Braço
Quando te abraço, parece seu corpo ultrapassar meu corpo -apenas imaginação - são apenas os braços fazendo isso, são dois corações bem mais próximos.
Eu posso dizer que a sua companhia continua sendo a melhor, mas aquela vontade de te ter nos braços passou, posso dizer que o seu olhar ainda é embriagante, mas os seus lábios já não me prendem mais.
"Não importa a idade e tampouco os erros do passado ou do presente nos braços da mãe encontramos compreensão, conforto, carinho, amor e paz.
Ela quer carregar o mundo. Nos braços, nas costas, no bolso, no coração. Não importa o peso, ela aceita o desafio. Tem pressa, tem sede, mil idéias. Faz planos, mas, impulsiva, cria expectativas e se atrapalha. Ainda assim, ela continua. Tropeça, aprende e recomeça. Ela quer conhecimento, horizontes e motivos pra sorrir. Mais dias no calendário, mais noites e madrugadas e mais de vinte e quatro horas, só pra variar. Arruma e desarruma armários, a vida, o pensamento. Rabisca e guarda papéis, revê fotos, amigos e filmes preferidos. Ouve e sente á boa música, aumenta com prazer o som. Quando é injustiçada, ela desaba e perde o tom. Se mostra mulher, se vê menina e quer pintar o quarto de lilás. Ela já teve mais pique, mas mesmo cansada persiste. Reclama do presidente, tem preguiça aos domingos, pinta as unhas de vermelho, aprende um novo idioma, malha, batalha, beija e morde o namorado, compra e lê um velho livro, sonha e busca um novo rumo, abraça poucos, briga com meio mundo e escreve sobre o amor.
E o que fazer quando meus olhos,
procuram teu olhar?
Quando meus braços procuram,
o teu corpo?
Quando minha boca procura,
os teus beijos?
Quando te procuro,
e não te acho?
Tem dias que o mundo parece que vai cair sobre mim mais é nos seus braços que vejo que ele estará em pé sempre por você está ao meu lado...
O silêncio fala
O silêncio fala,
braços estendidos,
conforto e apoio.
O coração se alegra,
afeto solidário,
une os ainda humanos.
Momento de tristeza
desamparo,
não pronunciam palavras,
fala-se com os olhos.
O que a voz acha desnecessário tornar palavras.
Dor compartilhada,
dividida,
menor o peso do infortúnio.
Vidas levadas em fugaz instante,
fragilidade do ser,
que deixa de ser presença para ser lembrança.
IRONIA
Dia abafado, o calor faz-me suar pelas têmporas e sentir meu corpo e meus braços úmidos, como se pequenas gotículas de água o cobrissem. Não há Sol, está nublado, mas a claridade ainda assim machuca meus olhos que acordaram há menos de duas horas e tanto, por isso estou de óculos escuros e com os vidros do carro abertos. O trânsito não está muito barulhento. Paro naquela esquina, no farol. Na padaria de esquina há um mendigo quase deitado, recostado sobre a parede branca, um velho imundo, barba grande que está brigando com seu chinelo rosa. No meio da discussão recosta a cabeça na parede e fecha os olhos, que estavam há todo tempo estavam semiabertos. Não sei se é a bebedeira, a ressaca ou o peso da vida.
Neste exato momento, ao seu lado, pela porta da padaria desce aquela velha senhora na pequena rampinha, amparada pela sua neta. Elegante batom vermelho nos lábios, blusa branca de mangas longas, uma calça meio social, sapatos baixos, colar de ouro no pescoço e alguns anéis do mesmo metal nas mãos. Exibe com orgulho sua cabeça totalmente careca e carrega em um dos braços uma sacolinha.
A sacolinha cai e a latinha de Coca-Cola sai rolando pela rampinha, acompanhada pelo grito de surpresa da senhora e parando despretensiosamente no meio da calçada, entre a velhinha e o mendigo. Este, abre bem o olho até que fique novamente semicerrado e fixa-se na latinha. A senhora também e, com ajuda da neta acelera o passo para pegá-la. O mendigo se inclina cambaleante em direção a sacolinha também, mas não tem muita força, nem velocidade para alcança-las. Neste exato momento os olhares se cruzam, velhinha e mendigo. Ficam assim por alguns segundos. Segundos que parecem eternos. Olhos cansados, velhos, que já viram e passaram muita coisa em todos esses anos, mas, os olhares, não são de afronta, são de mútuo respeito.
A neta daquela senhora pega o saquinho e a latinha e guia o braço da velha para o sentido oposto ao do mendigo. Os olhares se descruzam e perdem a atenção. Um com saúde e sem dinheiro, o outro com dinheiro e sem saúde. Cada um segue sua vida, no sentido oposto. O momento é ordinário, o dia é comum; mas cada um segue o seu rumo, pensando que daria de tudo na vida para ter, em apenas um momento, o que o outro tem.
Volta logo pra mim, amor meu, se jogue em meus braços e me refaça. Dê-me a vida novamente. Beije-me! Abraça-me! Usa-me! Espante de mim tamanha solidão.
Envolvo-me em teus braços
e sinto protegida
entre beijos e abraços
vai curando minha antiga ferida
Um simples toque nos cabelos
e entrego-me ao teu corpo
realizando meus invulgares desejos
tu és meu seguro porto
Sussurra baixinho tudo o que quero escutar
me chama de rainha, me chama de mulher
tenho medo, tenho medo de me apaixonar
mas sei que é diferente, não é um mero qualquer
Depois da nossa intensa noite de união
e os gritos avassaladores
olha pra mim com assombrosa razão
e pergunta-me sobre os antigos amores
Disse tudo e mais um pouco
mas me senti bem assim
tudo tão incrível, tudo tão louco
quero voce somente pra mim
E eu que sempre fui muito espaçosa, quero agora viver colada em você. Envolta em seus braços, sem nenhuma brecha, sem que me deixe escapar.
"Por favor amado meu, não me deixes aqui. Leve-me com você... leva-me em seus braços... Quero que me livre desse conformismo. Quero que tire meus pés do chão. Deixe-me sem ar nos pulmões e revire minha vida ao avesso. Deliciosos são seus beijos... acolhedor é o seu abraço. Então vem. Não demore amado meu. Tenho necessidade de você."
Porque amor de verdade é voltar para casa, pro colo, pros braços . É entregar-se a si e ao mesmo tempo ter a incontestável sensação de não mais se pertencer.
Lembranças de Você
Quando penso,
que já o esqueci…
vem a lembrança,
e me joga em seus braços….
Ah, essas lembranças!
Elas não me deixam esquecê-lo
Uma das piores dores existentes é quando você descobre que a mulher da sua vida já esteve nos braços de outro.