Brasa
Cheiro de infância risonha no fogão,
Lenha queimando em ardente brasa
Criança adormecida voando alto
Num mundo colorido e sem asa.
Gosto de café com amendoim torrado,
Perfume do campo lembrando flor.
Lençol branco secando no varal
E no peito da criança somente amor.
Eu sei que tu és fogo !
Eu sei que tu és fogo !
És brasa no altar !
Quem brinca contigo,
pode se queimar !
Mas, tem crente,
que não leva fé !
Brinca contigo,
a hora que ele quer !
Usa o teu nome,
na congregação !
Profetiza coisas,
do seu coração !
Prega tua palavra,
da maneira que bem quer !
Faz tudo, em nome de Jesus de Nazaré !
Mais um furo no cinto pra segurar essa barra.
Mais um furo de brasa na calça.
Mais um fruto pra boca dessa gente falsa.
Mais um trago, e lá vai mais um pensamento, voa como o vento.
Menos ibope pros mala sem alç, to preocupado remendando os furo q tá na calça.
Eu só quero a liberdade de ser eu sem ser julgada.. de ser fogo sem ser brasa, de ser poema sem rima... tomar meu vinho, ouvir minha música... olhar a lua, contemplar estrelas e ainda assim... não ser taxada de qualquer uma.. só quero ser eu mesma sem rótulos, sem frescura, sem dedos apontados, sem neura ...
"Você pode até pegar uma brasa em chamas e ferir o outro. Mas antes de ferir alguém, terá que queimar a sua mão".
Somos como brasa e carvão. O ser humano é assim. Quando sai do fogo, vira carvão. Quando colocado outra vez no fogo, vira brasa. Vivemos sendo lembrados das coisas. E vivemos esquecendo. E relembrando.
Brasa, gelo e ego
Fizeste das paixões estigmas.
Das confissões de amor pecado.
Das juras mentiras.
Te tua conveniência verdades.
Abra-te a cura
Os estigmas vão sumir
confessa-te a si mesmo.
Que todas as conveniências sejam de dupla via em respeito as paixões do passado e as que vão surgir.
A filha do vizinho.
Como se forja uma faca,
O calor da brasa é tão imenso que vai moendo meu pensamento,
Como faz bem um café,
Tomo um golinho na xícara e rezo uma prece,
Feito a mão,
Me vejo no lombo de um cavalo,
Aos caprichos dos meus cuidados,
Desço e descanso,
E dou água para o meu pangaré,
Um poema emerge do meu coração,
No cerrado da lavoura,
Minha produção é própria,
Na espera da colheita,
As sementes foram muitas,
Faltou as chuvas e algumas secaram,
As madrugadas naqueles dias foram frias com intensas garoas,
Cheiro de mata no sereno,
Flores belas pantaneiras caem
E se espraiam pelo chão,
Pétalas amarelas e cor-de-rosas,
Jeito matuto tem esse poeta,
Canta ele e canta os pássaros,
Na verdadeira obra de arte,
Grita no banhado das espigueiras,
Bolinhas de colar artesanal,
Colonhão na beira da estrada,
Canta o pardal e o bem-te-vi,
No retrato do curral,
Cerca de tábuas escuras,
O óleo queimado é a tinta dos caboclos do mato,
Palanque na parte central do grande mangueirão,
Ahoooooo abolição,
Caba não para eu não entrar em erupção,
O relinchado do alazão é um torpedo aos olhos de um boiadeiro,
O berrante segue adiante chamando a boiada para vacinação,
Berra o boi , berra a manada,
Que ecoa levantando a poeira do chão
Bezerrada mama que parecem pequenos leitões,
Apartam-se das mães para ter uma nova comunhão,
A boiada vai caminhando como formigueiro no paredão,
A filha do vizinho se encantou,
Com o sapateado das patas do meu redomão,
E lançou á mim um desafio,
Se trouxeres esse potro aqui para eu cavalgar,
De brinde te dou eu,
E pode levar também,
O meu coração.....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Ela é
.
Ela é sempre assim...
Um pouco de tudo
Que falta em mim.
.
Um tanto fogo
Um tanto brasa,
No fim de tudo, amor sem fim...
.
Não me sobra
Não me falta,
Só me completa ama-la assim.
.
Edney Valentim Araújo
1994...
corpo
Ao sentir o corpo em brasa damos asas a pontas dos dedos e sentirmos vindo das entranhas o prazer, para enriquecer o deslumbre da imaginação, prazer este que chega devagar dando ao corpo o que ele pede. boca seca como o agreste e preste a sentir o gosto de mais.
Saudades de dar para alguém, que chegará logo para receber o mais belo prazer, aquele que foi guardado a sete chaves para um ser especial enviado, sem muitos se noes, sem medo de ser feliz e sendo aprendiz de um mundo novo , repleto de odores, flores e sensações.
Angelina Ribeiro
DO ESPETO PARA A BRASA ("Prova de que os valores estão invertidos é perceber alguns amando sapatos e pisando em pessoas!" — Nannye Dias
Agora, no meio da noite escura; sem sono, estou aqui pensando: muitos dos que constantemente falavam comigo, afastaram-se com medo de ser visto em minha companhia e interpretados como pactuadores de minhas ideias. Porém, tenho plateia, observam-me de longe! São eles os observadores da vida dos outros e juízes da aparência, digo-lhes: quando alguém concorda comigo, já penso que estou errado! Para segurança dos adversários, não aceito discípulos. Pois, em cada grupo de doze há um Judas. Isso é demais para mim, sou professor não chefe, este é quem gosta de puxa-saco! Apesar dos valores estarem investidos, confirmamos esta inversão, observando o descaso com quem ensina. Por isso não acontece mais, como houve nos tempos bíblicos; eu, virando-me para trás, amaldiçoei, como o profeta Eliseu fez a seus zombadores, os desrespeitadores de professor, em nome do Senhor de minha missão educacional. Mas, por isso, sou amaldiçoado por amaldiçoá-los, foi isso que ganhei: do espeto, caí na brasa! Em meu contexto atual, as ursas saem do bosque e poupam os adolescentes fanfarrões e fofos, todavia devoram o professor careca! CiFA
Peregrinação (microcontro)
Fogo aceso. Peixe na brasa. Viagens longínquas pelas matas. Guerreiros ancestrais caminharam rumo a uma terra sem males. Encontraram um paraíso fechado, um arco e uma flecha à entrada.
Tu e Eu frente a frente... É a brasa nas mãos, Tu e Eu frente a frente... É gelo que se desfaz no corpo e se apavora e faz bater os dentes de frio. Quero este encontro mas sem fronteira, sem limites e sem preconceito. quero este encontro, tu e eu frente a frente prontos para a vida.
Tu e Eu frente a frente...E a fogueira arde e acelera os nossos corações fazendo-nos afirmar, sim queremos, não foi uma ilusão, sentimos claramente, não é ilusão dos sentidos.
Apague o
brilho que não chamo de estrelas.
Dance na brasa que não seja o
fogo de fogueiras.
Beba da água que não chamo de
chuva.
Nade no sal que não seja o que
chamo de mar.
Sinta seu cabelo voar
que não seja o que chamo de
vento.
Ame...
que não seja o que chamo de
sonhos.
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