Boa noite
Heráclito disse que não podemos entrar no mesmo rio por duas vezes... podemos dizer também que o marido ou a mulher que saem cedo de casa para trabalhar, quando voltam para casa, não são os mesmos. E duas pessoas que se reencontram depois de longo tempo, não são as mesmas pessoas que um dia se despediram. E aquele casal que dormiu junto à noite passada, quando for para a cama novamente, serão outras pessoas, na mesma cama ... Estamos mudando a toda hora e a todo instante.
Todo dia eu sabia
Que a tua Alma viria
Me encontrar quando o sol saía
E a noite caia
A lua me visitava
E eu dizia que te amava
Cada vez que eu falava
Uma estrela passava
Em noite de lua cheia
A chuva acompanhava
O rumo da estrela
E do poema que eu recitava
Os versos do vento
E as rimas da brisa
Chamavam a sua Alma
Para a leve dança da vida
Caía a noite...
Desesperadamente!
Safar- se do dia?
Sem pestanejar, as sombras aceitam a maldade humana.
no silencio de cada noite ouço a voz da escuridão perturbando meus sonhos mais incertos, tento adormecer e não consigo pois meus pensamentos insanos com as loucuras de uma vida de solidão que jogo contra o vento mas o vento a trás de volta sem eu ao menos ter a condição de reagir meus Deus grito suspiro e adormeço tendo os piores sonhos já vividos de uma noite de agonia e desespero sera que mereço tal citação condições de destino incerto que logo veem a me tortura o que me resta então é chora.
Então, me apaixono pela noite. Quando a música irrompe a inércia provocada pela impossibilidade de meus olhos serem abertos, me apaixono pela noite. Começo a dançar cegamente a desordem de minhas ideias, como um choque. Elas me contorcem, distorcem, até que se arrancam. Deixam em mim um mal-estar, a paixão pela noite.
Ela vem constantemente a minha mente a noite. Os sábios dizem que as coisas mais bonitas da vida vem em forma de sonhos.
O dia escureceu a noite
A noite escureceu o dia
O dia me mostrou o que é noite
E a noite me mostrou o que é dia
Hoje aqui fora eu vus digo
Que eu conheci mais a noite do que o dia
Pois o dia é feroz, é quente, é descontente
Já a noite é de repente
Passa de repente, sem dor, sem lamento
Mas depende muito do sentimento
Que faz a noite ficar lenta
Que faz o dia ficar distante
Daquilo que te contenta.
A noite traz de volta
Aquilo que o dia matou
A noite traz de volta
Aquilo que o dia
Um dia se apaixonou
A noite traz de volta
Aquele meu amor
Que estava perdido
Na montanha do dia
Mas não estava perdido
Foi o dia, que um dia o sequestrou.
Hoje o dia se declarou pra noite
Mas só que a noite
Não gosta de coisa quente
Nem coisa de repente
A noite é muito lenta
Gosta de coisas frias
Gosta de coisas lentas
Gosta de namorar ela mesma
Não gosta de namorar o dia
Pois a noite não namora o dia
A noite namora os poetas."
Estou de volta
Nesse lugar sereno
Onde tudo era veneno
Onde não se passava vento
Onde o vento tem casa
E não saia dela, se tranca até a janela
Mas ninguém o vê fora
O vento se incomoda
Quando ele vem quente
Bate na testa gente
Queimando tudo de repente
Não é como beijo quente
Que deixa a solidão triste
Que mata o lado do verso
Aquele lado mais triste.
Hoje a noite matou o verso do dia
E o dia perdoou o verso da noite
Pois a noite tinha o verso da lua
Que iluminava o velório do dia
Pois agora não haverá mais dia
Pois quando o dia morre, se enterra de noite
Pois a noite é o melhor dia.
Quando a tarde cai calada
A noite estende um vestido
As nuvens o veste
para ficar de lembraça, de uma noite
Queiria acontecer.
As nunves derraram lagrimas sem saber
Aa lagrimas de lembranças passadas
De um passado lindo
Quando o dia era lindo
Quando tarde não se cansava.
Hoje a noite dá voltas em casa
A procura do vestido
Que caiu da noite fechada
O vestido lavou a minha alma
O vestido lavou o meu presente
Jogou fora, de repente
Toda a dor que dava voltas
Nessa alma quase morta
Mas ao vestir esse vestido
Se tornou tão viva, quanto a dona
Essa dama, mulher de preto
Que escurece noites vencidas
Mas não joga seu veneno
Mas a amente dela joga o veneno
Que é a chuva que banha meu sereno
O dia então chegou ao fim.
Um dia comum,
Com um céu azul.
A noite então veio
Trazendo em seu leito
O som suave
De sua voz a despertar.
Voz doce,
Voz suave.
Que acalma a mente,
E encanta a alma.
A noite se vai,
Mas eu jamais,
Esquecerei a voz
Que me trouxe a paz
Vidraça
Na infância - fechada;
É vidro translúcido que mostra a vida e impede os perigos, protege e deslumbra; intriga e provoca.
Um dia se abre...
E o vento da noite, a brisa do dia, a cor do luar, o sol sem pudor se tem ao alcance, se pode provar; se fecha ou se abre ao seu bel prazer;
O destino de hoje ao alcance da mão; se teme, se foge - fechada, abrigada; e abre, se quer.
Um dia a vidraça, mal fechada, talvez, se bate e se quebra, em pedaços no chão.
E os cacos que sobram não formam vidraça, não acalmam temores, não servem de asilo, não impedem o vento, as dores, os medos, o frio...
E o que sobra da vida são fragmentos de outrora, pedaços de tempo que guardam lembranças, memórias, saudades;
E assim, em pedaços, não são mais vidraças; são restos, são cacos, lasquinhas de vida espalhados no chão.
Ser feliz talvez seja saber sorrir mesmo em tempos difíceis, tendo a certeza que tudo irá melhorar, olhar a luz do Sol, sentir a brisa do mar em um dia de verão, e saber admirar as estrelas, numa noite de escuridão. Então sorria, não se desespere, pois só passando pela tempestade damos valor à calmaria.
O problema é a noite
Que alimenta a solidão
Quem é sozinho sofre quieto
Agoniza em pensamento vão
Por onde andas felicidade?
Seria para mim ilusão?
Poder dormir ao fim do dia
Ao sentir leve o coração
Que esta noite
possamos guardar no coração
somente o que nos fez bem.
O que nos trouxe paz...
O que foi bom de ouvir e de ver.
O resto, deixa pra lá...
Tentemos esquecer.
"A sabedoria consiste em saber, que tudo leva tempo, muito tempo, a mudança aqui nesta dimensão, não é da noite para o dia."