Borracha
"A borracha apaga o passado ... mais a vida continua então viva o hoje viva sempre, seja feliz para sempre ..
E quando a caneta não escrever mais? Quando o lápis não tiver mais grafite? Quando a borracha ja estiver ressecada?
Os olhos se esforçam para enxergar, a fala mal se pode ouvir, o corpo luta para manter-se em pé. A cada dia uma batalha diferente, bem diferente das travadas no passado.
A contagem agora é regressiva, o tempo já não tem mais valor pois dele não se espera mais nada.
A mente ainda que pensante ja não se importa mais em fazer sentido, ela apenas é e ali esta. Nada mais é criado a partir da longa experiência que foi vivida.
Os sons, os textos, as músicas, as letras, organizações sistemáticas do que se aprende a sentir e que hoje ja não as expressam.
O sentimento é o que resta, a percepção mesmo que falha é o que move este antigo ser. O caminho foi longo, não tão longo que eu pudesse crer que mais 100 anos de sentimentos eu pudesse viver.
Você já deve ter usado itens como borracha, corretivo e gastou folhas e mais folhas de caderno apagando erros com a intenção de acertar sempre na próxima vez. Porque não usar isso na sua vida e deixar o orgulho de lado e se for preciso recuar recue o tanto de vezes que for necessário para escrever novamente sua vida em belas e novas linhas cheias de lindas histórias.
A separação é como uma borracha e a segunda oportunidade um papel em branco, mas quando o amor existe as almas se amam e as torna uma biblioteca de paginas que o tempo não apaga e as horas param para admirar os beijos e deixam-se amar pela vontade e assim para a frente unidos em celebração os olhos se tocam
Quando pensamos que sabemos de tudo, ganhamos um lápis, uma borracha e um papel em branco para começar tudo novamente.
O tempo ,a poderosa borracha de apagar .
O tempo apaga para sempre:
nossa juventude
nossas magoas
nossas tristezas
nossas felicidades
nossas conquistas
por fim ,a nossa vida...
Leva para sempre a memoria dos nossos descendentes e amigos queridos e por fim, as lembranças da nossa existência .
LÁPIS e BORRACHA
Preservar o que foi bom para todos e o que foi bom para nós.
E escrever um presente de luz e um futuro de paz. Este o meu desejoparatodos neste
novo ano.
Ser parte, se integrar, lutar e defender, soltar a voz.
E, em tudo o que for desleal, passar um pano.
Um carro novo na década de 70 e um celular última geração.
Precisei por capa, borracha e tapetinho para não riscar, sujar ou quebrar.
Contratei seguro e instalei sistema de segurança.
Tive que verificar, testar as portas, janelas e instalar acessórios extras.
E antes de ligar verifiquei todos os botões, sintonizei o rádio e comecei a usar.
Liberdade é não ter pauta
É permitir que erros aconteçam
É escrever sem borracha
Sem rasuras
É não se preocupar com a letra
É sentir o movimento
É escrever o que vier na mente
Sem censuras
É sobre não ter pressa
É não olhar pra linha de cima
É deixar as palavras guiarem
Sem se importar com o sentido
se eu não poder ser o lápis que desenha sua felicidade, serei a borracha que apagara a sua tristeza❤️
EM CORREDOR HOSPITALAR
Hoje em corredor hospitalar, sobre o deslize e som rangido de borracha cilíndrica sob o chão, de idade de respeito e com olhar longe, mas simpático, onde os cabelos brancos por todo, cobrindo uma vida de histórias, entre as alegrias, tristezas, dos amores e desamores, a avó sentada, levada pela assistente suporte, foi-lhe questionada sobre a presença de um homem, homem este, sobre ondas de lisos fios de cabelos brancos, de igual idade de respeito.
Sabe quem é este homem? Questionou a assistente.
Sob uma trémula e doce voz, disse ela: Não me lembro, não sei de quem se trata..
Aos meus passos, e sob curiosidade expontânea, abrandei, e pude ouvir…
É o Zé, o teu filho…
Naquele momento, a emoção escalou sobre o meu corpo, e sob olhar úmido, mas de cabeça firme, senti, senti, bem, no fundo a dor de não nos lembrarmos de quem um dia, tanto amor transbordamos, tantas lembranças nós criamos, e tanto carinho dedicamos.
Foi hoje…exatamente hoje…
Em um corredor hospitalar .
07/07/2023
Felizes, são os que não dão à borracha, o atributo da finitude e da fatalidade, mas corajosamente, apoiam o antebraço na mesa nova, enxugam o suor da mão no mesmo lenço que enxuga as lágrimas; segura a pena com a mão combalida e trêmula, podendo reescrever a sua própria história. O que seria do artista se não houvesse rascunho?
Existem erros que parece que foram escrito a
lápis , podem ser apagados com borracha,
existem erros que cometemos que é como se
fosse a morte, são irreversíveis ,e as
consequências são inevitáveis.
Não existe culpa, quando insistimos em um amor decadente !
A borracha, que se passa na mente...
... não apaga, o que o coração
sente !