Bíblia
Numa espécie de hino, o autor celebra o Criador, que forma o universo como preparação para a vinda do homem. Ao mesmo tempo, celebra a grandeza do homem, chamado a governar toda a criação e dotado de inteligência para reconhecer a soberania de Deus. A ordem suprema, colocada no íntimo da consciência, proíbe cometer injustiça e manda relacionar-se fraternamente com o próximo.
(eclesiástico 16,24-17,12)
Eu sou a videira, vós as varas; quem está em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.
João 15:5
Antigamente Deus chamava as pessoas e as usava, hoje as pessoas se elegem, e usam Deus, triste mais é fato!
O DIREITO DE UMA PESSOA.
As pessoas podem dizer sim ou não para você, porem tem uma delas que preferem te fazer de bobo, lamentável !!
As bem-aventuranças são o anúncio da felicidade, porque proclamam a libertação, e não o conformismo ou a alienação. Elas anunciam a vinda do Reino através da palavra e ação de Jesus. Estas tornam presente no mundo a justiça do próprio Deus. Justiça para aqueles que são inúteis ou incômodos para uma estrutura de sociedade baseada na riqueza que explora e no poder que oprime.
Os que buscam a justiça do Reino são os «pobres em espírito.» Sufocados no seu anseio pelos valores que a sociedade injusta rejeita, esses pobres estão profundamente convictos de que eles têm necessidade de Deus, pois só com Deus esses valores podem vigorar, surgindo assim uma nova sociedade.
(comentário sobre Mt.5,1-12)
Os discípulos de Jesus devem estar conscientes de que se acham unidos com todos aqueles que anseiam por um mundo novo. Eles não podem se subtrair a essa missão, mas precisam dar testemunho através de suas obras. Não se comprometer com isso é deixar de ser discípulo do Reino. Através do testemunho visível dos discípulos é que os homens podem descobrir a presença e a ação do Deus invisível.
(nota de rodapé)
A lei não deve ser observada simplesmente por ser lei, mas por aquilo que ela realiza de justiça. Cumprir a lei fielmente não significa subdividi-la em observâncias minuciosas, criando uma burocracia escravizante; significa, isto sim, buscar nela inspiração para a justiça e a misericórdia, a fim de que o homem tenha vida e relações mais fraternas. Em 5,21-48, Mateus apresenta cinco exemplos, para mostrar como é que uma lei deve ser entendida.
(nota de rodapé - para Mt 5,17-20)
A lei que proíbe matar, proíbe esse ato desde a raiz, isto é, desde a mais simples ofensa ao irmão. Mesmo ofendido e inocente, o discípulo de Jesus deve ter a coragem de dar o primeiro passo para reconciliar-se. Caso se sinta culpado, procure urgentemente a reconciliação, porque sobre a sua culpa pesa um julgamento.
(nota de rodapé)
Mt 5,27-32:
Jesus radicaliza até à interioridade a fidelidade matrimonial, apelando ao amor verdadeiro e leal. O adultério começa com o olhar de desejo, e o mal deve ser cortado pela raiz. A exceção citada no v. 32 pode referir-se ao caso de união ilegítima, por causa do grau de parentesco que trazia impedimento matrimonial segundo a Lei (Lv 18,6-18; At 15,29).
(nota de rodapé)
Como se pode superar a vingança ou até mesmo a «justa» punição? O Evangelho propõe atitude nova, a fim de eliminar pela raiz o círculo infernal da violência: a resistência ao inimigo não deve ser feita com as mesmas armas usadas por ele, mas através de comportamento que o desarme.
(nota de rodapé - para Mt.5,28-42)
O Evangelho abre a perspectiva do relacionamento humano para além das fronteiras que os homens costumam construir. Amar o inimigo é entrar em relação concreta com aquele que também é amado por Deus, mas que se apresenta como problema para mim. Os conflitos também são uma tarefa do amor. O v. 48 é a conclusão e a chave para se compreender todo o conjunto formado por 5,17-47: os discípulos são convidados a um comportamento que os torne filhos testemunhando a justiça do Pai. Sobre os cobradores de impostos, cf. nota em Mc 2,13-17.
(nota de rodapé - para Mt 5,43-48)
Os cobradores de impostos eram desprezados e marginalizados porque colaboravam com a dominação romana, cobrando imposto e, em geral, aproveitando para roubar. Jesus rompe os esquemas sociais que dividem os homens em bons e maus, puros e impuros. Chamando um cobrador de impostos para ser seu discípulo, e comendo com os pecadores, Jesus mostra que sua missão é reunir e salvar aqueles que a sociedade hipócrita rejeita como maus.
(nota de rodapé - para Mc 2,13-17)
A esmola é um gesto de partilha, e deve ser o sinal da compaixão que busca a justiça, relativizando o egoísmo da posse. Dar esmola para ser elogiado é servir a si mesmo e, portanto, falsificá-la.
(nota de rodapé)
"Santificado seja o teu nome” ou “Seja respeitada a santidade do teu nome”. Santificar não é dar, mas reconhecer O nome pode ser também o título e a fama. Não mostrar a santidade de Deus foi o delito de Moisés (Nm 27,14). O contrário é profaná-lo: abusando dele, manipulando-o, trivializando-o.
No Pai-Nosso ressoa a experiência de Israel no processo de sua libertação; provações no deserto, o maná cotidiano, a vontade de Deus promulgada como Lei, a santidade cúltica do nome revelado a Moisés, o reinado de Deus pela aliança na terra entregue.
(nota de rodapé)
Na oração, o homem se volta para Deus, reconhecendo-o como único absoluto, e reconhecendo a si mesmo como criatura, relativizando a autossuficiência. Por isso, orar para ser elogiado é colocar-se como centro, falsificando a oração.
(nota de rodapé)
Se alguém pensa que é religioso e não sabe controlar a língua, está enganando a si mesmo, e sua religião não vale nada. / Religião pura e sem mancha diante de Deus, nosso Pai, é esta: socorrer os órfãos e as viúvas em aflição, e manter-se livre da corrupção do mundo.
Salmo 139
Javé, tu me sondas e me conheces.
Tu conheces o meu sentar e o meu levantar, de longe penetras o meu pensamento. /
Examinas o meu andar e o meu deitar, meus caminhos todos são familiares a ti. /
A palavra ainda não me chegou à língua, e tu, Javé, a conheces inteira. /
Tu me envolves por detrás e pela frente, e sobre mim colocas a tua mão. /
É um saber maravilhoso que me ultrapassa, é alto demais: não posso atingi-lo! /
* Para onde irei, longe do teu sopro? Para onde fugirei, longe da tua presença?/
Se subo ao céu, tu aí estás. Se me deito no abismo, aí te encontro./
Se levanto vôo para as margens da aurora, se emigro para os confins do mar, /
aí me alcançará tua esquerda, e tua direita me sustentará. /
Se eu digo: «Ao menos as trevas me cubram, e a luz se transforme em noite ao meu redor», /
mesmo as trevas não são trevas para ti, e a noite é clara como o dia. /
* Sim! Pois tu formaste meus rins, tu me teceste no seio materno. /
Eu te agradeço por tão grande prodígio, e me maravilho com as tuas maravilhas! /
Conhecias até o fundo de minha alma, /
e meus ossos não te eram escondidos.
Quando eu era formado, em segredo, tecido na terra mais profunda, /
teus olhos viam as minhas ações, e eram todas escritas no teu livro.
Os meus dias já estavam calculados, antes mesmo que chegasse o primeiro. /
Mas a mim, como são difíceis os teus projetos! Meu Deus, como é grande a soma deles! /
Se os conto... são mais numerosos que areia! E, ao despertar, ainda estou contigo! /
* Ah! meu Deus, se matasse o injusto! Se os assassinos se apartassem de mim!/
Eles falam de ti com ironia, e em vão se rebelam contra ti! /
Não odiaria eu aqueles que te odeiam? Não detestaria eu aqueles que se rebelam contra ti? /
Eu os odeio com ódio implacável! Eu os tenho por meus inimigos! /
Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração! Prova-me, e conhece os meus sentimentos! /
Vê se não ando por um caminho fatal, e conduze-me pelo caminho eterno. /