Transformação da Borboleta
A Lagarta e a Borboleta.
Era uma vez uma Lagarta. Bem pequenina e verde.
Porém, não se engane, ela era pequenina mas a sua fome era grande.
Ela gostava muito de comer folhas verdes como couve, alface e almeirão.
Um dia, rastejando por alguns alfaces em uma plantação a lagarta encontrou uma borboleta que costumava voar pela imensidão.
-Olá Borboleta -disse a lagarta
-Oi Lagartinha, tudo bem?-perguntou a borboleta
-Não, não, Borboleta. Eu estou muito triste. Hoje é só mais um dia comum, como todos os outros da minha vida de lagarta. - Falou a Lagartinha com uma carinha tão, mas tão tristinha.
-Oh não, pobre Lagartinha- disse a borboleta batendo as suas asas toda cabisbaixa e solidária a dor da amiga pequenina.
A Lagarta quando percebeu que tinha a atenção da Borboleta desatou a falar:
-Desejo ter asas tão bonitas quanto as suas desde muito tempo.
Sonho em poder voar tanto quanto aguentar só para conhecer toda a beleza desse mundo que é tão grande. -Ao dizer aquilo os olhos da Lagartinha brilharam só de imaginar como seria voar como uma borboleta.
A borboleta porém não pensava igual a lagartinha, ela não conseguia entender por que a lagartinha queria tanto ter asas se poderia aproveitar a vida que tinha.
Então, resolveu alertar a amiguinha dizendo:
-Lagartinha, não se engane. Ter asas não significa ter a felicidade.
A Lagartinha ficou olhando para a borboleta sem entender o que ela queria dizer.
De onde estava, a lagarta via a borboleta toda linda batendo as suas asas coloridas e só conseguia pensar em como queria ter aquelas asas para sair voando pela imensidão.
A Borboletinha percebendo que a Lagarta não havia entendido o que ela queria dizer, resolveu então se aproximar da amiguinha rastejante para falar:
- Lagartinha aproveite a sua vida como ela é, não fique pensando nas mudanças que poderiam ou não acontecer. Neste momento você pode comer quantas folhas de alface aguentar e, veja só, você também pode sentir a textura das folhinhas quando rasteja sobre elas. Apenas aproveite e seja grata pelo que você já tem. Quando isso acontecer você conseguirá ir muito mais longe do que as minhas asas jamais foram.
A Borboletinha depois de dizer aquilo se despediu e voltou a voar pela imensidão da plantação. Porém, a Lagartinha não lhe deu ouvidos e continuo tristinha, sempre pensando em como seria bom ter asas como as da Borboleta.
Anos depois, bem velhinha rastejando por uma plantação de almeirão a Lagartinha já bem cansadinha decidiu parar para respirar.
Ela respirou bem fundo uma vez, depois outra vez e depois outra. Depois de respirar bem fundo três vezes a Lagartinha percebeu como aquela plantação era cheirosa e gostou daquele aroma. Ela então lembrou do que uma borboleta tinha falado para ela anos atrás e decidiu rastejar um pouquinho sentindo a textura das plantinhas...
Depois de um tempo a Lagartinha percebeu que as folhas das plantas faziam cócegas no seu corpinho e começou a dar risada. Foi nesse momento que ele se deu conta de que o que a borboleta havia falado era verdade.
A Lagartinha voltou para casa toda feliz, sentindo a textura das folhas e os cheiros das plantações.
Ao chegar em casa ela se sentiu muito cansada depois de um dia tão longo então resolveu dormir para que no outro dia pudesse aproveitar tudo que a natureza tinha para lhe oferecer.
No dia seguinte...
Assim que a Lagartinha acordou sentiu que algo estava diferente, ela se sentia mais leve e bonita mas ainda não sabia por quê., Resolveu então começar a fazer o que havia prometido no dia anterior.
Ela se preparou para sair da casinha rastejando como sempre fazia mas, dessa vez ela teve uma surpresa!
Ao invés de sair da casinha rastejando a Lagartinha saiu voando... Agora ela havia se tornado uma BORBOLETA.
Outras borboletas esperavam por ela fora da sua casinha e quando ela apareceu as borboletinhas voaram para perto dela todas animadas com a nova amiguinha.
A lagartinha que agora não era mais lagarta, não entendia o que tinha feito para se tornar uma borboleta mas, uma das suas novas amigas tratou logo de explicar.
- Quando você parou de se importar tanto com o que não tinha e começou a valorizar tudo o que já tinha acabou mudando a sua essência e isso fez com que você se tornasse uma borboleta. Não por que queria muito ser uma, mas, por que compreendeu que o que importa não é só o SER e sim o VIVER a vida aproveitando,valorizando e desfrutando de forma responsável de tudo que ela tem para lhe oferecer.
Moral da história: Aproveite a vida que você já tem, seja mais feliz e grato pelo que já conquistou, trabalhe pelo que você quer sem diminuir, destratar ou humilhar os seus semelhantes. Quando isso acontecer talvez você saia do casulo, vire uma borboleta e comece a voar pela imensidão que é a vida.
Desejo a todos boa sorte nessa jornada.
Texto de uma lagarta que quer ser borboleta mas que ainda está passando pela metamorfose.
Agradeço por terem acompanhado a pequena saga da lagarta e da borboleta até o final.
Muito obrigada.
Diante da sua evolução como borboleta, a lagarta não apenas adquire um par de asas, mas a consciência de que pode voar.
“Sempre contemplamos a beleza de uma borboleta toda vez em que nos deparamos com uma. Porém, o que ninguém vê e fala é do processo de tornar-se-á borboleta.
E parando para pensar nisso, nosso processo é muito semelhante também… As pessoas só nos enxergam quando já nos tornamos borboletas, mas o que ninguém vê é que já fomos lagartas um dia. O processo é longo e entre a lagarta e a borboleta há a fase do casulo e cada borboleta irá passar por ela.
Nessa fase tudo é confortável e seguro, nada pode te atingir ou te machucar, mas nada pode acontecer também, nem de bom e nem de ruim, damos a essa fase o nome de zona de conforto.E assim como a borboleta só sai do casulo quando estão prontas, nós também só saímos da nossa zona de conforto quando estamos prontos. Mas não é tão fácil quanto parece, requer muita disciplina, autoconhecimento e tempo, afinal de contas, estar na zona de conforto é maravilhoso, até que chega um dia em que percebemos que estamos perdendo...
Perdendo de se conhecer, de sonhar, de amar, de construir novos desafios. Desafios que nos movem, nos motiva e nos fazem acreditar que podemos sim ser casulo ao anoitecer e borboleta ao nascer do sol de um novo dia.”
Às vezes, a gente não sabe que é borboleta e rasteja triste pelo chão, maldiz o isolamento do casulo, acha que a vida terminou ali, mas não terminou! Um belo dia a metamorfose acontece, a borboleta abre a asas e linda no seu esplendor de cores voa livre pelo céu.
Lição que deveríamos aprender com a borboleta
A borboleta sabe que a dor de viver espremida dentro do casulo é só uma fase, por isso, resignada enfrenta a metamorfose e o processo de mudança.
Vivemos em busca dos nossos sonhos e quando o encontramos, percebemos que não era o que esperávamos. Sonhos, são como borboletas. Precisamos passar por dolorosas metamorfoses para que ele seja próspero.
Rastejei pelo chão
Vi de baixo que o mundo lá em cima é lindo
Não tinha asas, subi, caí, sofri e mesmo assim não desisti, precisava mudar.
Entrei na solidão, um casulo, isolar.
Dizem que não era feito para viver no alto.
Largata rasteija, mas nao sabe o quão grande é o valor que tem guardado.
Sair do casulo não é facil, mas viver dentro dele é pior, é trágico.
Mas chegou a hora alçar voo. A metamorfose que se completa em minha vida me traz algo novo, uma liberdade, uma beleza, um novo ser. Apesar de todo sofrimento, agora tenho asas, borboleta, renascer.
O CASULO
Independente do tempo que você passe nele, sentirá como se fosse um infinito. Terá em si, em diversificados momentos, todas as variações térmicas existentes. Um frio intenso causado pelas dores mais profundas da alma. Um calor insuportável, causado por uma raiva inexplicável pela injustiça que lhe causaram. E até um certo conforto, de temperatura amena, causado pelo invólucro das aprendizagens e do crescimento. Emoções, as mais intensas, vindo à tona. Misturadas, confusas.
Você questionará tudo, e não entenderá a necessidade de tamanha dor. Cada dia você sentirá algo ao se olhar no espelho, raiva, carinho, desprezo, dúvidas, rancor, alegria, ternura, pois, para nos reconhecermos como realmente somos, faz-se necessário muitos e muitos mergulhos em nossas próprias almas.
No casulo é perfeito, por que você está preso em si mesmo, É obrigado a olhar seu reflexo todos os dias, durante o processo. Além do mais, estará sozinho, pois, não cabem duas pessoas em seu espaço de metamorfose. Entenda, não adianta pedir ajuda, nesse pequeno espaço só cabem você e sua autocura.
O momento mais doloroso, sem dúvida, será o seu nascer de asas! Elas só nascerão se você tomar doses diárias de aceitação, de auto perdão e do liberar perdão, amor-próprio e novas aprendizagens. Suas asas lhe darão um novo olhar, novas e intensas cores na alma e uma exuberante beleza ao fim do processo.
Muitos já são borboletas e não conseguem sair deste alvéolo, alguns já saíram e estão aprendendo a voar. É inexplicável o ar que se respira depois de passar por tanto sofrimento, e é lindo o seu reflexo no espelho resultante de suas merecidas asas!
O processo da metamorfose é inevitável, doloroso solitário e único.
Certamente você já esteve ou estará no casulo…
Você será ou já se tornou borboleta…
Então… Aguente firme, se perceba e voe!
Fé e coragem lagartinhas e lagartinhos!
Lembrem-se que se retirar de tudo e todos por uns dias e conhecer a solidão mais a fundo é necessário!
Os dias solitários no casulo é quando construímos nossas asas pra voar, é o autoconhecimento, a reflexão do "eu", a aceitação do que não pode se mudado, e o impulso para transformar o que podemos.
Nossa metamorfose acontece nos dias de tempestades onde somos obrigados a ser fortes, quando parece tudo perdido!
Tenha fé e coragem, suas asas estão em formação, seus dias de voos estão próximo, a primavera está preparando as flores do seu caminho!
Jéssica Talevi
Lobo Solitário
" A solidão é perigosa, depois de provar o gosto corre o risco de viciar ".
(Rafael Rankzz)
Escolher ficar sozinho é uma faca de dois gumes… é como uma rosa, linda e cheirosa, porém também tem seus espinhos.
Saber que não precisa discutir ou se explicar… Mas também não ter motivo para o novo explorar e se encantar.
É como se o quebra-cabeça estivesse sempre completo e não quisesse peça nova alguma para ter um novo desafio de uma nova obra montar.
Precisamos entrar em nossos casulos quando necessário, é preciso se fortalecer, se curar, chorar… E o simples ato de a natureza apreciar.
Porém a natureza também nos ensina que até mesmo a larva em seu casulo uma hora bate suas asas e revela-se uma linda borboleta.
A vida é e sempre será essa constante metamorfose… Cabe a nós lidar com essa mutação e ficar cada vez mais fortes.
Quando pensei que nada mais restava-me, que estava condenada a rastejar, eis que miraculosamente, nasceram um par de asas em mim.
Confie mais no seu processo, tenha respeito por todas as suas fases, amando as doces e aprendendo sempre com as desagradáveis, desse jeito, a sua metamorfose estará num contínuo desenvolvimento, ficarás bela e calorosa tanto quanto uma graciosa borboleta, mas não esqueça que de Deus, vem a sua força, que motiva o seu ânimo e aviva a sua alma intensa, que constantemente a renova, por conseguinte, uma valiosa benção.
Amar é apostar na lagarta, ainda que ela esteja em sua fase de destruição.
Amar é acreditar na metamorfose do ser.
"Dividido entre a alegria e a angústia,
a solução foi oprimir o desejo.
Por medo de quem me tornei, encasulei-me.
Foram longos tempos como lagarta...
O casulo foi meu vazio.
E como vazios são essenciais,
eles foram base de minha
arquitetura emocional.
Por medo de não criar asas,
até hoje resisto à inevitável metamorfose."
A vida precisa do vazio:
a lagarta dorme num vazio chamado casulo até se transformar em borboleta.
A música precisa de um vazio chamado silêncio para ser ouvida.
Um poema precisa do vazio da folha de papel em branco para ser escrito.
E as pessoas, para serem belas e amadas, precisam ter um vazio dentro delas.
A maioria acha o contrário; pensa que o bom é ser cheio.
Essas são as pessoas que se acham cheias de verdades e sabedoria e falam sem parar.
São umas chatas quando não são autoritárias.
Bonitas são as pessoas que falam pouco e sabem escutar.
A essas pessoas é fácil amar.
Elas estão cheias de vazio.
E é no vazio da distância que vive a saudade...
Eu escolho transformar perdas em amadurecimento
Erros em oportunidades de recomeço
Pessoas do bem ou do mal em aprendizado.
As mudanças já me foram custosas, hoje fazem partem do processo
Aprendi que ter borboletas no estômago é interessante, mas colocá-las em liberdade é mágico!