Bolha de Sabão
Memórias são fascinantes...
Podem ser tão frágeis como uma bolha de sabão e ao mesmo tempo tão fortes como as forças da natureza.
Por menor que seja não tem tamanho.
Por mais doce que seja não tem sabor.
Dimensões não as definem,mas também não são desprovidas de definições.
Perfeito
Com seu pincel mágico
Coloriu a vida
De mil palhaços empilhados
Numa bolha de sabão
Flutuando entre as nuvens
Bem macias de algodão
Apesar dos vários olhos
Este foi o seu caminho
Bem traçados ninho a ninho
Sem mais placas e blá blá blá
Repousada em solo firme
Alegria se espalhou
Um fez cara e tricô
Fez marionete e se engraçou
Fez pipoca e se queimou
Outro fez ponte e se jogou
Numa torre de papel branco
Nem quis ouvir o grito
Ecoado no infinito
Das paredes deste quadro
De um pobre pintor magro esquisito
Que sorria sem parar.
AQUELA BOLHA
Aquela bolha de sabão colorida
Tão leve... Tão solta no ar
Continha n’ela o nosso amor
Você colocou sobre ela!
E como se fosse um sonho...
Sopraste rumo a lua,rumo marte
Sopras-te para o alto do calor.
Com os ventos dos sentimentos
Aquela bolha de sabão, subiu...
Subiu, subiu e ao o sol tiniu...
Tiniu de tanto carinho e amor!
Tiniu nas anciãs e vontades
Tiniu nas volúpias dos nossos corpos
Tinindo ela se elevou sob as estrelas
Rodopiou sob os anéis de saturno
E ao mundo todo em segundos
Cantou suas alegrias pelos ares
E nunca mais, sentiu dor.
Antonio Montes
Bolha de sabão
Esfera multicolor película cintilante
Esvoaça no ar em ritmo dançante
Inflada pelo sopro de uma criança
Bailando no ar numa praça verdejante
Brilha a luz do sol... Soberana
Num lapso de tempo dilui...
Deixando no ar gotículas de sabão
Levando sonhos da imaginação
Oh! Coração, errante cintilante!
Furta cor no ar da esfera ao relento
Ao vagar na garupa do vento
Bola de sabão é uma obra prima
Do sopro de uma criança
A vida em magia esvoaçante.
MULTICOLORIDO
O ideal, como bolha de sabão,
Tem de ser antes devaneio;
Senão, provoca-nos reação
E mostra, então, a que veio.
Está na raiz de dita canção
Sustém a junção e o anseio.
Se me perco, desando, vagueio,
Do Destino desmando o Coração.
De bolha de sabão, meu desejo
Torna-se célere em feroz ensejo,
Arco-íris brilhando, multicolor.
Mas, aos olhos cardeais, a dor
De mirar-te fugir ao sol se por
Eterniza-te em mim em um beijo!
Princesa
Quem Sou Eu Sem Você
Princesa Vôo no espaço como a bolha de sabão,sem sentir o aroma das flores e das folhas,sem ter rumo certo sem saber aonde ir,sem pelo menos ouvir os ruídos do ar.Não mato a fome que devora nem a sede que aniquila,não sinto a mão que me guia e orienta,não apalpo a natureza com seus mistérios,vivo sem sabero que é viver.Canto sem entoaras notas e os tons,choro sem um motivo específico pergunto onde estou,como estou,e vou embora.Sinto-me como uma borboleta fora do casulo,um anjo sem as asas,uma ave longe do seu ninho,um cego à beira do abismo,um barco sem o vento,uma guerra sem as armas e os soldados.Um céu nublado sem estrelas,um corpo sem alma,sem espírito,um coração sem pulsar,sem batimentos como o meu,uma vida sem amor,
Remédios para alma não são compreendidos pela razão, como por exemplo contemplar uma bolha de sabão contendo o arco-íris
A felicidade é frágil, fugaz.
Como bolha de sabão vai-se muito rápido, mas sempre se pode assoprar outras...
Queissoirmão? Inda não se deu conta de que a vida é mera bolha de sabão?
Efêmera, passageira, passa rápido, passa ligeira... No ar a flutuar, ao sabor do vento... flutua pra onde ele soprar... engana-se quem pensa que escolhe o lugar em que quer ficar...
E muito tempo uma vida pode por aqui passar, mas nada é ao tempo da eternidade se a gente comparar...
Frágil... qual porcelana... a força que você tenta me mostrar... não, não me engana...
Indefesa... a nada está presa... o fim dela dela sempre chega... e não, não causa nenhuma surpresa...
e quando o fim de um algum amado vem... nem todo o choro do mundo consegue trazer de volta o se sentir bem.
Bolha de sabão... leve, livre, solta, colorida, divertida... assim também é a vida
E aí, irmão, será que Shakespeare tem razão? "Choramos ao nascer porque chegamos a este imenso cenário de dementes." ... e assim tem sido desde sempre...
Bolha de sabão
Aquela grande e delicada bolha de sabão
Sempre foi o brinquedo do vento
Para lá, e para cá ...
De dentro me parecia estável
Morada da fundação do eu.
E foi então que como uma criança
De olhos brilhantes e curiosos
Tais estes, certa vez, denunciaram
em um reflexo, a silhueta frágil do domo.
Perco a fé na minha não resistência
Realidade de repente me pesa
Caí ...
Gritos ...
Gravidade carinhosa, mostrou:
- Este é o verdadeiro chão!
A queda .... ah que infernal presente foi para mim!
Sentado, ergo a cabeça para cima
Há muitas bolhas flutuando no ar
Fecho os meus olhos, aflito:
- Vai cair!
- Não!
Pensei,
Talvez, só cai quem estranhe o nada, a transparência de não significar.
"Sonhar é como estar numa bolha de sabão,
Entregue seus sonhos para Deus
antes que alguém os destrua com um sopro".
Às vezes queria ter a leveza de uma bolha de sabão. Poder voar, flutuar no ar e chegar perto das nuvens. Conhecer lugares diferentes, encantar as pessoas. Fazer crianças sorrirem, e até os adultos também. Queria não ter medo da altura, e assim caminhar livremente no céu. Queria não ter medo do oceano, e assim dançar sobre ele. Queria brincar de pula-pula em cima de um algodão doce, e não ter medo de me machucar. Queria poder entrar pelas janelas sem ser convidada, e ao ser vista ser bem recebida. Queria saber diferenciar todos os perfumes das flores que existem, e assim caminhar sorrindo entre todas elas. Queria olhar a vista de cima de uma árvore, e me deliciar com o orvalho das manhãs. Queria ter a coragem de ir ao encontro dos lábios de alguém, e não estourar. Queria conhecer suas mãos, e ter a certeza que não deixarei de existir...
Vicissitudes...
Hoje estou sensível como bolha de sabão...
tô mimada, querendo ser paparicada, querendo ser notada.
Hoje estou como as flores...
querendo ser regada de amor, desejando ser cheirada, admirada.
Hoje estou como a lágrima...
querendo ser enxugada, querendo ser atendida.
Hoje estou como o frio...
querendo ser aquecida, ansiando ser envolvida.
Hoje estou como a floresta...
querendo ter vida, gritando pra ser protegida.
Hoje estou como lagarta virando borboleta...
trancafiada no meu casulo, sem querer dar de cara com o importuno.
Hoje estou como as folhas secas...
voando sem destino, sem tino, sendo a direção arriscado ou não.
Hoje estou chorosa como o palhaço....
palhaço em final de picadeiro, quando todos vão dormir em seus travesseiros.
Hoje estou como o asfalto em Brasília...
pequena diante do Planalto e sua maestria.
Hoje estou como o barco em plena ventania...
querendo direção, querendo provisão.
Hoje estou como pássaro na gaiola...
implorando vento no rosto, querendo libertação.
Hoje estou como os enamorados apaixonados...
sedenta de amor e um pouco de ilusão.
Hoje estou como a paz...
querendo doses de agitação.
Hoje estou como o ciúme...
insípida, cortante feito faca em exageros de causar irritação.
Hoje estou como olhar de criança carente...
querendo atenção, querendo o simples, o novo.
Vez em quando fico assim...
Cheia de fases e controvérsias, como toda mulher especial.
Bolha de sabão!?
Somos assim tão simples...
Somos sim!, tão simples.
Feitos por um sopro...di-vi-no sonho...
Impulsão e gotículas de emoção!!!!
Brilhamos e coramos sonhos.
Esféricas e transparentes voamos sem asas e sem direção...
E esse vento que suave vem
Conduz-nos pelos caminhos invisíveis
Vaaai bolha de sabão...
Nessa ternura momentânea,
tênue separação entre existir ou não
vaaai bolha de sabão...
Soobe mais e mais...
E estoura enfim...
Póc!