Boca
Desejo...
Desejo teu sorriso,
Desejo teu olhar,
Desejo tua boca,
Teu jeito de amar.
Não consigo, sem você,
Se que,r pensar,
Até na hora de escrever
Sua saliva, seu suor, desejo ter,
Desejo sua pele, sua roupa no chão,
Seu corpo colado ao meu,
Numa gostosa união,
Todo esse desejo, pode até ser pecado ,
Mas pecado maior, é dizer não.
Não queira ser como "Chiclete" onde abrem a embalagem, botam na boca, mastigam e quando perdem o gosto, jogam fora.
Você que acorda com remelas nos olhos e bafo na boca...
Você que tenta ser diferente...
Você que tenta se mostrar legal e sincero...
Você que se acha secreto...
Você que toma banho de água...
Você que come e você que bebe...
É para você essa mensagem...
Que saio de dentro do meu cérebro sangrento...
Você não é Secreto!
Você é só mais um, tentado ser ator...
"Nunca se esqueça que muitos abrem a boca pra nos criticar e suas criticas os impedem de ver com clareza quem realmente somos..."
mais de mil palavras procurei para te dizer que amo,
mais minhas mãos e minha boca quer falar em meu lugar,
porque as flores florecem eos lirios encantam,
no compasso das palavras vou falando que te amo,
uma tortuante sina de estar sempre distante,
como envolve minha vida meu corpo e todo meu ser,
as delicias do amor moram em seus labios,
o frescor da paixão se derrama por entre teu corpo e sobe até o céu,
sua fala me enlouquece que me dói tanto o coração,
o sól parece menino quando vejo o brilho do seu olhar,
as estrelas são mera aprendizes quando teus cabelos se põe a iluminar,
o suave gosto de seus beijos para sempre vou desejar,
o teu amor é melhor que o mundo pois só com vc aprendi a palavra AMAR
A BOCA DA LOBA (09)
O que a boca fala
Com a cumplicidade dos dentes
Porteiras de saídas e de entradas,
O coração se atemoriza.
E rebate na palavra, esgrima.
A boca não tem a contensão
Do coração.
De ficar calada,
Quando sente o gosto bom
E ácido que leva o fermento dentro.
Bocas que eu beijei,
E as que só sonhei beijando,
Pintaram-me dentro e fora,
Na alma e na gola.
Com marcas de ferros,
Quando dobraram a minha vida.
Sonho com cada uma
E sofro por todas elas,
Sinto os sabores dessas bocas
Em minha língua provadora.
Ah, tua boca, a minha boca agora.
Puxo pela memória,
Mas eu nunca senti nenhuma
Doce como a tua,
Dos formatos da lua,
Quando está cheia,
Quando declina minguando,
E quando vai se levantando
Pros meus olhos escurecerem.
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NAENO*comreservas
VIDA
Depois que a vida chorou pelos meus olhos
E soprou a minha boca pela boca dela
Temos sido assim amantes barulhentos
Quando em nossas encruzas
Mostramo-nos os dentes.
Depois de fincada no chão uma semente,
Pelas mãos dela, e eu era um silente
Pequeno grão suado em sua mão fechada.
E ali já germinava, eu florava.
Aflora agora uma vida em dormência
Sob os caprichos dos seus pés, fui
Calcado, e transplantado tantas vezes
Por não ser o enfeite pra sua janela aberta.
E eu não pergunto de mim a ela
Não incomodo a dona dos arados,
E o que quer de mim, nessa lavoura úmida?
Que eu chore, que me decline.
Serão meus frutos de sabor ruim,
Que ela não arreda o seu olhar,
E quando eu digo gosto desse canto,
Ela me espanta apontando um outro igual
Faz-se arrendatária, também de mim.
Eu me iludo que com os outros
É mesmo assim:
Por ela transplantados, fustigados,
Enxertados, lavrados.
E que não têm sentido
Os seus caprichos arcaicos.
E terá acertado, e sabe o que faz.
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naeno*comreservas
SONHEI
Te puxei pelo coração
E encostei a tua boca
No meu regaço beijei
Os teus cabelos de gosto
Da pessoa que eu amo inteira.
Apago da tua visão
Meu batom carmim
E te verei campina
Verde toda direção
Entre os montes cimo
Dos meus seios.
Eu sorvo toda a tua pele
Toda, tudo tão inteiro
E tudo será como eu quero
Como um beijar primeiro.
E onde tu me tocares
Serás como Midas
Mas não será o duro ouro
Vais ser minha comida
Te elevarei ao poço
Da minha vida
Rainha por um tempo bom
E eu terei caído.
Amor, amor, amor
Te chamarei, querida
Me sugarás teu beija-flor
Todo equilíbrio
Uma canção dos ditos
De Moraes Vinícius
E musicarei os versos
De Neruda, em vida.
NAENO
ATÉ AMAR
Infinitamente belo
É qualquer gesto que tu faças...
Como segurar a presilha com a boca
Antes de arrumar os cabelos.
Quando te declinas a pegar no chão
Um chinelo, um pano, o que te incomoda.
Quando exitas antes de deitar
E abre a porta e vai lá fora
Observar o que pode está fora do lugar.
Ai, amor! Só amando, com o bem que te quero
Sentindo-te ausente, ainda que perto,
E é com esse amor que a ninguém diz nada
Mas que para mim é como divindade.
E nunca duvido, nem sequer pensar
Que ele é demais. Nunca sobrou.
Porque como o ar que me faz falta até na morte,
É muito forte, farto, não sobra e nem falta.
Já me declinei diante de ti
Ajoelhado diante de uma Santa.
E se alguém, que não convém, pensar
Julgar que amor assim não subsistirá
Alucinado, com as estrelas cândidas,
Saiba: é um liberto em queda livre
E que um amor como o meu não conta
Ninguém no mundo que já sentiu, falou.
N a e n o
EU E DEUS
Se me lembro alguma coisa pedi a Deus,
Que me deu a boca e antes de abri-la prometeu,
Que quem pedir mais leva, os cofos
Que se teceu.
Se me anina esta proximidade dele,
Muito mais me santifica pisar seus mesmos rastros,
E quando só, penso está sozinho, deste.
Eu me aceno, na pressa de Deus.
E o que me anima é o mesmo acima.
Autoriza o sonho, relaxa com a rima,
Deixa-me à vontade, para ser saudade.
Para ser da terra, o passo que eu escolher
Se quero viver, terei de morrer.
É só valer a vossa vontade.
Minhas lágrimas
me trouxeram à boca
um gosto de mar...
imenso...
distante...
solitário,
repleto de ausências.
Estou só.
BOCA
A boca presume mentiras
Dos dentes que falam verdades.
Há um céu de bom descanso
Estrelas que ardem de brilho.
A boca se espanta com o beijo,
E beija as bordas do mundo
É ela que se faz distante e fecha-se
Numa soberba contração, dormindo.
Fico com a boca por uns dias, calada,
E fecho-me em meu coração
Clausura aberta,
Esperando que tua boca incerta,
Finque no fundo da minha.
O que regurgitas.
Amor, amor, amor,
Não queiras quem já andou perto,
De uma boca, do seu ventre quente,
Dizer não, porque coça o desejo
De um mergulho lá das estrelas,
E dividir bem no meio a terra,
Matar suas feras,
Pelos seus dentes.
Queda, boca ao meu destino
Aprofundo-te no silêncio,
Apenas, passando perto.
De que adianta as palavras doces que saem da sua boca, se não há verdade nehuma no seu coração. Isso se houver um coração.