Boca
Eu quero dividir o travesseiro, o edredom, o lençol, a cama inteira... Com você. Ficar próximo do teu peito te acariciando enquanto fico te olhando e depois lhe dar um beijo na sua boca carinhosamente.
Se me encontrares,
Na rua ou numa canção ao vento,
Deixa a semente de tua boca,
Tecida em mim num lampejo.
Deixa meu beijo
alcançar teus segredos
minha língua
falar à tua carne
minha boca
entalar com tua confissão
OLHOS E SORRISO
Que olhos lindos os teus, falam
de tantas coisas, segui-los bem
de perto é o meu querer.
Ver este sorriso lindo que a
todos mostra, o encanto que és.
Mas, que só eu quero ter.
Bom seria se a mim permitido
fosse, trazer-te, ficar ao teu lado.
A cada olhar teu dado, um beijo
dar, a cada sorriso, um carinho
em ti fazer.
Trazer-te bem junto a mim, em um
abraço bem apertado, o beijo longo
na boca dado, seria o laço que
prenderia esse amor calmo e sereno
que tu dás, e que mereces receber.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista. RJ
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
Eu gosto do seu olhar...
Eu gosto da sua boca...
Eu gosto do seu calor. ..
Eu gosto do seu cheiro..
Eu gosto como despertava você!
Da casa
Morei numa casa,
Feita de cal, madeira e planta.
Tinha facho de velas,
E raios numa porta debruçados.
Minha mãe nos ensinava,
A fazer um pão chamado sonho.
Por vezes tínhamos que fermentar com mais vigor.
Mas por fervor ou insistência, crescia.
Nessa casa se contavam estórias.
Como a luz que ficou presa na sombra,
Até que o vento a libertasse.
Ou da lagoa que desaguava no mar,
Porque ele por ela estava encantado.
Tinha uma que ninguém entendia.
Revelar-se-ia mais tarde na travessia.
Era de uma voz que somente se ouvia,
No agudo silenciar, tomado na profundeza.
A casa inda lá continua.
Minha mãe ajuntou-se noutro tempo.
Só agora, enxertado de silenciamentos, aquela voz ecoa.
Abre-se na boca do menino que se avizinhou da saudade.
Carlos Daniel Dojja
In Poemas para Crianças Crescidas
"...Amanheço-me, de tua pele.
Anoiteço-me de tua boca.
Desperto-me, se me deixas o tempo.
E porque rasgamos o silêncio,
tua palavra ventre, me nasce..."
Carlos Daniel Dojja
In Fragmento Poema Amanhecimento.
Ainda lembro do beijo
Meio apressado, meio ligeiro
porém muito gostoso.
Ah! Quem me dera, beijar de novo.. esse beijo
Doce, suave, meloso, quente
Eram meus lábios molhados
tocando nos teus e sentindo os afagos...
adrenalina à mil, desejo meu e seu.
E na euforia, no calor do corpo
da mão envolvida em seu cabelo
da pele roçando na outra
Só lembro da tua boca. Que diacho aconteceu?
Eita danado!
Que beijo arretado,
excitante, "malvado",
me levou à loucura.
Que só de lembrar, advinha?
Que boca.. Que toque...
Quero ter a sorte.. e de novo,
sentir sua boca na minha.
Diz tua boca: --------->"Vem!"
mais! diz a minha, a soluçar... Exclama
Todo o meu corpo que o teu corpo chama:
"Morde também!"
Ai! ---------> morde! que doce é a dor
Que me entra as carnes, e as tortura!
Beija mais! morde mais! que eu morra de ventura,
Morto por teu amor!
Quero um beijo sem fim,
Que dure a vida inteira e aplaque o meu desejo!
Ferve-me o sangue: acalma-o com teu beijo!
Beija-me assim!
Eu deito você em pensamento
Meu rosto encosta numa lembrança
Seu sorriso desenha um momento
E tua boca me aguça a esperança
Sou imperfeito e cheio de defeitos... Mas minhas poucas qualidades são suficientes pra calar a sua boca.
Raridade: Raro é ouvir falar de coisas boas que a vida nos oferte... das delícias que nelas temos condicionalmente... Purifiquemos os argumentos: Os olhos são os primeiros a comer... A boca a segunda a falar... Os ouvidos os terceiros a ouvir... e assim sucessível-mente!!!