Blues
fada azul
vou escrever um blues
ao som dos bandolins
cantando e mandando nudes
singelas como os querubins
que vivem no jardim celeste
plantados e empapuçados
de flechar amor sem prece
lá os anjos dançam com fadas
cegas azuis que dizem
eu gosto de você e
você gosta de mim
A percepção do Agora está sempre no passado. Pois o Agora é somente percebido através da intermediação da vivência, que por sua vez é manifestada no decorrer da finitude do Agora.
oque é amar?
se tivesse falado contigo
com segundas intenções
seria hoje diferente do amanhã?
se tivesse arriscado além de palavras
com jeito malandro
seria hoje diferente do amanhã?
é fácil deixar as coisas para trás
disse que agora era comprometida
e que meninos tão garotos como eu
era somente com laço de amizade
se tivesse falado contigo
com segundas intenções
seria hoje diferente do amanhã?
se tivesse arriscado além de palavras
com jeito malandro
seria hoje diferente do amanhã?
simplesmente vejo a terra, céu e mar
eles vem a me confortar
estou a explorar meus pensamentos
e eles me mandam a queimar.
amor tão forte,intenso e único
em cada sorriso mais profundo...
sentimentos sinceros te mostro
em cada pensamento vejo voçe
imagino tua face junto as estrelas
olhando todas as noites tuas ousadias
seja sempre impossivel para mim
e eu vou até o fim e vou te buscar
cada palavra agora se faz diferente
um beijo somente não é suficiente
cada coisa simples em voçe
mais um dia assim , eu te quero
te colocar em primeiro lugar
somente se eu não me amar
afinal o tempo passou
a vida mudou
e nem sinto mais amor
Silêncio Cego
Eu vejo dançarinos nas calçadas
Entre mendigos camelôs e padres
Crianças procurando presas pra devorar
Numa savana eletrificada
E na TV uma granada explode
Do outro lado um ditador aplaude
Caem os muros e ficam as heras
E os inocentes à mercê das feras
Do lado norte, onde o Sol é mais forte
Deus é a nuvem que nunca aparece
E o vento sempre sopra certo em qualquer direção
Moinhos é que esperam sempre na contramão
Duvidoso é o silêncio
De certas palavras
Duvidoso é o silêncio
Que cega as palavras
E você diz que está indo tudo mal com a tua vida
Você nunca se contenta porque não sabe
O quanto dói a minha ferida
Duvidoso é o silêncio
De certas palavras
Duvidoso é o silêncio
Que cega as palavras
Como as coisas da vida devem ser?
Difícil responder..... mas parte de mim acha que tem que ser como esse Blues! Um compromisso sem compromisso.....rs, transformando tudo em músicas comprometidas com ouvidos exigentes e principalmente descompromissada com o tédio e sentimentos negativos!
Um homen que quando adolescente, foi lavador de carros, ajudante dê pedreiro, marcenaria, madeireira, depósito para materiais para construção, chamado dê Marco Aurélio , cantor e compositor musical que nos alegra com o Blues, o Funk e o Soul music. Eternas glórias que me faz feliz ...
Eu prefiro ser falido e fora de portas
Eu prefiro ser quebrado, Senhor, e fora de portas
do que estar aqui a trabalhar na implantação da polícia.
A revelia
Sou o poeta que escreve seus versos nos muros
artista dos becos e das vilas que declama suas dores e amarguras
sou o filho do meio, de outros tantos, criados a revelia e sem recursos por uma dona Ana ou uma dona Maria...
Na rua sou ligeiro, nem bala perdida me acha
sou rima faceira que combina em seu corpo tempo e espaço, ódio e amor, paz e guerra
sou a linha de frente da guerra, a lâmina da faca, o cano do fuzil
sou o verbo inteiro, vez ou outra partido ao meio, transformado em refrão
sou o mundo inteiro e o meu bairro
e o desespero da mãe quando falta o pão
sou a minha esperança
a ponta aguda da lança - nunca se esqueçam!
Sou o pai de família que acorda todos os dias bem cedo
e segue firme sem pedir arrego, sem desejar vida fácil.
Sou o pretinho longe do tráfico, salvo pelo passinho e pelo futebol
sou a segunda parte do hino nacional que ninguém canta:
a liberdade
os campos verdes
o lábaro que ostentas estrelado.
Sou apenas mais um filho da pátria Brasil com nome de santo
feito outros tantos Silvas nos becos, nos morros, nas periferias
apenas mais um brancopretovermelhoamarelhoíndio e favelado
renegado pelo sistema, vestindo preto por fora e por dentro.
Uma blusa branca
poliéster
com tentativa falha de regata
no fundo
com outras roupas perdidas
exalando a naftalina
e amarelada pelos dias.
Me pergunto porque não a devolvi
e já que não
porque não a usei
ao menos
para tirar poeiras.
talvez tenha sido o tecido
e minha mobília delicada.
O jazz diz
[não sobra nada do amor, baby.
a não ser roupas
alguns livros
outros objetos inúteis
que não são seus
e centenas de mensagens.
“Separa a minha blusa, Ranch
[irei buscá-la domingo”.
Hoje é dia de faxina.
Chet Baker no rádio e
arrisco passos pela cerâmica.
O beck no cinzeiro
que queima enquanto vou
ao lixo mais próximo
imitando um Jeté mal feito
a enterrei lá no fundo.
Baker
agora posso dizer
[não sobrou nada
Apenas uma casa
gloriosamente
arrumada.
Estou no ar que você respira, na luz dos seus olhos, no cheiro do seu corpo, no seu paladar, no pulsar do seu coração, na alegria do seu sorriso, na fortaleza do sentimento, no teu sonho de amor.
"Quantas besteiras..
Notas traiçoeiras ..
Canto surdo..
Melodia que encontra muro..
É como nadar na beira..
Tocar em todas as cordas
Harmônia do coração...
É o meu " Blues"
O Blues da solidão..."
a minha menina, como seria se hj, nossas bocas se toca-se
como seria se tudo que vivemos estivesse em um filme, seria quente!
seria bom, mas e ai, será que a vontade de se ama seria tão forte ainda ?
de verdade nao sei, mas nao poderíamos nega que seria de fica gravado
de forma que nossos corpos nunca esqueceria, ah! seria quente.
leia ouvindo um blues.