Boca

Cala tua boca!

Quando não cabem em minha boca os beijos que guardo pra tua, eu os transformo em sorrisos.

Eu sempre gostei muito de dizer tudo o que me vem à boca”.

(Elogio da Loucura)

Pouco adianta calar a boca, se o nosso semblante conta o que sentimos e o que pensamos.

Da ginga eu ginguei,
nas ladeiras doutro tempo,
miles de sonhos atinei,
mas vida correu depressa,
apenas com a poesia fiquei.
Saudades da Bahia, da Ritinha,
da capoeira que joguei,
daqueles olhos amanteigados,
daquela boca que beijei.

Cuidado com o que você fala da boca pra fora. Tem gente que escuta com o coração.

Tua boca veste palavras que desnudam meu coração.

Coragem na boca de covarde é arma letal!

Ouvir à boca pequena pode ser coisa de gente de língua grande.

Ser amor…
(Nilo Ribeiro)

Tocar teus seios,
não ter receio,
usar todos os meios,
não fazer rodeio

deixar-te louca,
beijar-te a boca,
despir tua roupa,
deixar-te rouca

fazer amor,
te dar amor,
morrer de amor,
“será mor”…

Única mulher…
(Nilo Ribeiro)

É você que eu quero,
nenhuma outra sequer,
é meu amor eterno,
é a única mulher

faço o que for preciso,
faço o que você quiser,
sem você eu não vivo,
é a única mulher

quero beijar tua boca,
teu corpo meu corpo requer,
quero despi-la de toda roupa,
minha deusa mulher

nada mais importa,
nem um desejo qualquer,
meu coração abriu a porta,
para você, a única mulher…

Teu beijo…
(Nilo Ribeiro)

Muitos beijos eu gastei,
que serviram de experiência,
mas foi no dia que te beijei,
que do amor senti a essência

todo beijo trocado,
só me fez aprender,
mas só depois de ter te beijado,
que eu descobri o prazer

a mudança foi percebida,
quando te beijei sem pudor,
foi o beijo da minha vida,
um verdadeiro beijo de amor

o mais significante beijo,
um ato de simbologia,
supriu todo meu desejo,
se transformou em poesia

ela passei a escrever,
ela é para te confessar,
que não quero te perder,
sem um dia te beijar

um beijo sem medo,
um beijo sem segredo,
um beijo transformador,
um beijo cheio de amor

o teu beijo eu clamo,
na poesia eu esclareço,
ALMA eu te amo,
do teu amor eu padeço…

A sua boca é a poesia que cabe o meu verso.

A sua boca é a poesia que cabe o meu verso.

Quantas vezes tive que me aviltar para viver um amor meia-boca. Amor só meu.

colho uvas para adoçar-me a boca e pintassilgos docemente crescem em meus olhos...

Que a ironia que sai de minha boca, entre em sua cabeça como uma bala de potente calibre, e que te presenteie com a cegueira, para que nunca mais tenha o privilégio de olhar nos meus olhos novamente.

Moça bonita.
Moça vendida.
Moça que trabalha de noite e de dia, rodando a bolsinha na esquina.
Moça que fica com a boca rosinha e com as pernas doidas do movimento intenso do ato que excita.

Queria sentir o seu cheiro mesmo que fosse os dos meus dedos.
Queria sentir o seu sabor mesmo que fosse o da minha boca.
Mas o tempo passou e levou tudo até mesmo as lembranças.

O que os olhos revelam a boca não precisa dizer !