Bobo e Esperto
Eu finjo que não percebo, mas está tudo sendo observado. O esperto se faz de bobo para ver até onde o burro se faz de inteligente. Nesse jogo sutil, cada movimento é estratégico e cada palavra tem um significado oculto. Por trás do meu sorriso sereno estou prestando atenção a cada detalhe, absorvendo informações e entendendo movimentações. Aprendi que nem sempre é sábio revelar todas as cartas que tenho na manga, pois o conhecimento é poder e paciência é uma virtude.
Eu finjo que não percebo, mas estou observando tudo. O esperto se faz de bobo para ver até onde o burro se faz de inteligente. Nesse jogo sutil, cada movimento é estratégico, e cada palavra tem um significado oculto. Por trás do meu sorriso sereno, estou atento a cada detalhe, absorvendo informações e compreendendo motivações. Aprendi que nem sempre é prudente revelar as cartas que tenho na manga, pois o conhecimento é poder e a paciência, uma virtude. Às vezes, é mais sábio agir com discrição, permitindo que outros revelem suas intenções sem interferência. Afinal, a melhor defesa é a percepção aguçada, capaz de desvendar as tramas sutis que permeiam as interações humanas. Enquanto alguns tentam me iludir com suas artimanhas, observo calmamente, sabendo que minha aparente ingenuidade é apenas uma estratégia para extrair informações e desvendar as camadas ocultas das personalidades alheias. Não se trata de malícia, mas de autopreservação, de proteger meus valores e princípios enquanto navego pelo mar de relações complexas e desafios diários.
Uma questão shakespeareana de ser ou não ser: ser bobo feliz ou esperto infeliz? Se Einstein fosse responder, ele ponderaria que depende do tempo em que se é feliz sendo bobo e infeliz sendo esperto. Entretanto, para Carlos Drummond de Andrade, a resposta seria objetiva: 'Ser feliz sem motivo é a mais autêntica forma de felicidade.'"
A diferença entre o Bobo e o Burro é que, enquanto o bobo se faz de bobo mas sabe distinguir o certo do errado, o Burro tem certeza do duvidoso e se recusa se chamado de bobo.
Pobre criança pueril
Usa da sua boa vontade
Mas cuidado!
Não espere nada em troca
Os favores são mais desgostosos
Que a vingança que perambula
Os corações !
O que eu busco neste mundo afinal?
Se sou bom, sou bobo, inconsequente e infantil.
Porém, se me mostro esperto,
Nem tanto inteligente,
Há! sei que vai ter gente,
Assim mesmo inconsequente,
Ou até mesmo inconscientemente,
Que vai dizer tão somente,
Que na realidade sou mau.
Na verdade o que eu acho que sou é confuso,
Porque acho que sou aquilo que não sou.
E isso sim, me traz uma questão:
Afinal, o que move a emoção?
O quê toca o coração?
Quem segura a minha mão?
Ufa! quanta indagação.
Mais essa confusão de pensamentos,
Reflete o que eu busco entender.
Porque e qual a razão do porquê?
Seria tudo tão simples,
Se não precisasse saber,
O porquê nem tampouco o quê
De tanta gente querer saber tudo
Sem nem mesmo saber, disso tudo o porquê.
Houve uma época da minha vida, que eu realmente fui boba, acreditava em tudo e em todos, hoje só finjo ser, para fazer de bobo os que se acham espertos demais.
EU E MEU CORAÇÃO
Nos embates travados
Com meu coração,
Sou sempre perdedor.
Ele é tão bobo... Dá dó!...
Ama com paixão.
Eu que me acho esperto,
Torno-me presa fácil
Diante dos sentimentos....
Meu coração parece tão certo
E se entrega, sem consultar-me,
A todo momento.
(Do livro "100 folhas de amor")