Tem hora que a hora transpira desespero.
O caminho da oração cura feridas.
No caminho da laje vou ate o ultimo andar.
Como fantasma de um branco difuso crio esculturas de gesso.
Os passarinhos deixam uma atmosfera de coragem com aroma de goiaba.
Passando a dor seca de sua partida salivo as suas lembranças.
A travesei a casa atingi o quintal abri os olhos e retirei o gesso da mente.
Meu corpo guarda memorias enquanto repousa.
Tomo sorvete quente macio e dourado.
Não te inquietes olhe para o ferro em brasa,que arde como o salmo unanime do dia.
O glamour deste vida esta em duas coisas bondade e coragem.
O cansaço de fim de tarde mal discernia as peças no atelier.
Vejo a penumbra do quarto ate fechar a cortina do tempo.
O vapor quente evola das narinas do vento nordestino.
Tenho orelhas atentas e crescentes com os rumores do mundo.
Tenho a cabeceira alem de privilégios na mesa da caridade.
Nesta manha o sol
atravessa vitrais filtrando arco íris sobre o oratório.
Não sei onde começa o corpo e nem onde termina a alma.
Vejo barracos, pratos vazios e velas acessas.
O silencio tem fragrância de balsamo santo.