Boémia
Ídolo lusófono nacional
Conhecedor de línguas e histórias
Nauta flutuante de grande boemia
Inquieto por essencialidade
Mais traz em suas mãos uma rara especialidade
Honrador do regimento irradiou, os lusíadas
Palavras e rimas neste fruto agraciadas
Assentida apenas depois de morrer
Como toda grande proeza
Ídolo da língua portuguesa
Transcreveu uma obra de rica nobreza
“Cantando espalharei por toda parte”
A harmonia que vi nesta arte
“O vosso Tejo e os vossos lusitanos”
Eis que observou durante os tempos medianos
“Cessem do sábio do grego e do troiano”
Tornando a visão do mundo nada cartesiano
“O amor é fogo que arde sem se ver”
Estamos jubilosos soldado e poeta em poder conhecer
Versos e consoantes como estas serão árduos suceder.
Como uma noite fria, vazia e boêmia;
Passando Rua em Rua sem nomes
Sem endereço de destino
Remoendo meus algozes
Discrente da vida, do mundo
Solitário em meio à imensidão.
À mera o nada
Tudo me faz de desdém.
Solidão pérfida
Inimiga
Árdua, êrmo!
Tem longevidade
E só resta ser ufano.
Perco-me na noção do infinito embriagada de noite, até o encontro com a boemia, que sem cerimônia nenhuma, ensaia mais uma serenata falando de amores vadios e desencontros em atos finais.
[fragmento de "[De]cadência" memórias de um Lápis sem Ponta]
O amor é como a boemia...
Depois que você experimentar as doses fortes de afeto, carinho, dedicação e comprometimento...
Irá querer viver embriagado.
Vida noturna, ó vida boêmia! Em uma terra
De igrejas, em um mundo sem indulgências. Vida
Inoportuna, não me deixa experiência. Dos
Desastres inocentes, de uma culpa sem
Vivência.
Ó vida noturna, ó vida boêmia! Em terra de
Pecados sem a culpa, há muitos anos se
Cumpre a pena. Em mundo de vinhos sem
A uva, em milagres dessa água tão
Sangrenta. Não há pedidos de desculpas,
Só há sacrifícios em penitência.
Ó vida impura, ó vida boêmia. De um suor
Aqui se suga, cuja alma a envenena.
A cultura concreta e crua, que se esconde
Na demência.
De templo luxo, que aqui se imita, onde só
Plagia a sentença.
Ó vida tão culposa na inocência.
Ó vida desvalorizada, ó vida da boêmia.
Ó vida censurada, na teoria a
Inteligência. Na escola sistemática, do
Moralismo a decadência. Da ausência
Romantismo, tecnologia da ciência. E na
Moda de consumo, na magreza insistente.
Ó vida amargura, ó vida persistente. Vida
Cópia, não triunfa, os mandamentos
Existentes. Terra igreja, não expulsa, o que
Pensa ser decente.
Ó vida noturna, ó vida boêmia! Sem tributos
Minha amiga, mas vivendo sem clemência.
Ser julgado sem a culpa, perpetuamente a
Sentença. Apedrejado em praça pública,
Condenado sem defesa.
Ó vida escura, ó vida de crenças!
Ó vida gatuna, cidade de igrejas!
Ó vida na censura, ó vida
Sentença!
Ó vida noturna, ó vida boêmia!
(Ó vida boêmia, 25 de março de 2008)
Outubro mês querido,
mês do pé grande
que chuta minha idade
ao numero seguinte.
Mês da boemia abraçadora,
mês de lembranças e saudades.
Maria mais Aline,
mais Teresa e Gabriela;
mas qual era o nome dela?
Não era ontem nem hoje,
nem amanhã ou tampouco o agora;
teu nome perdeu-se noutrora!
Foi-se naquele dia cinza e frio,
foi-se rastejando-se nas trevas,
deixando teu aroma de pétalas;
esvaiu-se dos meus dedos,
tu outubro! meu querido mês carnudo.
Lembro-me de ti à tanto tempo,
como se quão logo fosse
o dia miserável d'ontem.
Teresina-PI 01/11/2013
MAIS UM VINHO
Quando sento a mesa de um bar em mais um por do sol de boemia, nunca imagino o que vai acontecer naquela noite. Peço meu vinho predileto, começo a observar os mínimos detalhes pareço um fotografo ao invés de escritor só que as imagens que congelo guardo-as em minha mente.
Esqueço dos meus problemas e começo a adentrar no pensamento alheio, vejo aquela menina que senta no banco da praça com seu livro nas mãos dando comida aos pombos, a criança que corre, a mãe que grita, a senhora com seu andar cansado e seu ar flutuante. Diante desses simples acontecimento, retiro da bolsa minha maior arma.
Hoje não veio nenhum conto baseado em um ser imaginário tirado daquelas imagens, o personagem principal se tornou, eu mesmo. Nu e cru! Poucas vezes escrevo sobre mim é estranho me ver em algum tão meu.
Me deixei levar, saiu isso aqui, triste... Nem pareci que sou eu, este ser constante e preso a coisa alguma. Pedi mais uma garrafa de vinho, passei da minha conta, mas quero tomá-la quero me descobrir mais... Acabei confessando alguns segredos que escondia de mim mesmo, essas paginas tão particulares nunca serão publicadas, ao menos que seja sem minha permissão.
Alma boemia
Com a alma machucada
vou andar por esta madrugada
e, minha voz irei soltar
até a lua no céu não mais vagar!
E nessa boemia constante
nas cordas desse violão
sob o sereno da minha emoção
cantarei meu amor a todo isntante.
E a luz desse luar de prata
há de levar minha alma apaixonada
até ao portão da tua casa!
......................................
E ali, ao pé da tua calçada
de alma plena de amor e poesia
levada pelo murmurio do mar
e o canto suave da brisa
meu amor por ti,vou declara!
A boemia,a boemia.Uma vida ingrata que me arrasta até o topo da montanha e lá vejo minha vida aos poucos se desfazendo...me deixando,me dando adeus.
Dos mais falsos sorrisos
traz consigo a boêmia do dia-a-dia;
Dos mais atos irresponsáveis
passa à causar profundas crateras
daquelas gigantescas, dentro daqueles que riem...
riem com as usáveis sinceridades que ainda restam em suas almas;
"Mas nem todos os boêmios dedicam-se o tempo todo a noitadas alegres e/ou regadas a álcool" (Pedro J. Bondaczuk)
Na lua cheia, a reunião toma inicio;
Copos de puro álcool nas devidas direções do tato;
Pegaste e em goles acabaste com sua vida aos poucos
com o interior que ainda lhe resta.
O álcool não faz diferença;
não quando estas perante a boêmia psicológica;
o ato sem pensar; sem total crença e/ou sem a fé
Mais um gole daste
então um grito de socorro ecoa rapidamente:
- Mova-se,
Recue,
mova-se novamente até deixaste de ser boêmio.
Encare a vida e mova-se de novo...
Tente, encare, recue, e seja honesto;
Honesto consigo mesmo!
O Carnaval é todo dia! O Reveillon é toda sexta-feira!
E as férias? O ano inteiro!
Amores, Boemia e Paixões.
Do Brás a rua Bresser
Fundamental na cultura boemia das ruas do Brás até a rua Bresser estão presentes os variados rostos com suas infinidades de expressões, no caminhar pelas ruas uma grande união de estilos e suas cores, no falar a preciosidade da mistura linguística de diversos povos e suas tradições.
Belas músicas são cantadas, variados bate papo são jogados fora e no esconder da madrugada quantos acontecimentos, quantas baladas!
Incorporado em cada copo de cerveja/ bebida forte tomados está a preciosa liberdade, o lazer e o prazer tornam-se um só em homenagem a criatividade das letras tocadas e dos abraços trocados.
As noites criativas e tão apreciadas pelos boêmios das ruas do Brás a rua Bresser são silenciadas apenas pela sua característica histórica, ou seja a sua originalidade.
Nos versos uma dedicatória a saudade.
Terceira pessoa
A noite escura recai
As estrelas iluminam as praças
E a boemia perfuma as ruas
Todos largados e abandonados
Mas não destoante da história
Escondida no declínio da saudade
vejo uma luz
Entre as garrafas de vinho que comigo compadecem
Vejo pessoas indo e vindo
Entradas e saídas
De grandes amores que nunca conhecerei
Conjuro versos feridos por ausência de amor
Com razão, prazer e saber
Procrastino
Reflito
Deixo o tempo passar
Vasculho lembranças do passado
Por tênue
Por iluminada
Por filosofia que sou
Entre amores e ressacas
Reergui-me
Nada sei
Nada perdi
Onde vou
Ou como sou
A noite é relativa nesses confins
Lá fora
Choram corações
Sofrem e mendigam amor
Eu não estou mais lá
Longínqua eu os observo
Apenas os observo.
Eu aprendi a amar, e também descubri o sabor do desamor, mais já mais me entregarei as noites boêmia, não me sentarei em uma mesa de bar esperando o garçom a porta fecha, eu aprendi a amar, e o sentimento amor aprendi a controlar, não me sentarei em uma mesa de bar com um copo na mão esperando a me embriagar, se um dia eu num bar me sentar e as noites boemias apreciar, será por desprazer por não mais sentir amor, aprendi a amar e meus sentimentos controlar, assim amo sóbrio mesmo sendo embriagado por tantas taça desse dissabor do desamor, escrito por Armando Nascimento
PASSOU
Minha vida era só a boemia,
A alegria,
A academia.
De repente
um meteoro nos assombrou:
A pandemia!
Sem a rua,sem o sol,virei pura anemia,
Com medo da pneumonia,
Eu sofria!
E comia,
E bebia,
E dormia.
Mas, antes rezava com muita fé...
Para a vacina que surgia,
Trazendo o fim a essa agonia.
(Pseudônimo - Cinha Lodbrok )
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