Bolo
Hoje eu tirei o dia pra cuidar de mim,
Fiz café quentinho, pão fresco da padaria e bolo de laranja.
É verão, mas tá friozinho em SP, vesti minha calça xadrez, arrumei meu quarto e comprei flores.
Hoje, eu vou relaxar, esquecer das dores e das coisas não muito boas.
Não vou me preocupar com coisas que não posso resolver.
Hoje eu escolhi ter paz.
Sorrir para o espelho e deixar o cabelo hidratado.
A xícara de café está aqui do lado.
Nesse momento é só disso que eu preciso.
"A vida é que nem receita de bolo, a falta de um ingrediente não é desculpa pra não fazer acontecer".
A tortinha e o bolo de chocolate:
Se você vai à padaria e não tem aquela tortinha de morangos, o que você faz? Bate no confeiteiro? Grita? Esperneia? Não, né?! Compra aquele lindo e gostoso bolo de chocolate meio-amargo, molhadinho com rum, recheado com creme de leite, leite condensado, nozes e morangos... Hum... e se lambuza!
o amor e igual ao bolo, primeiro você imagina como ele vai ser, depois você prepara os ingredientes e mistura bem, ao longo desse processo de imagina e fica pronto, tem uma bagunça que deixamos ao longo do processo isso nos ensina, que como em um relacionamento havera, muita bagunça, mas o final e um lindo, delicioso e maravilhoso bolo. O amor tem processos, viva cada um em todos seus detalhes.
Ofereça a seu inimigo a melhor fatia do bolo.
A frase pode parecer contraditória, mas na maioria das vezes, criamos inimigos onde eles nem existem.
Então surpreenda o mundo com atitudes ousadas e inovadoras.
Conto nº5:
Todas o achavam muito gostoso! O cheiro, o sabor. Não era à toa, o bolo mais vendido da cidade.
“Eis que estão com fome, porém querem bolo pronto e não tem coragem de manusear os ingredientes para concretizar.”
Giovane Silva Santos
Aceita café, um pedacinho de bolo? Quem sabe um suco, ou apenas um cafuné, qualquer coisa que te faça se sentir melhor? Se precisar eu te ouço, mas se quiser, eu fico apenas calado, te olhando. Se preferir ficar sozinha, tudo bem, eu entendo, não é porque estamos longe dos olhos que deixa de existir no coração. Sabe, tem horas que a gente quer cuidar, mesmo sabendo que não adianta muito, porque tem coisas que não nos pertence, mas a gente quer cuidar de alguma forma. Não é se tornar um mega chato, ou um puxa saco que mal o outro espirra e já grita: "saúde". Não é aquele tipo de pessoa que ao ver um pingo d'água já corre com aquele guarda-chuva horroroso, com arame torto, soltando das pontas, parecendo uma freira por cima da cabeça, só pra te proteger, pra não se molhar. Não é aquele tipo de pessoa que segura a roleta do ônibus para que quando passar, ela não resvale em seu cotovelo. Não, não é nada disso, é que tem coisas na vida que a nossa própria vida nos pede pra tomar conta, não por obrigação, mas por amor, por querer bem, por querer ver a pessoa bem. Nem sempre é querer ser apenas presente, muitas vezes é por estar e não por ser. Eu sei que não toma café, mas se mudar de ideia, eu faço pra você.
Ricardo F.
“Nessa vida competitiva, toda mente é delitiva. Dona Cida cortando o bolo invade a parte do recheio, deixando para o Joel a fatia e o buraco do meio. Carlão quando toma cerveja apressa a golada sem freio, causando desigualdade na proporção do rateio. Já a Lúcia, tem um costume de programar o despertador com meia hora de antecedência e assim na sua consciência ela lucra com a permanência. Tia Márcia por sua vez, usa e abusa da consulta com doença que viu na internet, e que nem atinge na fase adulta. Tio Libório vai ao mercado apenas pra tomar café, aproveita e usa o banheiro, desfalca a uva e não gasta dinheiro; agora que é aposentado tirou a carteirinha e viaja até, pegou um ônibus errado e foi parar em Taubaté. Quem virou problema mesmo é a filha da Josefa, que aprendeu a matar aula, colar e copiar tarefa. E você que tá lendo isso, não devia estranhar, em plena hora do serviço, tá olhando o celular. “
Minha ruazinha...
Minha rua é tão bonita
Tem uma magia ímpar
Um quê de lar
Um cheiro de bolo de fubá
Um frescor de margaridas
Minha rua tem risos
que somente tem por lá!
Suas casas antiquadas
de arquiteturas ultrapassadas
não chamam a atenção de ninguém
Por elas não se dá nada!
Mas ali há tanta vida
Tanto calor...
Violetas nas janelas
E avós cuidando delas...
Sagrado dulçor.
Hahh, minha rua,
Minha simples ruazinha
Rua da minha doce infância
Que me trás tanta lembrança
e que hoje , guarda em si,
de mim,
a poesia.
Bolos da Marta
Tem bolo de milho
Pro café do pai,
Pro café da mãe
E o lanche do filho.
Tem bolo de queijo
Com gosto de beijo de lá da canastra.
Tem de chocolate, cenoura, laranja
Limão e aipim.
Quando o cheiro se alastra
Com cravo e canela é bolo de pudim.
Leva bolo freguesa
Põe bolo na mesa, de segunda a quarta
Na quinta e na sexta
Tu leva uma cesta de bolos da Marta.
Pro fim de semana
Tem bolos da mana
Com gosto de festa
Leva bolo freguês
Deixa um dia do mês
Para o bolo floresta.
Cheiro de café fresco e bolo quentinho, andar descalço, tomar banho de chuva, arroz com feijão e batata frita, brincar na terra, perguntar pra mãe se tinha que lavar o cabelo... tocar a campainha e sair correndo, brincar na rua até tarde, melhor amiga, professora preferida, primeiro amor, as brigas com meus irmãos que amo tanto... coisas simples, mas que me trazem o cheiro, o gosto e a sensação da infância tão deliciosa que tive. Tempos que não foram fáceis, mas que deixaram as melhores lembranças. O nome disso é SAUDADE. Quem não sente por algo ou alguém, é porque não viveu de verdade!
Ah! Que saudades
da minha infância
cheiro de bolo e café
mamãe na cozinha
e papai lendo Jornal
eu e meus irmãos
correndo pelo quintal
não sabia nada de política
muito menos de inflação
não me preocupava com doenças
e muito menos com religião
e quando algo doía
mamãe dava colo e carinho
papai comprava um remedinho
era tudo tão simples
tão puro e sincero
que saudades sem fim
de um tempo que passou
mas em meu coração ficou.
------------ Juliana Rossi Cordeiro
Brasil, do leite e mel ao café com farinha
As crianças do bolo e do iogurte talvez não venha saber, mas nos mais variados lares, estão a escassa necessidade que a vida oferece. A referência que quero fazer é a abundância do senhor sobre nosso Brasil, ouro, prata, minério, cobalto, petróleo e tudo perante assalto, isso ainda é migalha mediante a fortuna viajante, mais que leite e mel, uma fartura desejada, cada vez mais roubada e depositada nos cofres da ambição, e minhas criancinhas nas escolas merenda, merenda uma bolachinha de água e sal, algumas colheres de sopa, e para completar um gole de aguinha, para não entalar com café e farinha.
Oh gente, até parece falácia, de quem não conhece a realidade, de fato, não sei número, mas enquanto dez pães estão sobre algumas mesas, o prato bate vazio, pelo desvio da pura safadeza, corrupção em demasia, pouca consideração, uma vaidade, uma exagerada ambição.
Tenho medo que Deus se canse, se aborreça, mas creio que não, pois no meio da podridão, uma mera inocência, um povo que sofre, uma porção, a luta de cada trabalhador, pelo mínimo salário que dá o sabor de viver, lutar e sonhar, se a fartura não está na mesa, que a esperança seja a beleza, pela fé, que esteja sempre de pé, vivemos com esse trilho fora da linha e agradecendo o café com farinha, pois o alimento do céu, o leite e mel, está na bagagem da impunidade, onde o sonho tem gosto de fel.
Giovane Silva Santos
Cafezinho quentinho com bolo
É uma ótima pedida
Seja de manhã ou tarde é uma
boa servida
E pra quem não é fã sempre de manhã eu agradeço essa comida