez eu acredite em tudo que escrevi, ou, talvez não.
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