Boa noite
Nessa noite não quero saber do sono, só quero olhar pro céu, observar as estrelas, e imaginar em cada uma delas o brilho do seu olhar, e chorar de emoção e tristeza, emoção em saber que você existe e de tristeza pois apenas posso imaginá-la, e nunca conquistá-la.
Poesia do Além
Sombra e Luz
Vem a noite, volta o dia,
Cresce o broto, nasce a flor,
Vai a dor, surge a alegria
Dourando a manhã do Amor.
Assim, depois da amargura
Que a vida terrena traz,
A alma encontra na Altura
A luz, a ventura e a paz.
Sabe aquela lágrima que você derramou ontem a noite antes de dormir? Lembra do motivo? É difícil não é? Sofrer tanto assim por alguém que você ama, e que, provavelmente, não liga pra você. Sua vida é complicada, é difícil, mais do que qualquer um possa imaginar. Todo o dia você tem que colocar aquele sorriso lindo que você tem no rosto só para esconder as suas lágrimas. E todo vez que você entra embaixo do chuveiro é só para poder desabafar e colocar para fora todas aquelas lágrimas que você segurou o dia inteiro. Você pode evitar o máximo possível, mas você sabe que quando você for se deitar é nele em quem você vai pensar. Pode chorar querida, não é um erro, é uma necessidade. Você precisa colocar para fora todo a dor que já lhe causaram. Você está sendo forte por guardar tudo isso só para você, nunca se julgue fraca, porque você não é. E eu sei, você sabe, e todas as garotas do mundo sabem como é isso. Só continue sendo forte
Ela caminha em formosura, noite que anda
num céu sem nuvens e de estrêlas palpitante,
e o que há de bom em treva ou resplendor
se encontra em seu olhar e em seu semblante:
ela amadureceu à luz tão branda
que o Céu denega ao dia em seu fulgor.
Uma sombra de mais, em raio que faltasse,
teriam diminuído a graça indefinível
que em suas tranças côr de corvo ondeia
ou meigamente lhe ilumina a face:
e nesse rosto mostra, qualquer doce idéia,
como é puro seu lar, como é aprazível.
Nessas feições tão cheias de serenidade,
nesses traços tão calmos e eloquentes,
o sorriso que vence e a tez que se enrubesce
dizem apenas de um passado de bondade:
de uma alma cuja paz com todos transparece,
de um coração de amôres inocentes.
TODAVIA
Não creio, todavia,
Você está chegando a meu lado,
E a noite é um punhado
De estrelas e de alegria.
Apalpo, sinto o gosto,
Vejo seu rosto, seu passo largo,
Suas mãos e, no entanto,
Ainda não creio, todavia.
Seu regresso tem tanto
Que ver com você e comigo
Que por sorte lhe digo
E canto,
Ninguém pode substituí-lo
E as coisas mais triviais,
Se tornam fundamentais,
Porque você está chegando.
No entanto, todavia,
Chego a duvidar de minha sorte,
Porque tê-lo junto a mim
Às vezes me parece fantasia.
Mas você vem,
Com certeza,
E vem com seu olhar
E por isso sua chegada
Torna mágico o futuro.
E ainda que nem sempre
Eu tenha entendido
Minhas culpas e fracassos
Sei, para compensar,
Que, em seus braços,
O mundo tem sentido.
E se beijo a ousadia
E o mistério dos seus lábios,
Não há dúvida
De que o amarei mais
A cada dia,
Todavia.
(Tradução livre – Eduardo Andrade)
Quanto mais escura a noite, mais brilhantes são as estrelas. Quanto mais profunda a tristeza, mais próximo está Deus.
Antes de você, minha vida era como uma noite sem lua. Muito escura, mas haviam estrelas, pontos de luz e de razão. E depois você atravessou meu céu como um meteoro. De repente tudo estava em chamas; havia brilho, havia beleza. Quando você se foi, quando o meteoro caiu no horizonte, tudo ficou negro. Nada mudou, mas meus olhos ficaram cegos pela luz. Não pude mais ver estrelas. E não havia mais razão para nada.
Por quê?
Por que a noite se arrasta tão longa?
Por que a madrugada se cala silenciosa e fria?
Por que a saúde não contamina feito a doença?
Por que a poesia nasce do sofrimento com mais facilidade?
Por que o coração percebe o que a mente não sabe?
Por que o sonho se dissolve, assim, rapidamente?
Por que a saudade dói sem solução?
Por que o espelho mente para o olhar da solidão?
Por que a morte não respeita a paixão?
Soli Deo Gloria.
Monólogo da Despedida
Terá uma noite, que, ao me deitar,
Tua alma comigo não mais estará
A saudade transcenderá
Os sonhos, que por ti idealizei
Chegará quando, pouco por ti sentirei.
Se foi mero engano do destino
Apresentar-me ao teu sentimento
Só recordação, não serei em nenhum momento
Terás gravado circunstâncias no pensamento
Tatuadas pela saudade, pelo descontentamento.
Mesmo não desejando, saberás dos outros
Que frustrado caminho na solidão
Da ausência de seu amor, seu coração
Tão impregnados em minha emoção
Agora ao leu, sem significado, em vão.
Haverá quando não mais teremos importância
Um ao outro seremos somente consonância
Não mais saberei de ti
E ti não vai querer saber de mim
Porque pouco importa, foi o fim
Pedacinhos de noite, polvilhados com as luzes do dia. É a madrugada confusa. Para alguns tarde, para outros muito cedo. Opostos de Vida.
Eu passei mais da metade da noite olhando fixamente para um saco de pão pullman e me perguntando o que ele fazia na fruteira se ele não era fruta.
"O espectro da Mulher Selvagem ainda nos espreita de dia e de noite. Não importa onde estejamos, a sombra que corre atrás de nós tem decididamente quatro patas."
**Todas nós temos anseio pelo que é selvagem. Existem poucos antídotos aceitos por nossa cultura para esse desejo ardente. Ensinaram-nos a ter vergonha desse tipo de aspiração.
Deixamos crescer o cabelo e o usamos para esconder nossos sentimentos.
**"0 arquétipo da Mulher Selvagem, bem como tudo o que está por trás dele, é o benfeitor de todas as pintoras, escritoras, escultoras, dançarinas, pensadoras, rezadeiras, de todas as que procuram e as que encontram, pois elas todas se dedicam a inventar, e essa é a principal ocupação da Mulher Selvagem. Como toda arte, ela é visceral, não cerebral. Ela sabe rastrear e correr, convocar e repelir. Ela sabe sentir, disfarçar e amar profundamente. Ela é intuitiva, típica e normativa. Ela é totalmente essencial à saúde mental e espiritual da mulher."
Há uma hora certa,
no meio da noite, uma hora morta,
em que a água dorme.
Todas as águas dormem:
no rio, na lagoa,
no açude, no brejão, nos olhos d'água,
nos grotões fundos
E quem ficar acordado,
na barranca, a noite inteira,
há de ouvir a cachoeira
parar a queda e o choro,
que a água foi dormir...
Águas claras, barrentas, sonolentas,
todas vão cochilar.
Dormem gotas, caudais, seivas das plantas,
fios brancos, torrentes.
O orvalho sonha
nas placas da folhagem
e adormece.
Até a água fervida,
nos copos de cabeceira dos agonizantes...
Mas nem todas dormem, nessa hora
de torpor líquido e inocente.
Muitos hão de estar vigiando,
e chorando, a noite toda,
porque a água dos olhos
nunca tem sono...
A medida que a noite se aproxima,
faz-me de novo lembrar
que a alma que caminha no amor,
não descansa nem se cansa.
Minha fonte de desejo.
Doce encanto,pura magia.
Só há prazer com teu beijo.
Seja noite ou seja dia.
Eu não fico sem você.
Ai de mim eu morreria..