Boa noite
Noite Paulistana
Sem pretensões, apenas uma noite qualquer, paulistana
Noite que começa a luz do dia, que escurece aos poucos
Ela vai te inebriando e soltando as amarras que precisam estar fortes em outras horas
Enquanto a cerveja vai se misturando ao sangue o riso fica mais fácil, as palavras não pedem licença para sair da boca e você vai se revelando bem do jeito que é
Saem anjos e demônios, vomitamos verdades e afirmamos mentiras da quais não abrimos mão, questão de sobrevivência
A noite tem cheiro e gosto de cerveja, de vários tipos, temperaturas e intensidades
As conversas, elas variam tanto quanto essas opções.
De repente a insatisfação te invade e você se vê expulso daquela atmosfera, é como se faltasse ar
Então, busca-se oxigênio em outras paragens
Mais intensas
Mais escuras
Mais verdadeiras
E lá, nessa nova caverna, você mergulha com estranhos, em conversas profundas, questionamentos constrangedores e revelações surpreendentes
Você olha a sua volta e afirma, são apenas efeitos, da noite, paulistana
Noite precoce
Intensa
Despretensiosa
Uma noite qualquer, paulistana.
mais uma noite que avança induzindo a frágil razão
no irreversível caminho da admissão da derrota ...
devaneios jamais desejados e permanentemente presentes.
Auspiciosa noite anunciava-se quando te vi
O intento secreto me consumia
E do branco de teu corpo
Senti a candura da sua alma
Aguardo mais uma vez te ver
E mais uma vez espero aquela noite
Noite aquela
Só se esperar viverei até te ver de novo
E se só de esperar vivo
Minha saudade agora mora contigo
Nos entremeios dos seus cabelos
E no calor dos lábios seus que me aquecem
Depois de tudo que passamos, tudo que vimos, tudo que os homens podem fazer… Você acha mesmo que barulhos à noite me assustam? Acha que tenho medo de fantasmas?
As promessas de nada valem quando não se age.
Os problemas não se resolvem sem os enfrentarmos.
Os dias se perdem enquanto não se vive o presente.
As noite se passam quando nós receamos o dia de amanhã.
As vidas se perdem em vão enquanto o Homem não toma ação.
O silêncio...
O silêncio, deveras, é inexplicável.
Já parou para pensar no silêncio?
Tem dias que ele é ensurdecedor!
Te consome, te suga, te rasga...
Dói!!!!!!!!!!!!!!
Sinto que vou morrer!!!
NÃO QUERO OUVIR O SOM DO SILÊNCIO!!!
Tem dias...
Ah, tem dias que só quero o silêncio.
Uma paz...
Me acolhe, me abraça, me consola...
Parece que sabe bem do que preciso!
Apazigua minha alma, me entende,
Me motiva, me cativa.
É meu recanto e meu abrigo
UM PERIGO!!
Uma vez no silêncio, não se quer mais sair!
Entre trancos e barrancos ficamos ali!
Sofrendo, doendo, sorrindo, planejando...
confortavelmente...
Curtindo o nosso mundo, o Eu,
Errante, sujo, livre e quente, doente!
Vivendo e aprendendo a conviver com o
SILÊNCIO!
Quando a tarde começa a preparar a mochila para ir de encontro à noite é que noto passarinhos mais atentos. Sincronizam forte canto, alguns voam em círculos como a despedirem-se da luz e ficam por aqui, prontinhos para a hora de se recolherem. Essa hora sagrada e bela, passa-nos um certo alívio. Poderemos descansar logo mais, olhar novamente as estrelas-sempre as mesmas- uma é minha desde que nasci, procuro-a na imensidão há anos, mas ainda não é tempo de descobrir. Posso estar sonhando ou acordada, sei que o universo é meu manto e sob ele descanso o corpo e alma. Gosto do silêncio crepuscular, induz a refletir a que viemos e para onde iremos. Acho importante pensar nisso, somos um grão de poeira no vai da valsa do tempo, somos todos iguais sob a égide dos ponteiros. Mais uma tarde vai deixando no ar o perfume de jasmins para agradar a noite, aspiro o perfume, aceno para uma estrela, ela sorri - percebi isso - quando uma pequena luz escorreu do céu em minha direção e a paz tomou conta de meu coração. Seria a minha?
Quem disse que a chuva atrapalha, não sabe que ela bate em minha janela, trazendo-me, leveza nos pensamentos e a certeza que amanhã será vinte e três do mês... Esqueci!
O ultimo poema
Perdido, como uma ovelha levada ao matadouro, preferiu o esquecimento.
Não consciente de si, percebera que já alcançara o que pretendia.
Na calada da noite bateram em sua porta.
Quem seria? Quem teria tamanha ousadia de importuna-lo?
Era a solidão pedindo guarida,
e chorava tanto, que ele chorou com ela,
dançou sua música, bebeu de sua taça.
Lágrimas, a cicuta dos pobres.
Todavia ela o abraçou, o embalou.
Fê-lo entregar-se pouco a pouco
ao frio de suas palavras.
Era uma noite comum,
mas a solidão deu-lhe um
fim.
Renda-se ao medo
Entregue-se ao desespero
A noite te chama
No soar da meia-noite
Só os corajosos atendem ao chamado da noite
Pois doce é a tentação
E ela tem muitas formas...
Luz
Hoje eu vi o sol nascer,
Há tanto tempo eu não via,
A noite ir embora, e dar lugar ao dia.
Abri os olhos devagar, deixei a luz entrar,
Ela me contou uma história,
veio morar na minha memoria.
Luz que exorciza o medo, que traz o sossego,
Que tira da escuridão, que pega pela mão,
Mostra tudo que reluz, as estrelas e o luar, um rosto familiar,
Aquele sorriso sincero, para sempre há de lembrar.
Porém não só das rosas lembrará e o que ver não poderá apagar,
Mas para que não voltes a tropeçar, teus erros ela iluminará,
Depois das seis
Lá se vai mais um dia
e ao por do sol, o medo aflinge
a noite é minha inimiga.
Dela não me aprazo;
muitos a aproveitam,
e nela escrevem suas histórias;
baladas, bebidas, amores.
Mas na vida, nem tudo são flores.
Ela pra mim tem outro sentido,
as forças não têm subsistido
aos pensamentos que me consomem,
segundos viram horas,
o sono tranforma-se em um pesadelo acordado;
as vezes penso tudo isso ser uma inverdade,
que todas noites tragam consigo,
crises intensas de ansiedade.
Pessoas almejam crescer, trabalhar, construir;
A magnitude do sonhar humano é inefável,
não cansam de idealizar,
mas nem o maior desses desejo é comparável
ao meu anseio pelo sol raiar.