Bem me quer
BEM-ME-QUER(O)
De todos os pesares
O mais leve é saber
Que equilibro soluço e canto
Enquanto despenteio flores
bem-me-quer, mal-me-quer
bem-me-quer, mal-me-quer
De todos os panos
Torço e contorço os fios
Para que escorram em minha pálpebra
Encantos de mais uma história
bem-me-quer, mal-me-quer
bem-me-quer, mal-me-quer
Como posso despentear flores
Se em minhas palmas
Cheia de mapas desertos
Eu tenho é dente-de-leão?
bem-me-quer, mal-me-quer
bem-me-quer, mal-me-quer
Se bem me queres
Mal consegues saber
Que bem lhe peço
Ao orixá que tu tanto rogas
Que lhe perdoe
Por ser mais pedra
Do que mar
bem-me-quer, mal-me-quer
bem-me-quer, mal-me-quer
E as minhas pétalas
Que caem tanto quanto os teus fios
Mordem os endereços de nossos abraços
Desertando panos e lençóis de algodão
E as pedras são as mesmas
Ainda que vento só sopre o nunca e nucas
Só se basta o que foi bastante
Seguro em minhas aspas e grito:
bem-lhe-queira, bem-me-quero
bem-me-queira, bem-lhe-quero
Bem me quer,
bem te quero...
Mal me quer,
bem te quero.
Por mais que
me queira o mal,
eu vou sempre
te querer o bem.
Bem me quer...
Te peço: cuida do jardim,
Não deixe as plantas morrerem,
As flores perecerem,
Sem o toque carinhoso costumeiro;
Corte uma flor de Margarida,
Coloque em seus cabelos,
E com esse jeito trigueiro,
Com um sorriso faceiro,
Em mim comece a pensar;
E quando as pétalas for tirar,
Pra ver se gosto de você,
Eu vou te prometer:
Irei, com fé, rezar,
Pedindo, se Deus quiser,
Pra quando a última pétala arrancar,
Em suas mãos, trêmulas, sobrar:
Bem me quer.
Para o malmequer do teu querer, eu ofereço, uma a uma, todas as pétalas desfolhadas no bem-me-quer do meu sorriso.
eu queria que agora você estivesse
Sentado num canto qualquer
Chamando pelo nome
Nas pétalas do bem me quer
Flor bem- me- quer, tão pequenina, inspira a tantos, a te desfolhar, para ter resposta a um desejo, anseio abrupto, alheio. Sim ou não, seja qual for a resposta, tu és desprezada, mal me quer, jogada na terra.
Gosto dessa gente que no bem me quer de cada dia se despetalam totalmente e, ainda assim se mantém plenas e envolvidas docemente nessa aura de perfume.
Bem-me-quer… mal-me-quer…
Que bonito seria este viver;
Se em nós só houvesse a: escolha primeira;
Por a segunda ser fraca maneira;
De tratarmos, qualquer que seja: o SER!
Que pena, a disso em nós, tão bem sabermos;
Por tão gostarmos, pra nós desse tal;
Escolher, que a ninguém, deseje o mal;
Desse a TODOS, tal dar; tanto esquecermos!
Porque o que aqui vemos, nos animais;
Sem fazer parte deles, é um tal;
No sentir da galinha, coitadinha!...
Daí, como o segundo, somos tais;
Sempre que a alguém, por maus, queremos mal;
Por não sentirmos: a dor; da bichinha.
(ver imagem, na minha cronologia, no Facebook...)
Com pena, de quem;
A semente traz a vida
Com infinita beleza
A natureza na lida
Com majestosa proeza
Cada uma em seu tempo
Com graça rebenta o chão
Recebe a brisa e o vento
Nos ensinando a lição
Me pego a refletir
Como seria Belo
Ao invés de me ferir
Plantar mais o bem me quero.
PAPO RETO, VIDA TORTA
Não é seu? Vaza!
Não te quer? Larga!
Deixa essa vida rasa
De bem me quer, mal me quer.
Pois, pessoa enganada
Sempre erra a estrada
Põe a culpa no caminho
Mas esquece o próprio pé!
O bem me têm,
Mas o mal me quer
O mal vem,
Mas o bem não quer
O mal eu faço bem
O bem eu faço mal
Resisto ao que é certo
Persisto no que é errado
Eu e os meus conflitos internos.