Boas Lembranças
Lá na roça...
Vida que foge pelos poros
Pelas boas e desentendidas ideias
Vezes confusas, outras satisfeitas
Como um trem que erra de linha
Me tocam pensamentos férreos
Duros, que se amaciam e se acalmam
Na presença sentida de sua ausência
Na sombra que esqueceste na sala
Sombra inquieta pela saudade de ti e de nós
Que toca e espera em largo e intenso desejo
A querência de um reencontro sonhado
Fiando em temor poder ser esquecido
Passa chuva, uma hora na noite
Que menos essa hora tem
Mas que tem seu cheiro
Tem seu cartão, já ilegível, apagado
De ti, não guardei fotos, recados, sabor
Guardei na memória somente uma noite
Passada na roça, quase ao pé da serra
Admirando o céu desnudado em seus olhos
Não guarde com amor as boas palavras de uma pessoa em seu coração, nem em seus pensamentos. Pois se esta pessoa se virar contra você as boas palavras desta será seu pior veneno. Vai danificar seu coração e confundir seus pensamentos. O ideal é ouvir, agradecer e seguir a diante.
Que seja de praxe em nossas mentes: regar somente as coisas boas, alimentar somente as energias positivas e cultivar boas lembranças. Que seja hábito tudo que é do bem.
A gratidão fortalece e vê beleza em cada momento da vida, onde o mínimo gesto registra belas e boas lembranças futuras.
Algumas ruins, muitas delas boas, outras nem tanto, mas todo relacionamento está cheio de histórias que só o tempo é capaz de contar.
NUNCA CONTENTE...
Como a vida apronta
Sem sequer avisar
Surpresas sem parar,
umas boas, outras nem tanto.
Dia feliz, dia bandido.
Situações no ar,
Angustia para passar,
Ansiedade por esperar.
Tudo passa rápido...
Ágil demais para notar.
Pensamentos a voar,
Sentimentos há aflorar.
Porque tudo acontece...?
Por melhor que esteja,
Ou pior ficar,
Sempre haverá o que acarretar.
Do passado apenas lembrança.
Do presente hoje vivido.
Do futuro sempre incerto.
Vida que continua,
pra cima pra baixo,
Nada que nos satisfaça.
Sempre cobrando,
Reclamando, lamuriando,
Nunca entendendo.
Mais fácil lamentar,
Agradecer, nem pensar,
Melhor falar, reclamar,
Do que posicionar.
Marcelo Martins
Meu presente vive de passado, minhas colheitas atuais, até que são boas, já as futuras?
Sinto um vazio premeditado, igual calda de pudim com açúcar queimado, a princípio, o gosto doce, com um finalzinho amargo.