Braço
Um braço de ferro um vez por outra não demonstra obrigatoriamente falta de civismo ou elevação.
Quem nunca faz força, nunca sabe a força que tem.
Estiquei o braço e só encontrei o vazio,
Acordei sobressaltado, não era sonho,
Rolei para o teu lugar, busquei teu vestígio,
Fechei os olhos, para no sonho te encontrar.
Levou consigo as petúnias que um dia se abriram e logo murcharam. Levou a neblina o pretenso braço desguarnecido de euforia e sobretudo capturou o que não foi nem inventara e tampouco fez de conta que eram contas silenciáveis. Deixou somente um fio contrastando com a erosão para não ser totalmente estéril e ouvir em sua quase declinação. “Não seja um inseto dos destinos. Foi brevíssima e dúctil a docilidade com que numa farta ironia satirizou a indumentária como um lapso mordaz. Não me sobrecarregue com adjetivos como se fossem graças disponíveis em que não mora nenhuma gramática. Nesse quase mensurável êxtase aceito que partas sem partilhar-me silêncios ou livros ou cetins. Sou dos cortes não cerzidos mas polidos pela simbologia pelo gesto isento de tragédia. Sou uma concepção atípica um cajado sem declínios”
No tempo de estrada eu resolvia tudo na base do braço, com as mãos no volante ou em momentos raros de combate, o tempo e os estudos me acalmaram, a caneta é mais leve de fato, mas quando me deparo com gente arrogante, sem educação e agressiva no trato, ah... Sinto uma saudade enorme daquele tempo, quem me conheceu sabe o que falo!
Se sua mente está doente, acolhe ela como um recém nascido, segurando-lhe a no braço, pois o choro e a teimosia da tua mente não interfere e nem é ligada a tua responsabilidade.
Ah... emoções como o coração brinca .
Nesse batalha de braço, nem sempre a mente domina.
Um jogo de gato e rato, a lei do mais forte predomina.
Será mais forte mesmo, ou alguém que teme a entrega e finge ser durão.
Não consigo entender tal geração que diz não querer, mas que engana sua própria razão.
Já foi mais tranquila a entrega, eu quero e vou me arriscar, hoje simplesmente é anulado esse querer por medo de amar.
Uma perspectiva tão frustada, que não sente o tempo passar e quando se dão conta os cabelos brancos não são nada, perto da vida vazia de sentir.
Um quarto escuro sem amor, a ilusão do que passou.
Dias que seguem, não cativou
O medo sobressai, não dá para voltar no tempo e recuperar o que deixou.
Não se sabe os frutos que poderia ter tido, a penas que não tentou.
Foi mais fácil se esconder, fugir para não viver
Hoje tem vida corrida, busca não pensar!
Dedicação ao filho trabalho, é preciso se ocupar.
Voltar para casa tarde da noite, assistir um pouco de tv e relaxar, mas relaxar como ? Não há quem o receba e um carinho no lar.
Pensamento de Islene Souza
Braço do Norte
Entre a Serra Geral e o Mar
a história do povo originário
e dos desbravadores onde
arpeja o Rio Braço do Norte
ergueu uma cidade de gente
honrada e forte que emoldura
com beleza o sul catarinense.
Montes, vales e colinas
repletam com mistérios
o imaginário contemplativo,
Quedas d'água, córregos e rios
adornam com ternura
a terra que retribui com fértil
e gentil beijo ao Homem.
O curso da água doce
com o mar se encontra,
O tamanho do amor que tenho
por Braço do Norte perdi a conta:
Só sei que verei a Lua surgir
e o Sol nascer além da conta.
Braço do Trombudo
Trilhas abertas por pioneiros,
refúgio das antas e mistérios
das matas que deste jeito
começou a florescer cidade.
Minha Braço do Trombudo,
o teu nome faz menção
à elas e ao leito do rio,
tu és alegre e meu destino.
Onde na Capela rezo
e no Morro Santo Antônio
revivi cada passo dado,
tu és o endereço deste coração
por ti eternamente apaixonado.
Na Cachoeira do Saraca
me vejo para sempre
poesia de amor eternizada.
Na Cachoeira das águas sulfurosas
me vejo eternamente escrevendo
as tuas histórias maravilhosas,
e nela me vejo de enleios vivendo.
Na Cachoeira do Ribeirão Vitória
me vejo canção e história
desta tua essência é gloriosa.
Louvo esta gente virtuosa
que nunca deixou de por ti lutar,
e sem olhar pro calendário
é por ti com toda a alma,
coração e dedicação sem par.
Quando você trocou
de par e me escolheu,
Senti o calor do seu
braço que na verdade
sem sabe era o calor
do seu amor pelo meu,
E foi neste Engenho Novo
que o seu coração poético
com maciez me escolheu.
O teu olhar açucarado
é um convite,
O mel do teu beijo
eu aprecio sem limite,
O teu braço enlaçado
no meu corpo
me levando pelo salão
nós dois bailando
o Rasqueado Cuiabano
e cantando juntos o refrão.
Transgressões
Quem deu ouvidos à nossa pregação!
E quem recebeu o braço do Senhor?
Ele foi renovando tudo no seu amor.
Mas parecia uma raiz de sequidão.
Nós ainda assim, não vimos nada belo,
no seu aspecto, para que o aceitássemos.
Foi desprezado, e o mais indigno de todos,
os homens, no seu lindo e manso apelo.
Foi um homem de dores e muito sofrido.
Mas nós não fizemos dele caso algum.
Mas ele por nós, foi muito atingido.
Pois ele, não tinha nem pecado um.
Ele foi ferido pelas nossas transgressões,
E foi moído pelas nossas iniquidades.
Mas lhe fizemos muitas agressões.
E muitas mesmo muitas maldades.
O nosso pecado, foi castigado nele.
Para que tivessemos a nossa paz.
Disso foi ele de nos dar, sempre capaz.
Fomos sarados pelas pisadas dele!
Não se corta um braço apenas porque perdemos uma unha... Radicalismo é uma forma animalesca de viver.
Durante a madrugada eu acordo, sinto que meu braço esquerdo está meio dormente e vejo que ela dormiu no aconchego do meu peito e prendeu meu braço. Quando tento move-lo um pouco, sem atrapalha-la, para ficar mais confortável para mim, ela, sem acordar, ajusta mais seu rosto entre meu peito e meu braço, joga sua perna esquerda sobre a minha direita e passa seu braço por cima da minha barriga me abraçando ainda mais calorosamente. Um sorriso que com palavras não consigo expressar o sentimento que flui pelo meu coração se desenha em meu rosto. A fraca luz de led azul da mesa onde meu computador está, ilumina a linda pele morena de seu doce rosto e eu reparo em cada sutil e delicado detalhe dos traços que compõe minha amada. Seus olhos fechados, levemente puxados, semelhantes a uma japonesa, perdidos em um mundo de sonhos que em mil anos eu não imaginaria. Seus cabelos negros jogados entre o travesseiro branco e o colchão azul claro da cama, sua respiração calma e tranquila está no mesmo ritmo da minha e nesse momento eu me toco de que meu coração bate calmo, meus pensamentos ruins e preocupações do dia a dia se vão; e eu percebo que naquele momento, naquele instante da madrugada, não existe lugar no mundo que eu queria estar mais do que ali. Ali era perfeito e ali eu peguei no sono novamente
DEGUSTE
Me tome pelo braço
Me enlace em seu abraço
Me envolva com seu corpo
Me tire a solidão
Diz que eu te satisfaço
Quando eu me desfaço
Do ego, dos credos
Do querer ter razão
Vivo de melodia
As vezes de agonia
A cada dia a dia
Arrisco uma febre de malta
Meu cão tão pequenino
Meus devaneios vive ouvindo
E não se cansa
Quando vou, ainda sente minha falta
Queria eu esquecer
Antes de quase enlouquecer
Jogada, amargurada
Embriagada em meio a rua
Pra você é muito fácil
Já que sou eu quem despedaço
Como uma velha rosa
Sentindo a falta sua
Então quando vier
Por favor não tenha pressa
Me entenda se puder e
Não se importe com o quanto custe
Se esqueça de partir
Me faz de novo sorrir
Já não quero mais que coma
Eu quero que me deguste
As vezes é preciso dar o braço a torcer , ter humildade e lembrar que sozinho não somos ninguém, e que a família é dada por Deus, mas os amigos são os que escolhemos porque nos identificamos e de alguma forma podemos ser nos mesmos com um pouquinho do outro.