Borracha
Se você me resumisse em uma só frase
Eu apagaria e escreveria de novo
Claro que nem sempre é assim
Não se passa a borracha no que é dito.
Não é porque você escreve sua historia de lápis que seus erros vão ser apagados com a borracha lembre-se, ela apaga, mas deixa marcas.
"Tentar tirar um grande amor da cabeça é como tentar apagar caneta com borracha , não importa o quanto você tente , não vai conseguir"
E na Fé, que o amanhã nos reserva algo melhor, passe a borracha no que já se foi, no que não vale a pena ser lembrado, para não ter o medo de tentar de novo.
A vida é como um pergaminho, escrito á tinta, onde não se tem borracha ,mas se tem sempre um tinteiro, para escrever de novo e de modo diferente.
Fantasmas da minha Imaginação.
Fumava meu cigarrinho de paia assentando no banco da
Estação da Estrada de Ferro Madeira Mamoré em Abunã.
O apito do trem relampejava os trovões da prosperidade
E com ele vinha um moço que mais tarde seria o maior
Fofoqueiro da região, Doutorzinho Joaquim Tanajura.
O cheiro da borracha era melhor que o de uma rapariga
Um me enchia de prazer e o outro enchia a minha barriga.
A coisa começou a ficar preta, além da borracha, anunciou
A corneta, com a invasão pelo Abunã de Los Hermanos,
Culpa dos meus irmãos que invadiram La Banda pelo Purus.
Sai em disparada para outra vila estação, sem saber ao certo
Em qual iria ficar se de Jacy-Paraná, Mutum ou Vila Murtinho,
Pois aqui nem mortinho fico e com as porteiras escancaradas
Vim parar no núcleo de Poço Doce que de doce não tinha nada.
O tempo passa e volto para minha vila de Presidente Marques,
Ansioso procuro por minha estação de Abunã e meu banquinho
Que pelo tempo foi substituído, cadê meu povo? Cadê o trem?
E a Borracha com a prosperidade não mais vem? Aonde estão todos?
Estavam onde sempre estiveram os fantasmas da minha imaginação.
Tudo que um homem precisa
Uma folha branca é tudo que um homem necessita para apagar o seu passado e escrever o seu futuro. Um lápis e uma borracha, é tudo que precisa para que ele tenha a humildade do rascunho. Uma caneta, é o que precisa para que seu futuro, passe do sonho à realidade.
Lápis e borracha
Silêncio! eu vou gritar
Sem brilho no meu olhar
Música, é feita p'ra cantar
Poesia, foi feita p'ra rimar
Te ver, e não poder olhar
Contar, sem querer falar
Sentir, sem precisar tocar
Tocar, e não poder amar
Viver, e não se planejar
Dormir, e não poder sonhar
Ferir, e sem imaginar
Pensar, e depois criar
Perder, p'ra poder ganhar
Sorrir, e depois chorar
Receber, e também doar
Escrever, depois de apagar
Seria muito fácil se a história de nossas vidas fosse escrita utilizando um lápis, pois assim teríamos sempre uma borracha para apagar os erros e corrigi-los. Porém, iremos sempre utilizar uma caneta esferográfica e assim, o máximo que faremos será um rabisco em cima daquilo que erramos. No fim, se você parar para pensar, talvez seja até melhor, pois sempre quando revisarmos nossa história, teremos algo para nos lembrar daquilo que não deveremos mais repetir. Os erros do passado se transformam na base para os acertos no futuro. Desejo que esse futuro logo chegue.
De tanto ficar corrigindo erros, tem relacionamento que vai se desgastando igual borracha. Até não sobrar nada.
Enquanto o coração insistir em lembrar e o cérebro insistir em não esquecer, se afastar e contar com a borracha do tempo são as opções.
Da minha vida apenas o amor me fortaleceu. O resto morrerá na minha lembrança. Vou apagar como uma borracha, sem deixar marcas.
No complexo livro chamado vida, não se escreve a lápis,
pois não há borracha que apague o que foi escrito. O máximo que se pode fazer é virar a página.
LÁPIS E A BORRACHA
Escrevo para lembrar o que esqueci e esqueço novamente para escrever o que lembrei.
Assim é a vida uma sucessão de páginas em branco
Cabe a você decidir, ser o lápis que tudo faz lembrar, ou a borracha que tudo se faz esquecer.
Utilizo o passado para duas coisas:
Uso-o como uma borracha para corrigir o presente!
Relembro e agradeço pelos bons momentos que não voltam mais!
A mente elaborava a carta, usava o coração ao invés de lápis e as lágrimas ao invés de borracha.
Mas o medo...
O medo nunca entregou ao destinatário.