Bíblia

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A Bíblia é um conjunto de textos sagrados para a religião cristã.

Gênesis 41

O sonho de Faraó

1 Ao final de dois anos, o faraó teve um sonho. Ele estava em pé junto ao rio Nilo,
2 quan­do saíram do rio sete vacas belas e gordas, que começaram a pastar entre os juncos.
3 Depois saíram do rio mais sete vacas, feias e ma­gras, que foram para junto das outras, à beira do Nilo.
4 Então as vacas feias e magras comeram as sete vacas belas e gordas. Nisso o faraó acordou.5 Tornou a adormecer e teve outro sonho. Sete espigas de trigo, graúdas e boas, cresciam no mesmo pé.
6 Depois brotaram outras sete es­pigas, mirradas e ressequidas pelo vento leste.
7 As espigas mir­radas engoliram as sete espigas graúdas e cheias. Então o faraó acordou; era um sonho.
8 Pela manhã, perturbado, mandou chamar todos os magos e sábios do Egito e lhes contou os sonhos, mas ninguém foi capaz de interpretá-los.
9 Então o chefe dos copeiros disse ao fa­raó: "Hoje me lembro de minhas faltas.
10 Certa vez o faraó ficou irado com dois dos seus servos e man­dou prender-me junto com o chefe dos padeiros, na casa do capitão da guarda.
11 Certa noite cada um de nós teve um sonho, e cada sonho tinha uma interpretação.
12 Pois bem, havia lá conosco um jovem hebreu, servo do capitão da guarda. Contamos a ele os nossos sonhos, e ele os inter­pretou, dando a cada um de nós a interpretação do seu próprio sonho.
13 E tudo aconteceu conforme ele nos dissera: eu fui restau­rado à minha posição, e o outro foi enforcado".
14 O faraó mandou chamar José, que foi trazido depressa do cala­bouço. Depois de se barbear e trocar de roupa, apresentou-se ao faraó.
15 O faraó disse a José: "Tive um sonho que ninguém consegue interpre­tar. Mas ouvi falar que você, ao ouvir um sonho, é capaz de interpretá-lo".
16 Respondeu-lhe José: "Isso não depende de mim, mas Deus dará ao faraó uma resposta favorável".
17 Então o faraó contou o sonho a José: "Sonhei que estava em pé, à beira do Nilo,
18 quan­do saíram do rio sete vacas, belas e gor­das, que começaram a pastar entre os juncos.
19 De­pois saíram outras sete, raquíticas, muito feias e magras. Nunca vi vacas tão feias em toda a terra do Egito.
20 As vacas magras e feias co­meram as sete vacas gordas que tinham apareci­do primeiro.
21 Mes­mo depois de havê-las comi­do, não parecia que o tivessem feito, pois conti­nuavam tão magras como antes. Então acordei.
22 "Depois tive outro sonho. Vi sete espi­gas de cereal, cheias e boas, que cresciam num mesmo pé.
23 Depois delas, brotaram outras sete, murchas e mirradas, ressequidas pelo vento les­te.
24 As espigas magras engoliram as sete espi­gas boas. Contei isso aos magos, mas ninguém foi capaz de explicá-lo".
25 "O faraó teve um único sonho", disse-lhe José. "Deus revelou ao faraó o que ele está para fazer.
26 As sete vacas boas são sete anos, e as sete espigas boas são também sete anos; trata-se de um único sonho.
27 As sete vacas magras e feias que surgiram depois das outras, e as sete espigas mirradas, quei­madas pelo vento leste, são sete anos. Serão sete anos de fome.
28 "É exatamente como eu disse ao faraó: Deus mostrou ao faraó aquilo que ele vai fazer.
29 Sete anos de muita fartura estão para vir sobre toda a terra do Egito,
30 mas depois virão sete anos de fome. Então todo o tempo de fartura será esquecido, pois a fome arruinará a terra.
31 A fome que virá depois será tão rigorosa que o tempo de fartura não será mais lembrado na terra.
32 O sonho veio ao faraó duas vezes porque a ques­tão já foi decidida por Deus, que se apres­sa em realizá-la.
33 "Procure agora o faraó um homem crite­rioso e sábio e ponha-o no comando da terra do Egito.
34 O faraó também deve estabelecer supervisores para recolher um quin­to da colheita do Egito durante os sete anos de fartura.
35 Eles deverão recolher o que puderem nos anos bons que virão e fazer estoques de trigo que, sob o controle do faraó, serão armazenados nas cida­des.
36 Esse estoque servirá de reserva para os sete anos de fome que virão sobre o Egito, para que a terra não seja arrasada pela fome."
37 O plano pareceu bom ao faraó e a todos os seus conselheiros.
38 Por isso o faraó lhes per­guntou: "Será que vamos achar alguém como este homem, em quem está o espírito divino?"
39 Disse, pois, o faraó a José: "Uma vez que Deus lhe revelou todas essas coisas, não há ninguém tão criterioso e sábio como você.
40 Vo­cê terá o comando de meu palácio, e todo o meu povo se sujeitará às suas ordens. Somente em relação ao trono serei maior que você".

José, governador do Egipto

41 E o faraó prosseguiu: "Entrego a você agora o co­mando de toda a terra do Egito".
42 Em seguida, o faraó tirou do dedo o seu anel-selo e o colocou no dedo de José. Mandou-o vestir linho fino e colocou uma corrente de ouro em seu pescoço.
43 Tam­bém o fez subir em sua segunda carruagem real, e à frente os arautos iam gritan­do: "Abram caminho!" Assim José foi posto no comando de toda a terra do Egito.
44 Disse ainda o faraó a José: "Eu sou o faraó, mas sem a sua palavra ninguém poderá levantar a mão nem o pé em todo o Egito".
45 O fa­raó deu a José o nome de Zafenate-Paneia e lhe deu por mulher Azenate, filha de Potífera, sacerdote de Om. Depois José foi inspecionar toda a terra do Egito.
46 José tinha trinta anos de idade quando começou a servir ao faraó, rei do Egito. Ele se ausentou da presença do faraó e foi percorrer todo o Egito.
47 Durante os sete anos de fartura a terra teve grande produção.
48 José recolheu todo o excedente dos sete anos de fartura no Egito e o armazenou nas cidades. Em cada cidade ele armazenava o trigo colhido nas lavouras das redondezas.
49 Assim José estocou muito trigo, como a areia do mar. Tal era a quantidade que ele parou de anotar, ­porque ia além de toda medida.
50 Antes dos anos de fome, Azenate, filha de Potífera, sacerdote de Om, deu a José dois filhos.
51 Ao primeiro, José deu o nome de Ma­nassés, dizendo: "Deus me fez esquecer todo o meu sofrimento e toda a casa de meu pai".
52 Ao segundo filho, chamou Efraim, dizen­do: "Deus me fez prosperar na terra onde tenho sofrido".
53 Assim chegaram ao fim os sete anos de fartura no Egito,
54 e começaram os sete anos de fome, como José tinha predito. Houve fome em todas as terras, mas em todo o Egito havia ali­mento.
55 Quando todo o Egito começou a sofrer com a fome, o povo clamou ao faraó por comi­da, e este respondeu a todos os egípcios: "Dirijam-se a José e façam o que ele disser".
56 Quando a fome já se havia espalhado por toda a terra, José mandou abrir os locais de ar­mazenamento e começou a vender trigo aos egíp­cios, pois a fome se agravava em todo o Egito.
57 E de toda a terra vinha gente ao Egito para comprar trigo de José, porquanto a fome se agravava em toda parte.

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Gênesis 42

Os irmãos de José vão ao Egito

1 Quando Jacó soube que no Egito havia trigo, disse a seus filhos: "Por que estão aí olhando uns para os outros?"
2 Disse ainda: "Ouvi dizer que há trigo no Egito. Desçam até lá e comprem trigo para nós, para que possamos continuar vivos e não morramos de fome".
3 Assim dez dos irmãos de José desceram ao Egito para comprar trigo.
4 Jacó não deixou que Benjamim, irmão de José, fosse com eles, temendo que algum mal lhe acontecesse.
5 Os filhos de Israel estavam entre outros que tam­bém foram comprar trigo, por causa da fome na terra de Canaã.
6 José era o governador do Egito e era ele que ven­dia trigo a todo o povo da terra. Por isso, quan­do os irmãos de José chegaram, cur­varam-se diante dele com o rosto em terra.
7 José reco­nheceu os seus irmãos logo que os viu, mas agiu como se não os conhecesse, e lhes falou aspera­mente: "De onde vocês vêm?"
Responderam eles: "Da terra de Canaã, para comprar comida".
8 José reconheceu os seus irmãos, mas eles não o reconheceram.
9 Lembrou-se então dos sonhos que tivera a respeito deles e lhes disse: "Vocês são espiões! Vieram para ver onde a nossa terra está desprotegida".
10 Eles responderam: "Não, meu senhor. Teus servos vieram comprar comida.
11 Todos nós somos filhos do mesmo pai. Teus servos são homens honestos, e não espiões".
12 Mas José insistiu: "Não! Vocês vieram ver onde a nossa terra está desprotegida".
13 E eles disseram: "Teus servos eram doze irmãos, todos filhos do mesmo pai, na terra de Canaã. O caçula está agora em casa com o pai, e o outro já morreu".
14 José tornou a afirmar: "É como lhes fa­lei: Vocês são espiões!
15 Vocês serão postos à prova. Juro pela vida do faraó que vocês não sairão daqui, enquanto o seu irmão caçula não vier para cá.
16 Man­dem algum de vocês buscar o seu irmão enquanto os demais aguardam pre­sos. Assim ficará provado se as suas palavras são verdadeiras ou não. Se não forem, juro pela vida do faraó que ficará confirmado que vocês são espiões!"
17 E os deixou presos três dias.
18 No terceiro dia, José lhes disse: "Eu te­nho temor de Deus. Se querem salvar sua vi­da, façam o seguinte:
19 se vocês são homens honestos, deixem um dos seus irmãos aqui na prisão, enquanto os demais voltam, levando trigo para matar a fome das suas famílias.
20 Tragam-me, porém, o seu irmão caçula, para que se comprovem as suas palavras e vocês não tenham que mor­rer".
21 Eles se prontificaram a fazer isso e disse­ram uns aos outros: "Cer­tamente estamos sendo punidos pelo que fizemos a nosso irmão. Vimos como ele estava angustiado, quando nos implo­rava por sua vida, mas não lhe demos ouvidos; por isso nos sobreveio esta angústia".
22 Rúben respondeu: "Eu não lhes disse que não maltratassem o menino? Mas vocês não quiseram me ouvir! Agora teremos que prestar contas do seu sangue".
23 Eles, porém, não sabiam que José podia compreendê-los, pois ele lhes falava por meio de um intérprete.
24 Nisso José retirou-se e começou a cho­rar, mas logo depois voltou e conversou de no­vo com eles. Então escolheu Simeão e mandou acor­rentá-lo dian­te deles.
25 Em seguida, José deu ordem para que enchessem de trigo suas bagagens, devolvessem a prata de cada um deles, colocando-a nas baga­gens, e lhes dessem mantimentos para a viagem. E assim foi feito.
26 Eles puseram a carga de trigo sobre os seus jumentos e partiram.
27 No lugar onde pararam para pernoitar, um deles abriu a bagagem para pegar forragem para o seu jumento e viu a prata na boca da ba­gagem.
28 E disse a seus irmãos: "Devolveram a minha prata. Está aqui em minha ba­gagem".
Tomados de pavor em seu coração e tremendo, disseram uns aos outros­: "Que é isto que Deus fez conosco?"
29 Ao chegarem à casa de seu pai Jacó, na terra de Canaã, relataram-lhe tudo o que lhes acontecera, dizendo:
30 "O homem que governa aquele país falou asperamente conosco e nos tratou como espiões.
31 Mas nós lhe as­seguramos que somos homens honestos e não espiões.
32 Dissemos também que éramos doze irmãos, filhos do mesmo pai, e que um já havia morrido e que o caçula estava com o nosso pai, em Canaã.
33 "Então o homem que governa aquele país nos disse: 'Vejamos se vocês são honestos: um dos seus ir­mãos ficará aqui comigo, e os outros poderão voltar e levar mantimentos para matar a fome das suas famílias.
34 Tragam-me, porém, o seu irmão caçula, para que eu compro­ve que vocês não são espiões, mas sim, homens honestos. Então lhes devolverei o irmão e os autorizarei a fazer negócios nesta terra' ".
35 Ao esvaziarem as bagagens, dentro da bagagem de cada um estava a sua bolsa cheia de prata. Quando eles e seu pai viram as bolsas cheias de prata, ficaram com medo.
36 E disse-lhes seu pai Jacó: "Vocês estão tirando meus filhos de mim! Já fiquei sem José, agora sem Simeão e ainda querem levar Benjamim. Tudo está contra mim!"
37 Então Rúben disse ao pai: "Podes matar meus dois filhos se eu não o trouxer de volta. Deixa-o aos meus cuidados, e eu o trarei".
38 Mas o pai respondeu: "Meu filho não descerá com vocês; seu irmão está morto, e ele é o único que resta. Se qualquer mal lhe aconte­cer na viagem que estão por fazer, vocês farão estes meus cabelos brancos descer à sepultu­ra com tristeza".

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Gênesis 43

A segunda viagem ao Egipto

1 A fome continuava rigorosa na terra.
2 Assim, quando acabou todo o trigo que os fi­lhos de Jacó tinham tra­zido do Egito, seu pai lhes disse: "Voltem e comprem um pouco mais de comida para nós".
3 Mas Judá lhe disse: "O homem nos adver­tiu s­everamente: 'Não voltem à minha presença, a não ser que tragam o seu ir­mão'.
4 Se enviares o nosso irmão conosco, desceremos e comprare­mos comida para ti.5 Mas, se não o enviares conosco, não iremos, porque foi assim que o ho­mem falou: 'Não voltem à minha presença, a não ser que tragam o seu irmão' ".
6 Israel perguntou: "Por que me causaram esse mal, contando àquele homem que tinham outro ir­mão?"
7 E lhe responderam: "Ele nos interrogou sobre nós e sobre nossa família. E também nos perguntou: 'O pai de vocês ainda está vivo? Vocês têm outro irmão?' Nós simplesmente respondemos ao que ele nos perguntou. Como poderíamos saber que ele exigiria que levásse­mos o nosso irmão­?"
8 Então disse Judá a Israel, seu pai: "Deixa o jovem ir comigo e partiremos imediatamente, a fim de que tu, nós e nossas crianças sobre­viva­mos e não venhamos a morrer.
9 Eu me compro­meto pessoalmente pela segurança dele; podes me considerar responsável por ele. Se eu não o trouxer de volta e não o colocar bem aqui na tua presença, serei culpado diante de ti pelo resto da minha vida.
10 Como se vê, se não tivéssemos demorado tanto, já teríamos ido e voltado duas vezes".
11 Então Israel, seu pai, lhes disse: "Se tem que ser assim, que seja! Coloquem alguns dos melhores produtos da nossa terra na bagagem e levem-nos como presente ao tal homem: um pouco de bálsamo, um pouco de mel, algumas especiarias e mirra, algumas nozes de pistache e amên­doas.
12 Levem prata em dobro, e devolvam a prata que foi colocada de volta na boca da bagagem de vocês. Talvez isso tenha acontecido por engano.
13 Pe­guem também o seu irmão e voltem àque­le homem.
14 Que o Deus todo-po­deroso lhes conceda miseri­cór­dia diante daquele homem, para que ele permita que o seu outro irmão e Benjamim voltem com vocês. Quan­to a mim, se ficar sem filhos, sem filhos ficarei".
15 Então os homens desceram ao Egito, levando o presente, prata em dobro e Ben­jamim, ­e foram à presença de José.
16 Quando José viu Benjamim com eles, disse ao administrador de sua casa: "Leve estes homens à minha casa, mate um animal e prepare-o; eles almoçarão comigo ao meio-dia".
17 Ele fez o que lhe fora ordenado e levou-os à casa de José.
18 Eles ficaram com medo, quan­do foram levados à casa de José, e pensa­ram: "Trouxeram-nos aqui por causa da prata que foi devolvida às nossas bagagens na primei­ra vez. Ele quer atacar-nos, subjugar-nos, tornar-nos escravos e tomar de nós os nossos ju­mentos".
19 Por isso, dirigiram-se ao administrador da casa de José e lhe disseram à entrada da casa:
20 "Ouça, senhor! A primeira vez que viemos aqui foi realmente para comprar comida.
21 Mas, no lugar em que paramos para pernoitar, abrimos nossas bagagens e cada um de nós encon­trou a prata que tinha trazido, na quantia exata. Por isso a trou­xemos de volta conosco,
22 além de mais prata, para comprar comida. Não sabemos quem pôs a prata em nossa bagagem".
23 "Fiquem tranquilos", disse o administra­dor. "Não tenham medo. O seu Deus, o Deus de seu pai, foi quem lhes deu um tesouro em suas bagagens, porque a prata de vocês eu recebi." Então soltou ­Simeão e o levou à presença deles.
24 Em seguida, os levou à casa de José, deu-lhes água para lavarem os pés e forragem para os seus jumentos.
25 Eles então prepararam o pre­sente para a chegada de José ao meio-dia, por­que ficaram sabendo que iriam almoçar ali.
26 Quando José chegou, eles o presentea­ram com o que tinham trazido e curvaram-se diante dele até o chão.
27 Ele então lhes pergun­tou como passavam e disse em seguida: "Como vai o pai de vocês, o homem idoso de quem me falaram? Ainda está vivo?"
28 Eles responderam: "Teu servo, nosso pai, ainda vive e passa bem". E se curvaram para prestar-lhe honra.
29 Olhando ao redor e vendo seu irmão Benjamim, filho de sua mãe, José perguntou: "É este o irmão caçula de quem me falaram?" E acrescen­tou: "Deus lhe conceda graça, meu fi­lho".
30 Profundamente emocionado por causa de seu irmão, José apressou-se em sair à procura de um lugar para chorar, e, entrando em seu quarto, chorou.
31 Depois de lavar o rosto, saiu e, controlando-se, disse: "Sirvam a comida".
32 Serviram a ele em separado dos seus irmãos e também dos egípcios que comiam com ele, porque os egípcios não podiam comer com os hebreus, pois isso era sacrilégio para eles.
33 Se­us irmãos foram colocados à mesa perante ele por ordem de idade, do mais velho ao mais moço, e olhavam perplexos uns para os outros.
34 Então ­lhes serviram da comida da mesa de José, e a porção de Benjamim era cinco vezes maior que a dos outros. E eles festejaram e be­beram à vontade.

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Gênesis 44

A taça de prata no saco

1 José deu as seguintes ordens ao admi­nistrador de sua casa: "Encha as bagagens des­ses homens com todo o mantimento que pude­rem carregar e coloque a prata de cada um na boca de sua bagagem.
2 Depois coloque a minha taça, a taça de prata, na boca da bagagem do caçula, junto com a prata paga pelo trigo". E ele fez tudo conforme as ordens de José.
3 Assim que despontou a manhã, despedi­ram os homens com os seus jumentos.
4 Ainda não tinham se afastado da cidade, quando José disse ao administrador de sua casa: "Vá atrás daqueles homens e, quando os alcançar, diga-lhes: Por que retribuíram o bem com o mal?
5 Não é esta a taça que o meu senhor usa para beber e para fazer adivinhações? Vocês comete­ram grande mal­dade!"
6 Quando ele os alcançou, repetiu-lhes es­sas palavras.
7 Mas eles lhe responderam: "Por que o meu senhor diz isso? Longe dos seus ser­vos fazer tal coisa!
8 Nós lhe trouxemos de volta, da terra de Canaã, a prata que encontramos na boca de nossa bagagem. Como roubaríamos prata ou ouro da casa do seu senhor?
9 Se algum dos seus servos for encontrado com ela, morre­rá; e nós, os demais, seremos escravos do meu se­nhor".
10 E disse ele: "Concordo. Somente quem for encontrado com ela será meu escravo; os demais estarão livres".
11 Cada um deles descarregou depressa a sua bagagem e abriu-a.
12 O administrador come­çou então a busca, desde a bagagem do mais velho até a do mais novo. E a taça foi encon­tra­da na bagagem de Benjamim.
13 Diante disso, eles rasgaram as suas vestes. Em seguida, todos pu­seram a carga de novo em seus jumentos e re­tornaram à cidade.
14 Quando Judá e seus irmãos chegaram à casa de José, ele ainda estava lá. Então eles se lançaram ao chão perante ele.
15 E José lhes per­guntou: "Que foi que vocês fizeram? Vocês não sabem que um homem como eu tem poder para adivinhar?"
16 Respondeu Judá: "O que diremos a meu senhor? Que podemos falar? Como podemos provar nossa inocência? Deus trouxe à luz a culpa dos teus servos. Agora somos escravos do meu senhor, como também aquele que foi en­contrado com a taça".
17 Disse, porém, José: "Longe de mim fazer tal coisa! Somente aquele que foi encontrado com a taça será meu escravo. Os demais podem voltar em paz para a casa do seu pai".
18 Então Judá dirigiu-se a ele, dizendo: "Por favor, meu senhor, permite-me dizer-te uma palavra. Não se acenda a tua ira contra o teu servo, embora sejas igual ao próprio faraó.
19 Meu senhor pergun­tou a estes seus servos se ainda tínhamos pai e algum outro irmão.
20 E nós respondemos: Temos um pai já idoso, cujo filho caçula nasceu-lhe em sua velhice. O irmão deste já morreu, e ele é o único filho da mesma mãe que restou, e seu pai o ama muito.
21 "Então disseste a teus servos que o trou­xessem a ti para que os teus olhos pudessem vê-lo.
22 E nós respondemos a meu senhor que o jovem não poderia deixar seu pai, pois, caso o fizesse, seu pai morreria.
23 Todavia disseste a teus servos que, se o nosso irmão caçula não viesse conosco, nunca mais veríamos a tua face.
24 Quando voltamos a teu servo, a meu pai, contamos-lhe o que o meu senhor tinha dito.
25 "Quando o nosso pai nos mandou voltar para comprar um pouco mais de comida,
26 nós lhe dissemos: 'Só poderemos voltar para lá, se o nosso irmão caçula for conosco. Pois não pode­remos ver a face daquele homem, a não ser que o nosso irmão caçula esteja conosco'.
27 "Teu servo, meu pai, nos disse então: 'Vocês sabem que minha mulher me deu apenas dois filhos.
28 Um deles se foi, e eu disse: Com certeza foi despedaçado. E, até hoje, nunca mais o vi.
29 Se agora vocês também levarem este de mim, e algum mal lhe acontecer, a tristeza que me causarão fará com que os meus cabelos bran­cos desçam à sepultura'.
30 "Agora, pois, se ­eu voltar a teu servo, a meu pai, sem levar o jovem conosco, logo que meu pai, que é tão apegado a ele,
31 perceber que o jovem não está conosco, morrerá. Teus servos farão seu velho pai descer seus cabelos brancos à sepultura com tristeza.
32 "Além disso, teu servo garantiu a segu­rança do jovem a seu pai, dizendo-lhe: 'Se eu não o trouxer de volta, suportarei essa culpa diante de ti pelo resto da minha vida!'
33 "Por isso agora te peço, por favor, deixa o teu servo ficar como escravo do meu senhor no lugar do jovem e permite que ele volte com os seus irmãos.
34 Como poderei eu voltar a meu pai sem levar o jovem comigo? Não! Não posso ver o mal que sobreviria a meu pai".

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Gênesis 45

José dá-se a conhecer

1 A essa altura, José já não podia mais conter-se diante de todos os que ali estavam, e gritou: "Façam sair a todos!" Assim, ninguém mais estava presente quando José se revelou a seus irmãos.
2 E ele se pôs a chorar tão alto que os egípcios o ouvi­ram, e a notícia chegou ao palácio do faraó.
3 Então disse José a seus irmãos: "Eu sou José! Meu pai ainda está vivo?" Mas os seus irmãos ficaram tão pas­mados diante dele que não conseguiam responder-lhe.
4 "Cheguem mais perto", disse José a seus ir­mãos. Quando eles se aproximaram, disse-lhes: "Eu sou José, seu irmão, aquele que vocês ven­deram ao Egito!5 Agora, não se aflijam nem se recriminem por terem me vendido para cá, pois foi para salvar vidas que Deus me enviou adiante de vocês.
6 Já houve dois anos de fome na terra, e nos próximos cinco anos não haverá cultivo nem colheita.
7 Mas Deus me enviou à frente de vocês para lhes preservar um remanescente nes­ta terra e para salvar-lhes a vida com gran­de livra­mento.
8 "Assim, não foram vocês que me manda­ram para cá, mas sim o próprio Deus. Ele me tornou ministro do faraó, e me fez administra­dor de todo o palácio e governador de todo o Egito.
9 Vol­tem depressa a meu pai e digam-lhe: Assim diz o seu filho José: 'Deus me fez senhor de todo o Egito. Vem para cá, não te demores.
10 Tu viverás na região de Gósen e ficarás perto de mim - tu, os teus filhos, os teus netos, as tuas ovelhas, os teus bois e todos os teus bens.
11 Eu te sustentarei ali, porque ainda haverá cinco anos de fome. Do contrário, tu, a tua família e todos os teus rebanhos acabarão na miséria'.
12 "Vocês estão vendo com os seus próprios olhos, e meu irmão Benjamim também, que realmente sou eu que estou falando com vocês.
13 Con­tem a meu pai quanta honra me prestam no Egito e tudo o que vocês mesmos testemunharam. E tragam meu pai para cá de­pressa".
14 Então ele se lançou chorando sobre o seu irmão Benjamim e o abraçou, e Benjamim também o abraçou, chorando.
15 Em seguida, bei­jou todos os seus irmãos e chorou com eles. E só depois os seus irmãos conseguiram conversar com ele.
16 Quando se ouviu no palácio do faraó que os irmãos de José haviam chegado, o faraó e todos os seus conselheiros se alegraram.
17 Disse então o faraó a José: "Diga a seus irmãos que ponham as cargas nos seus animais, voltem para a terra de Canaã
18 e retornem para cá, trazendo seu pai e suas famílias. Eu lhes darei o melhor da terra do Egito e vocês poderão desfrutar a fartu­ra desta terra.
19 "Mande-os também levar carrua­gens do Egito para trazerem as suas mulheres, os seus filhos e seu pai.
20 Não se preocupem com os seus bens, pois o melhor de todo o Egito será de vocês".
21 Assim fizeram os filhos de Israel. José lhes providenciou carruagens, como o faraó tinha ordenado, e também mantimentos para a viagem.
22 A cada um deu uma muda de roupa nova, mas a Benjamim deu trezentas peças de prata e cinco mudas de roupa nova.
23 E a seu pai enviou dez jumentos carregados com o melhor do que havia no Egito e dez jumen­tas carregadas de trigo, pão e outras provisões para a viagem.
24 Depois despediu-se dos seus irmãos e, ao par­tirem, disse-lhes: "Não bri­guem pelo caminho!"
25 Assim partiram do Egito e voltaram a seu pai Jacó, na terra de Canaã,
26 e lhe deram a notícia: "José ainda está vivo! Na verdade ele é o gover­nador de todo o Egito". O coração de Jacó quase parou! Não podia acreditar neles.
27 Mas, quando lhe relataram tudo o que José lhes dissera, e, vendo Jacó, seu pai, as carruagens que José enviara para buscá-lo, seu espírito reviveu.
28 E Israel disse: "Basta! Meu filho José ainda está vivo. Irei vê-lo antes que eu morra".

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Gênesis 46

Jacob vai para o Egipto

1 Israel partiu com tudo o que lhe per­tencia. Ao chegar a Ber­seba, ofereceu sacrifícios ao Deus de Isaque, seu pai.
2 E Deus falou a Israel por meio de uma visão noturna: "Jacó! Jacó!"
"Eis-me aqui", respondeu ele.
3 "Eu sou Deus, o Deus de seu pai", disse ele. "Não tenha medo de descer ao Egito, por­que lá farei de você uma grande nação.
4 Eu mes­mo descerei ao Egito com você e certamente o trarei de volta. E a mão de José fecha­rá os seus olhos."
5 Então Jacó partiu de Berseba. Os filhos de Israel levaram seu pai, Jacó, seus filhos e as suas mulheres nas carruagens que o faraó tinha envia­do.
6 Também levaram os seus rebanhos e os bens que tinham adqui­rido em Canaã. Assim Jacó foi para o Egito com toda a sua descendên­cia.
7 Levou consigo para o Egito seus filhos, seus netos, suas filhas e suas netas, isto é, todos os seus descenden­tes.
8 Estes são os nomes dos israelitas, Jacó e seus descendentes, que foram para o Egito: Rúben, o filho mais velho de Jacó.
9 Estes foram os filhos de Rúben: Enoque, Palu, Hezrom e Carmi.
10 Estes foram os filhos de Simeão: Jemuel, Jamim, Oade, Jaquim, Zoar
e Saul, filho de uma cananeia.
11 Estes foram os filhos de Levi: Gérson, Coate e Merari.
12 Estes foram os filhos de Judá: Er, Onã, Selá, Perez e Zerá. Er e Onã morreram na terra de Canaã. Estes foram os filhos de Perez: Hezrom e Hamul.
13 Estes foram os filhos de Issacar: Tolá, Puá, Jasube e Sinrom.
14 Estes foram os filhos de Zebulom: Serede, Elom e Jaleel.
15 Foram esses os filhos que Lia deu a Jacó em Padã-Arã, além de Diná, sua filha. Seus des­cendentes eram ao todo trinta e três.
16 Estes foram os filhos de Gade: Zefom, Hagi, Suni, Esbom, Eri, Arodi e Areli.
17 Estes foram os filhos de Aser: Imna, Isvá, Isvi e Berias, e a irmã deles, Sera.
Estes foram os filhos de Berias: Héber e Malquiel.
18 Foram esses os dezesseis descendentes que Zil­pa, serva que Labão tinha dado à sua filha Lia, deu a Jacó.
19 Estes foram os filhos de Raquel, mulher de Jacó: José e Benjamim.
20 Azenate, filha de Potífera, sacerdote de Om, deu dois filhos a José no Egito: Manassés e Efraim.
21 Estes foram os filhos de Benjamim: Belá, Bequer, Asbel, Gera, Naamã, Eí, Rôs, Mupim, Hupim e Arde.
22 Foram esses os ca­torze descendentes que Raquel deu a Jacó.
23 O filho de Dã foi Husim.
24 Estes foram os filhos de Naftali: Jazeel, Guni, Jezer e Silém.
25 Foram esses os sete descendentes que Bila, serva que Labão tinha dado à sua filha Ra­quel, deu a Jacó.
26 Todos os que foram para o Egito com Jacó, todos os ­seus descendentes, sem contar as mulheres de seus filhos, totalizaram sessenta e seis pessoas.
27 Com mais os dois filhos que nas­ceram a José no Egito, os mem­bros da família de Jacó que foram para o Egito chegaram a seten­ta.
28 Ora, Jacó enviou Judá à sua frente a Jo­sé, para saber como ir a Gósen. Quando lá che­garam,
29 José, de carruagem pronta, partiu para Gósen para encontrar-se com seu pai, Israel. Assim que o viu, correu para abraçá-lo e, abra­çado a ele, chorou longamente.
30 Israel disse a José: "Agora já posso mor­rer, pois vi o seu rosto e sei que você ainda está vivo".
31 Então José disse aos seus irmãos e a toda a família de seu pai: "Vou partir e informar ao faraó que os meus irmãos e toda a família de meu pai, que viviam em Canaã, vieram para cá.
32 Direi que os homens são pastores, cuidam de rebanhos, e trouxeram consigo suas ovelhas, seus bois e tudo quanto lhes pertence.
33 Quando o faraó mandar chamá-los e perguntar: 'Em que vocês trabalham?',
34 respondam-lhe assim: 'Teus servos criam rebanhos desde pequenos, como o fizeram nossos antepassados'. Assim lhes será per­mitido habitar na região de Gósen, pois todos os pastores são desprezados pelos egípcios".

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Gênesis 47

1 José foi dar as notícias ao faraó: "Meu pai e meus irmãos chegaram de Canaã com suas ovelhas, seus bois e tudo o que lhes pertence, e estão agora em Gósen".
2 Depois escolheu cinco de seus irmãos e os apresentou ao faraó.
3 Perguntou-lhes o faraó: "Em que vocês trabalham?" Eles lhe responderam: "Teus servos são pastores, como os nossos antepassados".
4 Disseram-lhe ainda: "Vie­mos morar aqui por uns tempos, porque a fome é rigorosa em Ca­naã, e os rebanhos de teus servos não têm pasta­gem. Agora, por favor, permite que teus servos se estabeleçam em Gósen".
5 Então o faraó disse a José: "Seu pai e seus irmãos vieram a você,
6 e a terra do Egito está a sua disposição; faça com que seu pai e seus irmãos habitem na melhor parte da terra. Deixe-os morar em Gósen. E, se você vê que alguns deles são competentes, ponha-os como responsáveis por meu reba­nho".
7 Então José levou seu pai Jacó ao faraó e o apresentou a ele. Depois Jacó abençoou o faraó,
8 e este lhe perguntou: "Quantos anos o senhor tem?"
9 Jacó respondeu ao faraó: "São cento e trinta os anos da minha peregrina­ção. Foram poucos e difíceis e não chegam aos anos da pe­regrinação dos meus antepassados".
10 Então, Jacó abençoou o faraó e retirou-se.
11 José instalou seu pai e seus irmãos e deu-lhes propriedade na melhor parte das terras do Egito, na região de Ramessés, conforme a or­dem do faraó.
12 Providenciou também sustento para seu pai, para seus irmãos e para toda a sua família, de acordo com o número de filhos de cada um.

José e a fome

13 Não havia mantimento em toda a região, pois a fome era rigorosa; tanto o Egito como Canaã desfaleciam por causa da fome.
14 José recolheu toda a prata que circulava no Egito e em Canaã, dada como pagamento do trigo que o povo comprava, e levou-a ao palácio do faraó.
15 Quan­do toda a prata do Egito e de Canaã se esgotou, todos os egípcios foram suplicar a José­: "Dá-nos comida! Não nos deixes morrer só porque a nossa ­prata acabou".
16 E José lhes disse: "Tragam então os seus rebanhos, e em troca lhes darei trigo, uma vez que a prata de vocês acabou".
17 E trouxeram a José os rebanhos, e ele deu-lhes trigo ­em troca de cavalos, ovelhas, bois e jumentos. Durante aquele ano inteiro ele os sustentou em troca de todos os seus rebanhos.
18 O ano passou, e no ano seguinte volta­ram a José, dizendo: "Não temos como esconder de ti, meu senhor, que uma vez que a nossa pra­ta acabou e os nossos reba­nhos lhe pertencem, nada mais nos resta para oferecer, a não ser os nossos próprios corpos e as nossas terras.
19 Não deixes que morramos­ e que as nossas terras pe­reçam diante dos teus olhos! Compra-nos, e compra as nossas terras, em troca de ­trigo, e nós, com as nossas terras, se­remos escravos do faraó. Dá-nos sementes para que sobrevivamos e não morramos de fome, a fim de que a terra não fique desola­da".
20 Assim, José comprou todas as terras do Egito para o faraó. Todos os egípcios tiveram que vender os seus campos, pois a fome os obri­gou a isso. A terra tornou-se propriedade do faraó.
21 Quanto ao povo, José o reduziu à servi­dão, de uma à outra extremidade do Egito.
22 Somen­te as terras dos sacerdotes não foram compradas, porque, por lei, esses recebiam sustento regular do faraó, e disso viviam. Por isso não tiveram que vender as suas terras.
23 Então José disse ao povo: "Ouçam! Hoje comprei vocês e suas terras para o faraó; aqui estão as sementes para que cultivem a terra.
24 Mas vocês darão a quinta parte das suas colheitas ao faraó. Os outros quatro quintos ficarão para vocês como sementes para os cam­pos e como alimento para vocês, seus filhos e os que vivem em suas casas".
25 Eles disseram: "Meu senhor, tu nos sal­vaste a vida. Visto que ­nos favoreceste, seremos escravos do faraó".
26 Assim, quanto à terra, José estabeleceu o seguinte decreto no Egito, que permanece até hoje: um quinto da produção pertence ao faraó. So­mente as terras dos sacerdo­tes não se torna­ram propriedade do faraó.
27 Os israelitas se estabeleceram no Egito, na região de Gósen. Lá adqui­riram proprieda­des, foram prolíferos e multiplicaram-se muito.
28 Jacó viveu dezessete anos no Egito, e os anos da sua vida chegaram a cento e quarenta e sete.
29 Aproximando-se a hora da sua morte, Israel chamou seu filho José e lhe disse: "Se quer agradar-me, ponha a mão debaixo da minha coxa e prometa que será bondoso e fiel comigo: Não me sepulte no Egito.
30 Quando eu descan­sar com meus pais, leve-me daqui do Egito e sepulte-me junto a eles". José respondeu: "Farei como o senhor me pede".
31 Mas Jacó insistiu: "Jure-me". E José lhe ju­rou, e Israel curvou-se apoia­do em seu bor­dão.

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Gênesis 48

Manassés e Efraim

1 Algum tempo depois, disseram a José: "Seu pai está doente"; e ele foi vê-lo, levando consigo seus dois filhos, Manassés e Efraim.
2 E anun­ciaram a Jacó: "Seu filho José veio vê-lo". Israel reuniu suas forças e assentou-se na cama.
3 Então disse Jacó a José: "O Deus todo-poderoso apa­receu-me em Luz, na terra de Ca­naã, e ali me abençoou,
4 dizendo: 'Eu o farei prolífero e o multiplicarei. Farei de você uma comunidade de povos e darei esta terra por propriedade perpétua aos seus descendentes'.
5 "Agora, pois, os seus dois filhos que lhe nasceram no Egito, antes da minha vinda para cá, serão reconhecidos como meus; Efraim e Manassés serão meus, como são meus Rúben e Simeão.
6 Os filhos que lhe nascerem depois de­les serão seus; serão convocados sob o nome dos seus irmãos para receberem sua herança.
7 Quan­do eu vol­tava de Padã, para minha tristeza Raquel morreu em Canaã, quando ainda estáva­mos a caminho, a pouca distância de Efra­ta. Eu a sepultei ali, ao lado do caminho para Efrata, que é Belém".
8 Quando Israel viu os filhos de José, per­guntou: "Quem são estes?"
9 Respondeu José a seu pai: "São os filhos que Deus me deu aqui". Então Israel disse: "Traga-os aqui para que eu os abençoe".
10 Os olhos de Israel já estavam enfraqueci­dos por causa da idade avançada, e ele mal po­dia enxergar. Por isso José levou seus filhos para perto dele, e seu pai os beijou e os abraçou.
11 E Israel disse a José: "Nunca pensei que veria a sua face novamente, e agora Deus me concede ver também os seus filhos!"
12 Em seguida, José os tirou do colo de Israel e cur­vou-se com o rosto em terra.
13 E José to­mou os dois, Efraim à sua direita, perto da mão esquerda de Israel, e Manassés à sua esquerda, perto da mão direita de Israel, e os aproximou dele.
14 Israel, porém, estendeu a mão direi­ta e a pôs sobre a cabeça de Efraim, embora este fosse o mais novo e, cruzando os braços, pôs a mão esquerda sobre a cabeça de Manassés, embora Manassés fosse o filho mais velho.
15 E abençoou a José, dizendo: "Que o Deus, a quem serviram meus pais Abraão e Isaque, o Deus que tem sido o meu pastor em toda a minha vida até o dia de hoje,
16 o Anjo que me redimiu de todo o mal, abençoe estes meninos. Sejam eles chamados pelo meu nome e pelos nomes de meus pais Abraão e Isaque, e cresçam muito na terra".
17 Quando José viu seu pai colocar a mão direita sobre a cabeça de Efraim, não gostou; por isso pegou a mão do pai, a fim de mudá-la da cabeça de Efraim para a de Manassés,
18 e lhe disse: "Não, meu pai, este aqui é o mais velho; ponha a mão direita sobre a cabeça dele".
19 Mas seu pai recusou-se e respondeu: "Eu sei, meu fi­lho, eu sei. Ele também se tornará um povo, também será grande. Apesar disso, seu irmão mais novo será maior do que ele, e seus descendentes se tornarão mui­tos povos".
20 Assim, Jacó os abençoou naquele dia, dizendo: "O povo de Israel usará os seus nomes para abençoar uns aos outros com esta expressão: Que Deus faça a você como fez a Efra­im e a Manassés!" E colocou Efraim à frente de Manassés.
21 A seguir, Israel disse a José: "Estou para morrer, mas Deus estará com vocês e os levará de volta à terra de seus antepassados.
22 E a vo­cê, como alguém que está acima de seus irmãos, dou a região montanhosa que tomei dos amorreus com a minha espada e com o meu arco".

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Gênesis 49

Jacob abençoa os filhos

1 Então Jacó chamou seus filhos e dis­se: "Ajun­tem-se a meu lado para que eu lhes diga o que lhes acontecerá nos dias que virão.
2 "Reúnam-se para ouvir, filhos de Jacó; ouçam o que diz Israel, seu pai.
3 "Rúben, você é meu primogênito, minha força, o primeiro sinal do meu vigor,
superior em honra, superior em poder.
4 Turbulento como as águas, já não será superior, porque você subiu à cama de seu pai, ao meu leito, e o desonrou.
5 Simeão e Levi são irmãos; suas espadas são armas de violência.
6 Que eu não entre no conselho deles, nem participe da sua assembleia, porque em sua ira mataram homens e a seu bel-prazer aleijaram bois, cortando-lhes o tendão.
7 Maldita seja a sua ira, tão tremenda, e a sua fúria, tão cruel! Eu os dividirei pelas terras de Jacó e os dispersarei em Israel.
8 Judá, seus irmãos o louvarão, sua mão estará sobre o pescoço dos seus inimigos; os filhos de seu pai se curvarão diante de você.
9 Judá é um leão novo. Você vem subindo, filho meu, depois de matar a presa.
Como um leão, ele se assenta; e deita-se como uma leoa; quem tem coragem de acordá-lo?
10 O cetro não se apartará de Judá, nem o bastão de comando de seus descendentes, até que venha aquele a quem ele pertence, e a ele as nações obedecerão.
11 Ele amarrará seu jumento a uma videira; e o seu jumentinho, ao ramo mais seleto; lavará no vinho as suas roupas; no sangue das uvas, as suas vestimentas.
12 Seus olhos serão mais escuros que o vinho; seus dentes, mais brancos que o leite.
13 Zebulom morará à beira-mar e se tornará um porto para os navios; suas fronteiras se estenderão até Sidom.
14 Issacar é um jumento forte, deitado entre as suas cargas.
15 Quando ele perceber como é bom o seu lugar de repouso e como é aprazível a sua terra, curvará seus ombros ao fardo e se submeterá a trabalhos forçados.
16 Dã defenderá o direito do seu povo como qualquer das tribos de Israel.
17 Dã será uma serpente à beira da estrada, uma víbora à margem do caminho,
que morde o calcanhar do cavalo e faz cair de costas o seu cavaleiro.
18 Ó Senhor, eu espero a tua libertação!
19 Gade será atacado por um bando, mas é ele que o atacará e o perseguirá.
20 A mesa de Aser será farta; ele oferecerá manjares de rei.
21 Naftali é uma gazela solta, que por isso faz festa.
22 José é uma árvore frutífera, árvore frutífera à beira de uma fonte, cujos galhos passam por cima do muro.
23 Com rancor arqueiros o atacaram, atirando-lhe flechas com hostilidade.
24 Mas o seu arco permaneceu firme; os seus braços continuaram fortes, ágeis para atirar, pela mão do Poderoso de Jacó, pelo nome do Pastor, a Rocha de Israel,
25 pelo Deus de seu pai, que ajuda você, o Todo-poderoso, que o abençoa com bênçãos dos altos céus, bênçãos das profundezas, bênçãos da fertilidade e da fartura.
26 As bênçãos de seu pai são superiores às bênçãos dos montes antigos, às delícias das colinas eternas. Que todas essas bênçãos repousem sobre a cabeça de José, sobre a fronte daquele que foi separado de entre os seus irmãos.
27 Benjamim é um lobo predador; pela manhã devora a presa e à tarde divide o despojo".

A morte de Jacob

28 São esses os que formaram as doze tri­bos de Israel, e foi isso que seu pai lhes disse, ao abençoá-los, dando a cada um a bênção que lhe pertencia.
29 A seguir, Jacó deu-lhes estas instruções: "Estou para ser reunido aos meus antepassados. Sepultem-me junto aos meus pais na caverna do campo de Efrom, o hitita,
30 na caverna do cam­po de Macpela, perto de Manre, em Canaã, campo que Abraão comprou de Efrom, o hitita, como propriedade para sepultura.
31 Ali foram sepultados Abraão e Sara, sua mulher, e Isaque e Rebeca, sua mulher; ali também sepultei Lia.
32 "Tanto o campo como a caverna que nele está foram comprados dos hititas".
33 Ao acabar de dar essas instruções a seus filhos, Jacó deitou-se, expirou e foi reunido aos seus antepassados.

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Gênesis 50

1 José atirou-se sobre seu pai, chorou sobre ele e o beijou.
2 Em seguida, deu ordens aos médicos, que estavam ao seu serviço, que embalsa­massem seu pai Israel. E eles o embalsa­maram.
3 Leva­ram qua­renta dias completos, pois esse era o tempo para o embalsamamen­to. E os egípcios choraram sua morte setenta dias.
4 Passados os dias de luto, José disse à corte do faraó: "Se posso contar com a bondade de vocês, falem com o faraó em meu favor. Digam-lhe que
5 meu pai fez-me prestar-lhe o seguinte juramento: 'Estou à beira da morte; sepulte-me no túmulo que preparei para mim na terra de Canaã'. Agora, pois, peçam-lhe que me permita partir e sepultar meu pai; logo depois voltarei".
6 Respondeu o faraó: "Vá e faça o sepulta­mento de seu pai como este o fez jurar".
7 Então José partiu para sepultar seu pai. Com ele foram todos os conselheiros do faraó, as autoridades da sua corte e todas as autorida­des do Egito,
8 e, além deles, todos os da família de José, os seus irmãos e todos os da casa de seu pai. Somente as crianças, as ovelhas ­e os bois foram deixados em Gósen.
9 Carruagens e cava­leiros também o acompanharam. A comiti­va era imen­sa.
10 Chegando à eira de Atade, perto do Jor­dão, lamentaram-se em alta voz, com grande amar­gura; e ali José guardou sete dias de pranto pela morte do seu pai.
11 Quando os cananeus que lá habitavam viram aquele pranto na eira de Atade, disseram: "Os egípcios estão celebrando uma cerimônia de luto solene". Por essa razão, aque­le lugar, próximo ao Jordão, foi chamado Abel-Mizraim.
12 Assim fizeram os filhos de Jacó o que este lhes havia ordenado:
13 Levaram-no à terra de Canaã e o sepultaram na caverna do campo de Macpela, perto de Manre, que, com o campo, Abraão tinha comprado de Efrom, o hitita, para que lhe ser­visse de propriedade para sepultura.
14 Depois de sepultar seu pai, José voltou ao Egito, com os seus irmãos e com to­dos os demais que o tinham acompanhado.
15 Vendo os irmãos de José que seu pai havia morrido, disseram: "E se José tiver rancor contra nós e resolver retribuir todo o mal que lhe causamos?"
16 Então mandaram um recado a José, dizendo: "Antes de morrer, teu pai nos ordenou
17 que te disséssemos o seguinte: 'Peço-lhe que perdoe os erros e pecados de seus ir­mãos que o trataram com tanta maldade!' Agora, pois, perdoa os pecados dos servos do Deus do teu pai". Quan­do recebeu o recado, José chorou.
18 Depois vieram seus irmãos, prostraram-se diante dele e disseram: "Aqui estamos. Somos teus escravos!"
19 José, porém, lhes disse: "Não tenham medo. Estaria eu no lugar de Deus?
20 Vocês planejaram o mal contra mim, mas Deus o tor­nou em bem, para que hoje fosse preservada a vida de muitos.
21 Por isso, não tenham medo. Eu sustentarei vocês e seus filhos". E assim os tranqui­lizou e lhes falou ama­velmente.

A morte de José

22 José permaneceu no Egito, com toda a família de seu pai. Viveu cento e dez anos
23 e viu a terceira geração dos filhos de Efraim. Além disso, recebeu como seus os filhos de Maquir, filho de Manassés.
24 Antes de morrer José disse a seus ir­mãos: "Estou à beira da morte. Mas Deus certamente virá em auxílio de vocês e os tirará desta terra, levando-os para a terra que prometeu com juramento a Abraão, a Isaque e a Jacó".
25 E José fez que os filhos de Israel lhe prestassem um juramento, dizen­do-lhes: "Quando Deus intervier em favor de vocês, levem os meus ossos da­qui".
26 Morreu José com a idade de cento e dez anos. E, depois de embalsamado, foi colocado num sarcófago no Egito.

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Números 1

Recenseamento dos israelitas

1 O Senhor falou a Moisés na Tenda do Encontro, no deserto do Sinai, no primeiro dia do segundo mês do segundo ano, depois que os israelitas saíram do Egito. Ele disse:
2 "Façam um recenseamento de toda a comunidade de Israel, pelos seus clãs e famílias, alistando todos os homens, um a um, pelo nome.
3 Você e Arão contarão todos os homens que possam servir no exército, de vinte anos para cima, organizados segundo as suas divisões.
4 Um homem de cada tribo, o chefe dos grupos de famílias, deverá ajudá-los.
5 Estes são os nomes dos homens que os ajudarão: de Rúben, Elizur, filho de Sedeur;
6 de Simeão, Selumiel, filho de Zurisadai;
7 de Judá, Naassom, filho de Aminadabe;
8 de Issacar, Natanael, filho de Zuar;
9 de Zebulom, Eliabe, filho de Helom;
10 dos filhos de José: de Efraim, Elisama, filho de Amiúde; de Manassés, Gamaliel, filho de Pedazur;
11 de Benjamim, Abidã, filho de Gideoni;
12 de Dã, Aieser, filho de Amisadai;
13 de Aser, Pagiel, filho de Ocrã;
14 de Gade, Eliasafe, filho de Deuel;
15 de Naftali, Aira, filho de Enã".
16 Foram esses os escolhidos da comunidade, líderes das tribos dos seus antepassados, chefes dos clãs de Israel.
17 Moisés e Arão reuniram os homens nomeados
18 e convocaram toda a comunidade no primeiro dia do segundo mês. Os homens de vinte anos para cima inscreveram-se conforme os seus clãs e as suas famílias, um a um, pelo nome,
19 conforme o Senhor tinha ordenado a Moisés. E assim ele os contou no deserto do Sinai, na seguinte ordem:
20 Dos descendentes de Rúben, o filho mais velho de Israel: Todos os homens de vinte anos para cima que podiam servir no exército foram relacionados, cada um pelo seu nome, de acordo com os registros de seus clãs e famílias.
21 O número dos da tribo de Rúben foi 46.500.
22 Dos descendentes de Simeão: Todos os homens de vinte anos para cima que podiam servir no exército foram relacionados, cada um pelo seu nome, de acordo com os registros de seus clãs e famílias.
23 O número dos da tribo de Simeão foi 59.300.
24 Dos descendentes de Gade: Todos os homens de vinte anos para cima que podiam servir no exército foram relacionados, cada um pelo seu nome, de acordo com os registros de seus clãs e famílias.
25 O número dos da tribo de Gade foi 45.650.
26 Dos descendentes de Judá: Todos os homens de vinte anos para cima que podiam servir no exército foram relacionados, cada um pelo seu nome, de acordo com os registros de seus clãs e famílias.
27 O número dos da tribo de Judá foi 74.600.
28 Dos descendentes de Issacar: Todos os homens de vinte anos para cima que podiam servir no exército foram relacionados, cada um pelo seu nome, de acordo com os registros de seus clãs e famílias.
29 O número dos da tribo de Issacar foi 54.400.
30 Dos descendentes de Zebulom: Todos os homens de vinte anos para cima que podiam servir no exército foram relacionados, cada um pelo seu nome, de acordo com os registros de seus clãs e famílias.
31 O número dos da tribo de Zebulom foi 57.400.
32 Dos filhos de José: Dos descendentes de Efraim: Todos os homens de vinte anos para cima que podiam servir no exército foram relacionados, cada um pelo seu nome, de acordo com os registros de seus clãs e famílias.
33 O número dos da tribo de Efraim foi 40.500.
34 Dos descendentes de Manassés: Todos os homens de vinte anos para cima que podiam servir no exército foram relacionados, cada um pelo seu nome, de acordo com os registros de seus clãs e famílias.
35 O número dos da tribo de Manassés foi 32.200.
36 Dos descendentes de Benjamim: Todos os homens de vinte anos para cima que podiam servir no exército foram relacionados, cada um pelo seu nome, de acordo com os registros de seus clãs e famílias.
37 O número dos da tribo de Benjamim foi 35.400.
38 Dos descendentes de Dã: Todos os homens de vinte anos para cima que podiam servir no exército foram relacionados, cada um pelo seu nome, de acordo com os registros de seus clãs e famílias.
39 O número dos da tribo de Dã foi 62.700.
40 Dos descendentes de Aser: Todos os homens de vinte anos para cima que podiam servir no exército foram relacionados, cada um pelo seu nome, de acordo com os registros de seus clãs e famílias.
41 O número dos da tribo de Aser foi 41.500.
42 Dos descendentes de Naftali: Todos os homens de vinte anos para cima que podiam servir no exército foram relacionados, cada um pelo seu nome, de acordo com os registros de seus clãs e famílias.
43 O número dos da tribo de Naftali foi 53.400.
44 Esses foram os homens contados por Moisés e por Arão e pelos doze líderes de Israel, cada um representando a sua família.
45 Todos os israelitas de vinte anos para cima que podiam servir no exército foram contados de acordo com as suas famílias.
46 O total foi 603.550 homens.
47 As famílias da tribo de Levi, porém, não foram contadas juntamente com as outras,
48 pois o Senhor tinha dito a Moisés:
49 "Não faça o recenseamento da tribo de Levi nem a relacione entre os demais israelitas.
50 Em vez disso, designe os levitas como responsáveis pelo tabernáculo que guarda as tábuas da aliança, por todos os seus utensílios e por tudo o que pertence a ele. Eles transportarão o tabernáculo e todos os seus utensílios; cuidarão dele e acamparão ao seu redor.
51 Sempre que o tabernáculo tiver que ser removido, os levitas o desmontarão e, sempre que tiver que ser armado, os levitas o farão. Qualquer pessoa não autorizada que se aproximar do tabernáculo terá que ser executada.
52 Os israelitas armarão as suas tendas organizadas segundo as suas divisões, cada um em seu próprio acampamento e junto à sua bandeira.
53 Os levitas, porém, armarão as suas tendas ao redor do tabernáculo que guarda as tábuas da aliança, para que a ira divina não caia sobre a comunidade de Israel. Os levitas terão a responsabilidade de cuidar do tabernáculo que guarda as tábuas da aliança".
54 Os israelitas fizeram tudo exatamente como o Senhor tinha ordenado a Moisés.

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Números 2

Disposição das tribos quando acampadas

1 O Senhor disse a Moisés e a Arão:
2 "Os israelitas acamparão ao redor da Tenda do Encontro, a certa distância, cada homem junto à sua bandeira com os emblemas da sua família".
3 A leste, os exércitos de Judá acamparão junto à sua bandeira. O líder de Judá será Naassom, filho de Aminadabe.
4 Seu exército é de 74.600 homens.5 A tribo de Issacar acampará ao lado de Judá. O líder de Issacar será Natanael, filho de Zuar.
6 Seu exército é de 54.400 homens.
7 A tribo de Zebulom virá em seguida. O líder de Zebulom será Eliabe, filho de Helom.
8 Seu exército é de 57.400 homens.
9 O número total dos homens recenseados do acampamento de Judá, de acordo com os seus exércitos, foi 186.400. Esses marcharão primeiro.
10 Ao sul estarão os exércitos do acampamento de Rúben, junto à sua bandeira. O líder de Rúben será Elizur, filho de Sedeur.
11 Seu exército é de 46.500 homens.
12 A tribo de Simeão acampará ao lado de Rúben. O líder de Simeão será Selumiel, filho de Zurisadai.
13 Seu exército é de 59.300 homens.
14 A tribo de Gade virá em seguida. O líder de Gade será Eliasafe, filho de Deuel.
15 Seu exército é de 45.650 homens.
16 O número total dos homens recenseados do acampamento de Rúben, de acordo com os seus exércitos, foi 151.450. Esses marcharão em segundo lugar.
17 Em seguida, os levitas marcharão levando a Tenda do Encontro no meio dos outros acampamentos, na mesma ordem em que acamparem, cada um em seu próprio lugar, junto à sua bandeira.
18 A oeste estarão os exércitos do acampamento de Efraim, junto à sua bandeira. O líder de Efraim será Elisama, filho de Amiúde.
19 Seu exército é de 40.500 homens.
20 A tribo de Manassés acampará ao lado de Efraim. O líder de Manassés será Gamaliel, filho de Pedazur.
21 Seu exército é de 32.200 homens.
22 A tribo de Benjamim virá em seguida. O líder de Benjamim será Abidã, filho de Gideoni.
23 Seu exército é de 35.400 homens.
24 O número total dos homens recenseados do acampamento de Efraim, de acordo com os seus exércitos, foi 108.100. Esses marcharão em terceiro lugar.
25 Ao norte estarão os exércitos do acampamento de Dã, junto à sua bandeira. O líder de Dã será Aieser, filho de Amisadai.
26 Seu exército é de 62.700 homens.
27 A tribo de Aser acampará ao lado de Dã. O líder de Aser será Pagiel, filho de Ocrã.
28 Seu exército é de 41.500 homens.
29 A tribo de Naftali virá em seguida. O líder de Naftali será Aira, filho de Enã.
30 Seu exército é de 53.400 homens.
31 O número total dos homens recenseados do acampamento de Dã, de acordo com os seus exércitos, foi 157.600. Esses marcharão por último, junto às suas bandeiras.
32 Foram esses os israelitas contados de acordo com as suas famílias. O número total dos que foram contados nos acampamentos, de acordo com os seus exércitos, foi 603.550.
33 Os levitas, contudo, não foram contados com os outros israelitas, conforme o Senhor tinha ordenado a Moisés.
34 Assim os israelitas fizeram tudo o que o Senhor tinha ordenado a Moisés; eles acampavam junto às suas bandeiras e depois partiam, cada um com o seu clã e com a sua família.

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Números 4

Os coatitas

1 Disse o Senhor a Moisés e a Arão:
2 "Façam um recenseamento dos coatitas na tribo de Levi, pelos seus clãs e famílias;
3 contem todos os homens entre trinta e cinquenta anos, aptos para servir, para que façam o serviço da Tenda do Encontro.
4 "O serviço dos coatitas na Tenda do Encontro será o cuidado das coisas santíssimas.
5 Quando o acampamento tiver que mudar, Arão e os seus filhos entrarão e descerão o véu protetor e com ele cobrirão a arca da aliança.
6 Depois a cobrirão com couro, estenderão um pano inteiramente azul sobre ela e colocarão as varas no lugar.
7 "Sobre a mesa da Presença eles estenderão um pano azul e colocarão os pratos, os recipientes para incenso, as tigelas e as bacias para as ofertas derramadas e os pães da Presença, que devem estar sempre sobre ela.
8 Sobre tudo isso estenderão um pano vermelho e o cobrirão com couro. Depois colocarão as varas no lugar.
9 "Pegarão também um pano azul e cobrirão o candelabro usado para iluminação, as suas candeias, as suas tesouras de aparo, os seus apagadores e todos os jarros para o seu suprimento de óleo.
10 Em seguida o embrulharão com todos os seus utensílios numa cobertura de couro e o colocarão num suporte para carregar.
11 "Sobre o altar de ouro estenderão um pano azul e o cobrirão com couro. E colocarão as suas varas no lugar.
12 "Apanharão todos os utensílios usados na ministração no santuário, depois os embrulharão num pano azul e os cobrirão com couro; a seguir, os colocarão num suporte para carregar.
13 "Tirarão a cinza do altar de bronze e estenderão sobre ele um pano roxo.
14 Colocarão sobre ele todos os utensílios usados na ministração no altar: os braseiros, os garfos de carne, as pás e as bacias da aspersão. Sobre ele estenderão uma cobertura de couro e colocarão as varas no lugar.
15 "Quando Arão e os seus filhos terminarem de cobrir os utensílios sagrados e todos os artigos sagrados e o acampamento estiver pronto para partir, os coatitas virão carregá-los. Mas não tocarão nas coisas sagradas; se o fizerem, morrerão. São esses os utensílios da Tenda do Encontro que os coatitas carregarão.
16 "Eleazar, filho do sacerdote Arão, ficará encarregado do azeite para a iluminação, do incenso aromático, da oferta costumeira de cereal e do óleo da unção. Ficará encarregado de todo o tabernáculo e de tudo o que nele há, isto é, seus utensílios e seus artigos sagrados".
17 O Senhor disse ainda a Moisés e a Arão:
18 "Não permitam que o ramo dos clãs coatitas seja eliminado dentre os levitas.
19 Mas, para que continuem vivos e não morram quando se aproximarem das coisas santíssimas, Arão e os seus filhos entrarão no santuário e designarão a cada homem a sua tarefa e o que deverá carregar.
20 Os coatitas não entrarão para ver as coisas sagradas, nem por um breve momento, para que não morram".

Os gersonitas

21 E o Senhor disse a Moisés:
22 "Faça também um recenseamento dos gersonitas, pelas suas famílias e clãs;
23 conte todos os homens entre trinta e cinquenta anos, aptos para servir, para que façam o serviço da Tenda do Encontro.
24 "Este é o serviço dos clãs gersonitas, o que devem fazer e carregar:
25 Eles levarão as cortinas internas do tabernáculo, a Tenda do Encontro, a sua cobertura, a cobertura externa de couro, as cortinas da entrada da Tenda do Encontro.
26 Farão tudo o que for necessário com aquelas coisas e com as cortinas externas do pátio que rodeia o tabernáculo e o altar, com a cortina da entrada, com as cordas e com todos os utensílios usados em seu serviço.
27 Todo o serviço deles, tudo o que devem fazer e carregar estará sob a direção de Arão e de seus filhos. Designe como responsabilidade deles tudo o que tiverem que carregar.
28 Esse é o serviço dos clãs gersonitas na Tenda do Encontro. Suas atividades estarão sob a supervisão de Itamar, filho do sacerdote Arão.

Os meraritas

29 "Conte os meraritas conforme os seus clãs e famílias,
30 todos os homens entre trinta e cinquenta anos, aptos para servir, para que façam o serviço da Tenda do Encontro.
31 Esta é a responsabilidade deles no serviço que deverão realizar na Tenda do Encontro: carregar as armações do tabernáculo, seus travessões, suas colunas e suas bases,
32 bem como as colunas do pátio, que rodeia a tenda, com suas bases, suas estacas e suas cordas; todos os seus utensílios e tudo o que está relacionado com o seu uso. Designe a cada um aquilo que deverá levar.
33 Esse é o serviço dos clãs meraritas. Todo o serviço deles na Tenda do Encontro estará sob a supervisão de Itamar, filho do sacerdote Arão".

As divisões de levitas são contadas

34 Moisés, Arão e os líderes da comunidade contaram os coatitas, conforme seus clãs e famílias,
35 todos os homens entre trinta e cinquenta anos, aptos para servir, para que fizessem o serviço da Tenda do Encontro.
36 Foram contados, conforme os seus clãs, 2.750 homens.
37 Esse foi o total de recenseados dos clãs coatitas que serviam na Tenda do Encontro. Moisés e Arão os contaram de acordo com a ordem do Senhor, anunciada por Moisés.
38 Os gersonitas foram contados conforme os seus clãs e famílias,
39 todos os homens entre trinta e cinquenta anos, aptos para servir, para fazer o serviço da Tenda do Encontro.
40 Foram contados conforme os seus clãs e famílias 2.630.
41 Esse foi o total de recenseados dos clãs gersonitas que serviam na Tenda do Encontro. Moisés e Arão os contaram de acordo com a ordem do Senhor.
42 Os meraritas foram contados conforme os seus clãs e famílias,
43 todos os homens entre trinta e cinquenta anos, aptos para servir, para fazer o serviço da Tenda do Encontro.
44 Foram contados conforme os seus clãs 3.200.
45 Esse foi o total de recenseados dos clãs meraritas que serviam na Tenda do Encontro. Moisés e Arão os contaram de acordo com a ordem do Senhor, anunciada por Moisés.
46 Assim Moisés, Arão e os líderes de Israel contaram todos os levitas conforme os seus clãs e famílias;
47 todos os homens entre trinta e cinquenta anos de idade que vieram para servir e carregar a Tenda do Encontro
48 somavam 8.580.
49 Conforme a ordem do Senhor anunciada por Moisés, a cada um foi designado o seu trabalho e foi dito o que deveria carregar. Assim foram todos contados, conforme o Senhor tinha ordenado a Moisés.

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Números 5

A pureza do acampamento

1 O Senhor disse a Moisés:
2 "Ordene aos israelitas que mandem para fora do acampamento todo aquele que tiver lepra, ou que tiver um fluxo, ou que se tornar impuro por tocar um cadáver.
3 Mande-os para fora do acampamento, tanto homens como mulheres, para que não contaminem o seu próprio acampamento, onde habito entre eles".
4 Os israelitas assim fizeram e os mandaram para fora do acampamento, como o Senhor tinha ordenado a Moisés.
5 E o Senhor disse a Moisés:
6 "Diga aos israelitas: Quando um homem ou uma mulher prejudicar outra pessoa e, portanto, ofender o Senhor, será culpado.
7 Confessará o pecado que cometeu, fará restituição total, acrescentará um quinto a esse valor e entregará tudo isso a quem ele prejudicou.
8 Mas, se o prejudicado não tiver nenhum parente próximo para receber a restituição, esta pertencerá ao Senhor e será entregue ao sacerdote, juntamente com o carneiro com o qual se faz propiciação pelo culpado.
9 Todas as contribuições, ou seja, todas as dádivas sagradas que os israelitas trouxerem ao sacerdote pertencerão a ele.
10 As dádivas sagradas de cada pessoa pertencem a ela, mas o que ela der ao sacerdote pertencerá ao sacerdote".

O teste da culpa de uma mulher infiel

11 Então o Senhor disse a Moisés:
12 "Diga o seguinte aos israelitas: Se a mulher de alguém se desviar e lhe for infiel,
13 e outro homem deitar-se com ela, e isso estiver oculto de seu marido, e a impureza dela não for descoberta, por não haver testemunha contra ela nem ter ela sido pega no ato;
14 se o marido dela tiver ciúmes e suspeitar de sua mulher, esteja ela pura ou impura,
15 ele a levará ao sacerdote, com uma oferta de um jarro de farinha de cevada em favor dela. Não derramará azeite nem porá incenso sobre a farinha, porque é uma oferta de cereal pelo ciúme, para que se revele a verdade sobre o pecado.
16 "O sacerdote trará a mulher e a colocará perante o Senhor.
17 Então apanhará um pouco de água sagrada num jarro de barro e colocará na água um pouco do pó do chão do tabernáculo.
18 Depois de colocar a mulher perante o Senhor, o sacerdote soltará o cabelo dela e porá nas mãos dela a oferta memorial, a oferta pelo ciúme, enquanto ele mesmo terá em sua mão a água amarga que traz maldição.
19 Então o sacerdote fará a mulher jurar e lhe dirá: Se nenhum outro homem se deitou com você e se você não foi infiel nem se tornou impura enquanto casada, que esta água amarga que traz maldição não faça mal a você.
20 Mas, se você foi infiel enquanto casada e se contaminou por ter se deitado com um homem que não é seu marido -
21 então o sacerdote fará a mulher pronunciar este juramento com maldição - que o Senhor faça de você objeto de maldição e de desprezo no meio do povo fazendo que a sua barriga inche e que você jamais tenha filhos.
22 Que esta água que traz maldição entre em seu corpo, inche a sua barriga e a impeça de ter filhos. "Então a mulher dirá: Amém. Assim seja.
23 "O sacerdote escreverá essas maldições num documento e depois as lavará na água amarga.
24 Ele a fará beber a água amarga que traz maldição, e essa água entrará nela, causando-lhe amargo sofrimento.
25 O sacerdote apanhará das mãos dela a oferta de cereal pelo ciúme, a moverá ritualmente perante o Senhor e a trará ao altar.
26 Então apanhará um punhado da oferta de cereal como oferta memorial e a queimará sobre o altar; depois disso fará a mulher beber a água.
27 Se ela houver se contaminado, sendo infiel ao seu marido, quando o sacerdote fizer que ela beba a água que traz maldição, essa água entrará nela e causará um amargo sofrimento; sua barriga inchará e ela, incapaz de ter filhos, se tornará objeto de maldição no meio do seu povo.
28 Se, porém, a mulher não houver se contaminado, mas estiver pura, não sofrerá punição e será capaz de ter filhos.
29 "Esse é, pois, o ritual quanto ao ciúme, quando uma mulher for infiel e se contaminar enquanto casada,
30 ou quando o ciúme se apoderar de um homem porque suspeita de sua mulher. O sacerdote a colocará perante o Senhor e a fará passar por todo esse ritual.
31 Se a suspeita se confirmar ou não, o marido estará inocente; mas a mulher sofrerá as consequências da sua iniquidade".

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Números 6

Os nazireus

1 O Senhor disse ainda a Moisés:
2 "Diga o seguinte aos israelitas: Se um homem ou uma mulher fizer um voto especial, um voto de separação para o Senhor como nazireu,
3 terá que se abster de vinho e de outras bebidas fermentadas e não poderá beber vinagre feito de vinho ou de outra bebida fermentada. Não poderá beber suco de uva nem comer uvas nem passas.
4 Enquanto for nazireu, não poderá comer nada que venha da videira, nem mesmo as sementes ou as cascas.
5 "Durante todo o período de seu voto de separação, nenhuma lâmina será usada em sua cabeça. Até que termine o período de sua separação para o Senhor ele estará consagrado e deixará crescer o cabelo de sua cabeça.
6 Durante todo o período de sua separação para o Senhor, não poderá aproximar-se de um cadáver.
7 Mesmo que o seu próprio pai ou mãe ou irmã ou irmão morra, ele não poderá tornar-se impuro por causa deles, pois traz sobre a cabeça o símbolo de sua separação para Deus.
8 Durante todo o período de sua separação, estará consagrado ao Senhor.
9 "Se alguém morrer repentinamente perto dele, contaminando assim o cabelo que consagrou, ele terá que rapar a cabeça sete dias depois, dia da sua purificação.
10 No oitavo dia, trará duas rolinhas ou dois pombinhos ao sacerdote, à entrada da Tenda do Encontro.
11 O sacerdote oferecerá um como oferta pelo pecado e o outro como holocausto, para fazer propiciação por ele, pois pecou ao se aproximar de um cadáver. Naquele mesmo dia, o nazireu reconsagrará a sua cabeça.
12 Ele se dedicará ao Senhor pelo período de sua separação e trará um cordeiro de um ano de idade como oferta de reparação. Não se contarão os dias anteriores porque ficou contaminado durante a sua separação.
13 "Este é o ritual do nazireu quando terminar o período de sua separação: ele será trazido à entrada da Tenda do Encontro.
14 Ali apresentará a sua oferta ao Senhor: um cordeiro de um ano e sem defeito como holocausto, uma cordeira de um ano e sem defeito como oferta pelo pecado, um carneiro sem defeito como oferta de comunhão,
15 juntamente com a sua oferta de cereal, com a oferta derramada e com um cesto de pães sem fermento, bolos feitos da melhor farinha amassada com azeite e pães finos untados com azeite.
16 "O sacerdote os apresentará ao Senhor e oferecerá o sacrifício pelo pecado e o holocausto.
17 Apresentará o cesto de pães sem fermento e oferecerá o cordeiro como sacrifício de comunhão ao Senhor, juntamente com a oferta de cereal e a oferta derramada.
18 "Em seguida, à entrada da Tenda do Encontro, o nazireu rapará o cabelo que consagrou e o jogará no fogo que está embaixo do sacrifício da oferta de comunhão.
19 "Depois que o nazireu rapar o cabelo da sua consagração, o sacerdote lhe colocará nas mãos um ombro cozido do carneiro, um bolo e um pão fino tirados do cesto, ambos sem fermento.
20 O sacerdote os moverá perante o Senhor como gesto ritual de apresentação; são santos e pertencem ao sacerdote, bem como o peito que foi movido e a coxa. Depois disso o nazireu poderá beber vinho.
21 "Esse é o ritual do voto de nazireu e da oferta dedicada ao Senhor de acordo com a sua separação, sem contar qualquer outra coisa que ele possa dedicar. Cumprirá o voto que tiver feito de acordo com o ritual do nazireu".

A bênção sacerdotal

22 O Senhor disse a Moisés:
23 "Diga a Arão e aos seus filhos: Assim vocês abençoarão os israelitas:
24 "O Senhor te abençoe e te guarde;
25 o Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre ti e te conceda graça;
26 o Senhor volte para ti o seu rosto e te dê paz.
27 "Assim eles invocarão o meu nome sobre os israelitas, e eu os abençoarei".

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Números 7

As ofertas de consagração do tabernáculo

1 Quando Moisés acabou de armar o tabernáculo, ele o ungiu e o consagrou, juntamente com todos os seus utensílios. Também ungiu e consagrou o altar com todos os seus utensílios.
2 Então os líderes de Israel, os chefes das famílias que eram os líderes das tribos encarregados do recenseamento apresentaram ofertas.
3 Trouxeram as suas dádivas ao Senhor: seis carroças cobertas e doze bois, um boi de cada líder e uma carroça de cada dois líderes; e as apresentaram diante do tabernáculo.
4 O Senhor disse a Moisés:
5 "Aceite as ofertas deles para que sejam usadas no trabalho da Tenda do Encontro. Entregue-as aos levitas, conforme exigir o trabalho de cada homem".
6 Então Moisés recebeu as carroças e os bois e os entregou aos levitas.
7 Deu duas carroças e quatro bois aos gersonitas, conforme exigia o trabalho deles,
8 e quatro carroças e oito bois aos meraritas, conforme exigia o trabalho deles. Estavam todos sob a supervisão de Itamar, filho do sacerdote Arão.
9 Mas aos coatitas Moisés não deu nada, pois eles deveriam carregar nos ombros os objetos sagrados pelos quais eram responsáveis.
10 Quando o altar foi ungido, os líderes trouxeram as suas ofertas para a dedicação do altar e as apresentaram diante dele.
11 Pois o Senhor tinha dito a Moisés: "Cada dia um líder deverá trazer a sua oferta para a dedicação do altar".
12 No primeiro dia, Naassom, filho de Aminadabe, da tribo de Judá, trouxe a sua oferta.
13 A oferta dele foi um prato de prata de um quilo e quinhentos e sessenta gramas e uma bacia de prata para as aspersões, de oitocentos e quarenta gramas, ambos pesados com base no peso padrão do santuário, cada um cheio da melhor farinha amassada com óleo, como oferta de cereal;
14 uma vasilha de ouro de cento e vinte gramas, cheia de incenso;
15 um novilho, um carneiro e um cordeiro de um ano como holocausto;
16 um bode como oferta pelo pecado;
17 e dois bois, cinco carneiros, cinco bodes e cinco cordeiros de um ano para serem oferecidos como sacrifício de comunhão. Essa foi a oferta de Naassom, filho de Aminadabe.
18 No segundo dia, Natanael, filho de Zuar e líder de Issacar, trouxe a sua oferta.
19 A oferta dele foi um prato de prata de um quilo e quinhentos e sessenta gramas e uma bacia de prata para as aspersões, de oitocentos e quarenta gramas, ambos pesados com base no peso padrão do santuário, cada um cheio da melhor farinha amassada com óleo, como oferta de cereal;
20 uma vasilha de ouro de cento e vinte gramas, cheia de incenso;
21 um novilho, um carneiro e um cordeiro de um ano como holocausto;
22 um bode como oferta pelo pecado;
23 e dois bois, cinco carneiros, cinco bodes e cinco cordeiros de um ano para serem oferecidos como sacrifício de comunhão. Essa foi a oferta de Natanael, filho de Zuar.
24 No terceiro dia, Eliabe, filho de Helom e líder de Zebulom, trouxe a sua oferta.
25 A oferta dele foi um prato de prata de um quilo e quinhentos e sessenta gramas e uma bacia de prata para as aspersões, de oitocentos e quarenta gramas, ambos pesados com base no peso padrão do santuário, cada um cheio da melhor farinha amassada com óleo, como oferta de cereal;
26 uma vasilha de ouro de cento e vinte gramas, cheia de incenso;
27 um novilho, um carneiro e um cordeiro de um ano como holocausto;
28 um bode como oferta pelo pecado;
29 e dois bois, cinco carneiros, cinco bodes e cinco cordeiros de um ano para serem oferecidos como sacrifício de comunhão. Essa foi a oferta de Eliabe, filho de Helom.
30 No quarto dia, Elizur, filho de Sedeur e líder de Rúben, trouxe a sua oferta.
31 A oferta dele foi um prato de prata de um quilo e quinhentos e sessenta gramas e uma bacia de prata para as aspersões, de oitocentos e quarenta gramas, ambos pesados com base no peso padrão do santuário, cada um cheio da melhor farinha amassada com óleo, como oferta de cereal;
32 uma vasilha de ouro de cento e vinte gramas, cheia de incenso;
33 um novilho, um carneiro e um cordeiro de um ano como holocausto;
34 um bode como oferta pelo pecado;
35 e dois bois, cinco carneiros, cinco bodes e cinco cordeiros de um ano para serem oferecidos como sacrifício de comunhão. Essa foi a oferta de Elizur, filho de Sedeur.
36 No quinto dia, Selumiel, filho de Zurisadai e líder de Simeão, trouxe a sua oferta.
37 A oferta dele foi um prato de prata de um quilo e quinhentos e sessenta gramas e uma bacia de prata para as aspersões, de oitocentos e quarenta gramas, ambos pesados com base no peso padrão do santuário, cada um cheio da melhor farinha amassada com óleo, como oferta de cereal;
38 uma vasilha de ouro de cento e vinte gramas, cheia de incenso;
39 um novilho, um carneiro e um cordeiro de um ano como holocausto;
40 um bode como oferta pelo pecado;
41 e dois bois, cinco carneiros, cinco bodes e cinco cordeiros de um ano para serem oferecidos como sacrifício de comunhão. Essa foi a oferta de Selumiel, filho de Zurisadai.
42 No sexto dia, Eliasafe, filho de Deuel e líder de Gade, trouxe a sua oferta.
43 A oferta dele foi um prato de prata de um quilo e quinhentos e sessenta gramas e uma bacia de prata para as aspersões, de oitocentos e quarenta gramas, ambos pesados com base no peso padrão do santuário, cada um cheio da melhor farinha amassada com óleo, como oferta de cereal;
44 uma vasilha de ouro de cento e vinte gramas, cheia de incenso;
45 um novilho, um carneiro e um cordeiro de um ano como holocausto;
46 um bode como oferta pelo pecado;
47 e dois bois, cinco carneiros, cinco bodes e cinco cordeiros de um ano para serem oferecidos como sacrifício de comunhão. Essa foi a oferta de Eliasafe, filho de Deuel.
48 No sétimo dia, Elisama, filho de Amiúde e líder de Efraim, trouxe a sua oferta.
49 A oferta dele foi um prato de prata de um quilo e quinhentos e sessenta gramas e uma bacia de prata para as aspersões, de oitocentos e quarenta gramas, ambos pesados com base no peso padrão do santuário, cada um cheio da melhor farinha amassada com óleo, como oferta de cereal;
50 uma vasilha de ouro de cento e vinte gramas, cheia de incenso;
51 um novilho, um carneiro e um cordeiro de um ano como holocausto;
52 um bode como oferta pelo pecado;
53 e dois bois, cinco carneiros, cinco bodes e cinco cordeiros de um ano para serem oferecidos como sacrifício de comunhão. Essa foi a oferta de Elisama, filho de Amiúde.
54 No oitavo dia, Gamaliel, filho de Pedazur e líder de Manassés, trouxe a sua oferta.
55 A oferta dele foi um prato de prata de um quilo e quinhentos e sessenta gramas e uma bacia de prata para as aspersões, de oitocentos e quarenta gramas, ambos pesados com base no peso padrão do santuário, cada um cheio da melhor farinha amassada com óleo, como oferta de cereal;
56 uma vasilha de ouro de cento e vinte gramas, cheia de incenso;
57 um novilho, um carneiro e um cordeiro de um ano como holocausto;
58 um bode como oferta pelo pecado;
59 e dois bois, cinco carneiros, cinco bodes e cinco cordeiros de um ano para serem oferecidos como sacrifício de comunhão. Essa foi a oferta de Gamaliel, filho de Pedazur.
60 No nono dia, Abidã, filho de Gideoni e líder de Benjamim, trouxe a sua oferta.
61 A oferta dele foi um prato de prata de um quilo e quinhentos e sessenta gramas e uma bacia de prata para as aspersões, de oitocentos e quarenta gramas, ambos pesados com base no peso padrão do santuário, cada um cheio da melhor farinha amassada com óleo, como oferta de cereal;
62 uma vasilha de ouro de cento e vinte gramas, cheia de incenso;
63 um novilho, um carneiro e um cordeiro de um ano como holocausto;
64 um bode como oferta pelo pecado;
65 e dois bois, cinco carneiros, cinco bodes e cinco cordeiros de um ano para serem oferecidos como sacrifício de comunhão. Essa foi a oferta de Abidã, filho de Gideoni.
66 No décimo dia, Aieser, filho de Amisadai e líder de Dã, trouxe a sua oferta.
67 A oferta dele foi um prato de prata de um quilo e quinhentos e sessenta gramas e uma bacia de prata para as aspersões, de oitocentos e quarenta gramas, ambos pesados com base no peso padrão do santuário, cada um cheio da melhor farinha amassada com óleo, como oferta de cereal;
68 uma vasilha de ouro de cento e vinte gramas, cheia de incenso;
69 um novilho, um carneiro e um cordeiro de um ano como holocausto;
70 um bode como oferta pelo pecado;
71 e dois bois, cinco carneiros, cinco bodes e cinco cordeiros de um ano para serem oferecidos como sacrifício de comunhão. Essa foi a oferta de Aieser, filho de Amisadai.
72 No décimo primeiro dia, Pagiel, filho de Ocrã e líder de Aser, trouxe a sua oferta.
73 A oferta dele foi um prato de prata de um quilo e quinhentos e sessenta gramas e uma bacia de prata para as aspersões, de oitocentos e quarenta gramas, ambos pesados com base no peso padrão do santuário, cada um cheio da melhor farinha amassada com óleo, como oferta de cereal;
74 uma vasilha de ouro de cento e vinte gramas, cheia de incenso;
75 um novilho, um carneiro e um cordeiro de um ano como holocausto;
76 um bode como oferta pelo pecado;
77 e dois bois, cinco carneiros, cinco bodes e cinco cordeiros de um ano para serem oferecidos como sacrifício de comunhão. Essa foi a oferta de Pagiel, filho de Ocrã.
78 No décimo segundo dia, Aira, filho de Enã e líder de Naftali, trouxe a sua oferta.
79 A oferta dele foi um prato de prata de um quilo e quinhentos e sessenta gramas e uma bacia de prata para as aspersões, de oitocentos e quarenta gramas, ambos pesados com base no peso padrão do santuário, cada um cheio da melhor farinha amassada com óleo, como oferta de cereal;
80 uma vasilha de ouro de cento e vinte gramas, cheia de incenso;
81 um novilho, um carneiro e um cordeiro de um ano como holocausto;
82 um bode como oferta pelo pecado;
83 e dois bois, cinco carneiros, cinco bodes e cinco cordeiros de um ano para serem oferecidos como sacrifício de comunhão. Essa foi a oferta de Aira, filho de Enã.
84 Essas foram as ofertas dos líderes israelitas para a dedicação do altar quando este foi ungido. Ao todo foram: doze pratos de prata, doze bacias de prata para as aspersões e doze vasilhas de ouro.
85 Cada prato de prata pesava um quilo e quinhentos e sessenta gramas, e cada bacia para as aspersões pesava oitocentos e quarenta gramas. O total de peças de prata pesava vinte e oito quilos e oitocentos gramas, com base no peso padrão do santuário.
86 As doze vasilhas de ouro cheias de incenso pesavam cada uma cento e vinte gramas, com base no peso padrão do santuário. O total de vasilhas de ouro pesava um quilo e quatrocentos e quarenta gramas.
87 O total de animais oferecidos em holocausto foi doze novilhos, doze carneiros e doze cordeiros de um ano, juntamente com as ofertas de cereal. Doze bodes foram trazidos para a oferta pelo pecado.
88 O total de animais oferecidos em sacrifício de comunhão foi vinte e quatro bois, sessenta carneiros, sessenta bodes e sessenta cordeiros de um ano. Foram essas as ofertas trazidas para a dedicação do altar depois que este foi ungido.
89 Quando entrava na Tenda do Encontro para falar com o Senhor, Moisés ouvia a voz que lhe falava do meio dos dois querubins, de cima da tampa da arca da aliança. Era assim que o Senhor falava com ele.

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Números 8

A montagem das lâmpadas

1 Disse também o Senhor a Moisés:
2 "Diga o seguinte a Arão: Quando você preparar as sete lâmpadas, estas deverão iluminar a área da frente do candelabro".
3 Arão assim fez; dispôs as lâmpadas de modo que estivessem voltadas para a frente do candelabro, como o Senhor tinha ordenado a Moisés.
4 O candelabro foi feito de ouro batido, do pedestal às flores, conforme o modelo que o Senhor tinha mostrado a Moisés.A consagração dos levitas
5 O Senhor disse a Moisés:
6 "Separe os levitas do meio dos israelitas e purifique-os.
7 A purificação deles será assim: você aspergirá a água da purificação sobre eles; fará com que rapem o corpo todo e lavem as roupas, para que se purifiquem.
8 Depois eles trarão um novilho com a oferta de cereal da melhor farinha amassada com óleo; e você trará um segundo novilho como oferta pelo pecado.
9 Você levará os levitas para a frente da Tenda do Encontro e reunirá toda a comunidade de Israel.
10 Levará os levitas à presença do Senhor, e os israelitas imporão as mãos sobre eles.
11 Arão apresentará os levitas ao Senhor como oferta ritualmente movida da parte dos israelitas: eles serão dedicados ao trabalho do Senhor.
12 "Depois que os levitas impuserem as mãos sobre a cabeça dos novilhos, você oferecerá um novilho como oferta pelo pecado e o outro como holocausto ao Senhor, para fazer propiciação pelos levitas.
13 Disponha os levitas em frente de Arão e dos filhos dele e apresente-os como oferta movida ao Senhor.
14 Dessa maneira você separará os levitas do meio dos israelitas, e os levitas serão meus.
15 "Depois que você purificar os levitas e os apresentar como oferta movida, eles entrarão na Tenda do Encontro para ministrar.
16 Eles são os israelitas que deverão ser inteiramente dedicados a mim. Eu os separei para serem meus em lugar dos primogênitos, do primeiro filho homem de cada mulher israelita.
17 Todo primogênito em Israel, entre os homens e entre os rebanhos, é meu. Eu os separei para mim quando feri todos os primogênitos no Egito
18 e escolhi os levitas em lugar de todos os primogênitos em Israel.
19 Dentre todos os israelitas, dediquei os levitas como dádivas a Arão e aos seus filhos; eles ministrarão na Tenda do Encontro em nome dos israelitas e farão propiciação por eles, para que nenhuma praga atinja os israelitas quando se aproximarem do santuário".
20 Moisés, Arão e toda a comunidade de Israel fizeram com os levitas como o Senhor tinha ordenado a Moisés.
21 Os levitas se purificaram e lavaram suas roupas; e Arão os apresentou como oferta ritualmente movida perante o Senhor e fez propiciação por eles para purificá-los.
22 Depois disso os levitas passaram a ministrar na Tenda do Encontro sob a supervisão de Arão e dos seus filhos. Fizeram com os levitas como o Senhor tinha ordenado a Moisés.
23 O Senhor disse ainda a Moisés:
24 "Isto diz respeito aos levitas: os homens de vinte e cinco anos para cima, aptos para servir, tomarão parte no trabalho que se faz na Tenda do Encontro,
25 mas aos cinquenta anos deverão afastar-se do serviço regular e nele não mais trabalharão.
26 Poderão ajudar seus companheiros de ofício na responsabilidade de cuidar da Tenda do Encontro, mas eles mesmos não deverão fazer o trabalho. Assim você designará as responsabilidades dos levitas".

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Números 9

Celebração da Páscoa

1 O Senhor falou com Moisés no deserto do Sinai, no primeiro mês do segundo ano depois que o povo saiu do Egito. Ele disse:
2 "Os israelitas devem celebrar a Páscoa na ocasião própria.
3 Celebrem-na no tempo determinado, ao pôr do sol do décimo quarto dia deste mês, de acordo com todas as suas leis e ordenanças".
4 Então Moisés ordenou aos israelitas que celebrassem a Páscoa;
5 eles a celebraram no deserto do Sinai, ao pôr do sol do décimo quarto dia do primeiro mês. Os israelitas fizeram tudo conforme o Senhor tinha ordenado a Moisés.
6 Mas alguns deles não puderam celebrar a Páscoa naquele dia porque se haviam tornado impuros por terem tocado num cadáver. Por isso procuraram Moisés e Arão naquele mesmo dia
7 e disseram a Moisés: "Nós nos tornamos impuros por termos tocado num cadáver, mas por que deveríamos ser impedidos de apresentar a nossa oferta ao Senhor na ocasião própria, como os demais israelitas?"
8 Moisés respondeu-lhes: "Esperem até que eu saiba o que o Senhor ordena a respeito de vocês".
9 Então o Senhor disse a Moisés:
10 "Diga o seguinte aos israelitas: Quando algum de vocês ou dos seus descendentes se tornar impuro por tocar algum cadáver ou estiver distante por motivo de viagem, ainda assim poderá celebrar a Páscoa do Senhor.
11 Deverão celebrá-la no décimo quarto dia do segundo mês, ao pôr do sol. Comerão o cordeiro com pães sem fermento e com ervas amargas.
12 Não deixarão sobrar nada até o amanhecer e não quebrarão nenhum osso do cordeiro. Quando a celebrarem, obedeçam a todas as leis da Páscoa.
13 Se, porém, um homem estiver puro e não estiver distante por motivo de viagem e ainda assim não celebrar a Páscoa, ele será eliminado do meio do seu povo porque não apresentou a oferta do Senhor na ocasião própria. Ele sofrerá as consequências do seu pecado.
14 "Um estrangeiro residente entre vocês, que queira celebrar a Páscoa do Senhor, deverá fazê-lo de acordo com as leis e ordenanças da Páscoa. Vocês terão as mesmas leis para o estrangeiro e para o natural da terra".

A nuvem por cima do tabernáculo

15 No dia em que foi armado o tabernáculo, a tenda que guarda as tábuas da aliança, a nuvem o cobriu. Desde o entardecer até o amanhecer a nuvem por cima do tabernáculo tinha a aparência de fogo.
16 Era assim que sempre acontecia: de dia a nuvem o cobria, e de noite tinha a aparência de fogo.
17 Sempre que a nuvem se levantava de cima da Tenda, os israelitas partiam; no lugar em que a nuvem descia, ali acampavam.
18 Conforme a ordem do Senhor, os israelitas partiam e, conforme a ordem do Senhor,acampavam. Enquanto a nuvem estivesse por cima do tabernáculo, eles permaneciam acampados.
19 Quando a nuvem ficava sobre o tabernáculo por muito tempo, os israelitas cumpriam suas responsabilidades para com o Senhor e não partiam.
20 Às vezes a nuvem ficava sobre o tabernáculo poucos dias; conforme a ordem do Senhor, eles acampavam e, também conforme a ordem do Senhor, partiam.
21 Outras vezes a nuvem permanecia somente desde o entardecer até o amanhecer e, quando se levantava pela manhã, eles partiam. De dia ou de noite, sempre que a nuvem se levantava, eles partiam.
22 Quer a nuvem ficasse sobre o tabernáculo dois dias, quer um mês, quer mais tempo, os israelitas permaneciam no acampamento e não partiam; mas, quando ela se levantava, partiam.
23 Conforme a ordem do Senhor acampavam e conforme a ordem do Senhor partiam. Nesse meio tempo, cumpriam suas responsabilidades para com o Senhor, de acordo com as suas ordens, anunciadas por Moisés.

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Números 10

As duas trombetas de prata

1 O Senhor disse a Moisés:
2 "Faça duas cornetas de prata batida a fim de usá-las para reunir a comunidade e para dar aos acampamentos o sinal para partirem.
3 Quando as duas cornetas tocarem, a comunidade inteira se reunirá diante de você, à entrada da Tenda do Encontro.
4 Se apenas uma tocar, os líderes, chefes dos clãs de Israel, se reunirão diante de você.
5 Quando a corneta der um toque de alerta, as tribos acampadas a leste deverão partir.
6 Ao som do segundo toque, os acampamentos do lado sul partirão. O toque de alerta será o sinal para partir.
7 Para reunir a assembleia, faça soar as cornetas, mas não com o mesmo toque.
8 "Os filhos de Arão, os sacerdotes, tocarão as cornetas. Este é um decreto perpétuo para vocês e para as suas gerações.
9 Quando em sua terra vocês entrarem em guerra contra um adversário que os esteja oprimindo, toquem as cornetas; e o Senhor, o Deus de vocês, se lembrará de vocês e os libertará dos seus inimigos.
10 Também em seus dias festivos, nas festas fixas e no primeiro dia de cada mês, vocês deverão tocar as cornetas por ocasião dos seus holocaustos e das suas ofertas de comunhão, e elas serão um memorial em favor de vocês perante o seu Deus. Eu sou o Senhor, o Deus de vocês".

Os israelitas deixam o Sinai

11 No vigésimo dia do segundo mês do segundo ano, a nuvem se levantou de cima do tabernáculo que guarda as tábuas da aliança.
12 Então os israelitas partiram do deserto do Sinai e viajaram por etapas, até que a nuvem pousou no deserto de Parã.
13 Assim partiram pela primeira vez, conforme a ordem do Senhor anunciada por Moisés.
14 Os exércitos do acampamento de Judá partiram primeiro, junto à sua bandeira. Naassom, filho de Aminadabe, estava no comando.
15 Natanael, filho de Zuar, comandava os exércitos da tribo de Issacar,
16 e Eliabe, filho de Helom, chefiava os exércitos da tribo de Zebulom.
17 Quando o tabernáculo era desmontado, os gersonitas e os meraritas o carregavam e partiam.
18 Os exércitos do acampamento de Rúben partiram em seguida, junto à sua bandeira. Elizur, filho de Sedeur, estava no comando.
19 Selumiel, filho de Zurisadai, comandava os exércitos da tribo de Simeão,
20 e Eliasafe, filho de Deuel, chefiava os exércitos da tribo de Gade.
21 Então os coatitas partiam carregando as coisas sagradas. Antes que eles chegassem, o tabernáculo já deveria estar armado.
22 Os exércitos do acampamento de Efraim partiram em seguida, junto à sua bandeira. Elisama, filho de Amiúde, estava no comando.
23 Gamaliel, filho de Pedazur, comandava os exércitos da tribo de Manassés,
24 e Abidã, filho de Gideoni, os exércitos da tribo de Benjamim.
25 Finalmente, partiram os exércitos do acampamento de Dã, junto à sua bandeira, como retaguarda para todos os acampamentos. Aieser, filho de Amisadai, estava no comando.
26 Pagiel, filho de Ocrã, comandava os exércitos da tribo de Aser,
27 e Aira, filho de Enã, a divisão da tribo de Naftali.
28 Essa era a ordem que os exércitos israelitas seguiam quando se punham em marcha.
29 Então Moisés disse a Hobabe, filho do midianita Reuel, sogro de Moisés: "Estamos partindo para o lugar a respeito do qual o Senhor disse: 'Eu o darei a vocês'. Venha conosco e o trataremos bem, pois o Senhor prometeu boas coisas para Israel".
30 Ele respondeu: "Não, não irei; voltarei para a minha terra e para o meu povo".
31 Moisés, porém, disse: "Por favor, não nos deixe. Você sabe onde devemos acampar no deserto e pode ser o nosso guia.
32 Se vier conosco, partilharemos com você todas as coisas boas que o Senhor nos der".
33 Então eles partiram do monte do Senhor e viajaram três dias. A arca da aliança do Senhor foi à frente deles durante aqueles três dias para encontrar um lugar para descansarem.
34 A nuvem do Senhor estava sobre eles de dia, sempre que partiam de um acampamento.
35 Sempre que a arca partia, Moisés dizia: "Levanta-te, ó Senhor! Sejam espalhados os teus inimigos e fujam de diante de ti os teus adversários".
36 Sempre que a arca parava, ele dizia: "Volta, ó Senhor, para os incontáveis milhares de Israel".

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Números 11

Fogo do Senhor

1 Aconteceu que o povo começou a queixar-se das suas dificuldades aos ouvidos do Senhor. Quando ele os ouviu, a sua ira acendeu-se, e fogo da parte do Senhor queimou entre eles e consumiu algumas extremidades do acampamento.
2 Então o povo clamou a Moisés, este orou ao Senhor, e o fogo extinguiu-se.
3 Por isso aquele lugar foi chamado Taberá, porque o fogo da parte do Senhor queimou entre eles.

Deus envia codornizes

4 Um bando de estrangeiros que havia no meio deles encheu-se de gula, e até os próprios israelitas tornaram a queixar-se e diziam: "Ah, se tivéssemos carne para comer!
5 Nós nos lembramos dos peixes que comíamos de graça no Egito, e também dos pepinos, das melancias, dos alhos-porós, das cebolas e dos alhos.
6 Mas agora perdemos o apetite; nunca vemos nada, a não ser este maná!"
7 O maná era como semente de coentro e tinha aparência de resina.
8 O povo saía recolhendo o maná nas redondezas e o moía num moinho manual ou socava-o num pilão; depois cozinhava o maná e com ele fazia bolos. Tinha gosto de bolo amassado com azeite de oliva.
9 Quando o orvalho caía sobre o acampamento à noite, também caía o maná.
10 Moisés ouviu gente de todas as famílias se queixando, cada uma à entrada de sua tenda. Então acendeu-se a ira do Senhor, e isso pareceu mal a Moisés.
11 E ele perguntou ao Senhor: "Por que trouxeste este mal sobre o teu servo? Foi por não te agradares de mim, que colocaste sobre os meus ombros a responsabilidade de todo esse povo?
12 Por acaso fui eu quem o concebeu? Fui eu quem o deu à luz? Por que me pedes para carregá-lo nos braços, como uma ama carrega um recém-nascido, para levá-lo à terra que prometeste sob juramento aos seus antepassados?
13 Onde conseguirei carne para todo esse povo? Eles ficam se queixando contra mim, dizendo: 'Dê-nos carne para comer!'
14 Não posso levar todo esse povo sozinho; essa responsabilidade é grande demais para mim.
15 Se é assim que vais me tratar, mata-me agora mesmo; se te agradas de mim, não me deixes ver a minha própria ruína".
16 E o Senhor disse a Moisés: "Reúna setenta autoridades de Israel, que você sabe que são líderes e supervisores entre o povo. Leve-os à Tenda do Encontro, para que estejam ali com você.
17 Eu descerei e falarei com você; e tirarei do Espírito que está sobre você e o porei sobre eles. Eles o ajudarão na árdua responsabilidade de conduzir o povo, de modo que você não tenha que assumir tudo sozinho.
18 "Diga ao povo: Consagrem-se para amanhã, pois vocês comerão carne. O Senhor os ouviu quando se queixaram a ele, dizendo: 'Ah, se tivéssemos carne para comer! Estávamos melhor no Egito!' Agora o Senhor dará carne a vocês, e vocês a comerão.
19 Vocês não comerão carne apenas um dia, ou dois, ou cinco, ou dez ou vinte,
20 mas um mês inteiro, até que saia carne pelo nariz de vocês e vocês tenham nojo dela, porque rejeitaram o Senhor, que está no meio de vocês, e se queixaram a ele, dizendo: 'Por que saímos do Egito?' "
21 Disse, porém, Moisés: "Aqui estou eu no meio de seiscentos mil homens em pé, e dizes: 'Darei a eles carne para comerem durante um mês inteiro!'
22 Será que haveria o suficiente para eles se todos os rebanhos fossem abatidos? Será que haveria o suficiente para eles se todos os peixes do mar fossem apanhados?"
23 O Senhor respondeu a Moisés: "Estará limitado o poder do Senhor? Agora você verá se a minha palavra se cumprirá ou não".
24 Então Moisés saiu e contou ao povo o que o Senhor tinha dito. Reuniu setenta autoridades dentre eles e as dispôs ao redor da Tenda.
25 O Senhor desceu na nuvem e lhe falou e tirou do Espírito que estava sobre Moisés e o pôs sobre as setenta autoridades. Quando o Espírito veio sobre elas, profetizaram, mas depois nunca mais tornaram a fazê-lo.
26 Entretanto, dois homens, chamados Eldade e Medade, tinham ficado no acampamento. Ambos estavam na lista das autoridades, mas não tinham ido para a Tenda. O Espírito também veio sobre eles, e profetizaram no acampamento.
27 Então, certo jovem correu e contou a Moisés: "Eldade e Medade estão profetizando no acampamento".
28 Josué, filho de Num, que desde jovem era auxiliar de Moisés, interferiu e disse: "Moisés, meu senhor, proíba-os!"
29 Mas Moisés respondeu: "Você está com ciúmes por mim? Quem dera todo o povo do Senhor fosse profeta e que o Senhor pusesse o seu Espírito sobre eles!"
30 Então Moisés e as autoridades de Israel voltaram para o acampamento.
31 Depois disso, veio um vento da parte do Senhor que trouxe codornizes do mar e as fez cair por todo o acampamento, a uma altura de noventa centímetros, espalhando-as em todas as direções num raio de um dia de caminhada.
32 Durante todo aquele dia e aquela noite e durante todo o dia seguinte, o povo saiu e recolheu codornizes. Ninguém recolheu menos de dez barris. Então eles as estenderam para secar ao redor de todo o acampamento.
33 Mas, enquanto a carne ainda estava entre os seus dentes e antes que a ingerissem, a ira do Senhor acendeu-se contra o povo, e ele o feriu com uma praga terrível.
34 Por isso o lugar foi chamado Quibrote-Hataavá, porque ali foram enterrados os que tinham sido dominados pela gula.
35 De Quibrote-Hataavá o povo partiu para Hazerote, e lá ficou.

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