Bem
Dizem que a gente tem o que precisa. Não o que a gente quer. Tudo bem. Eu não preciso de muito. Eu não quero muito. Eu quero mais. Mais paz. Mais poesia. Mais verdade. Mais noites bem dormidas. Mais noites em claro. Mais eu. Mais você. Eu quero nós. Mais nós. Grudados. Enrolados. Amarrados. Jogados no tapete da sala. Nós que não atam nem desatam...
Deve ser melhor sem você saber. Deve ser melhor você achando que sim, tá tudo bem pra mim. Mesmo que seja mentira.
Por vezes Deus escolhe entre os vis
para mostrar que o amor prevalece
e que o bem é capaz de superar o mal.
Ia me fazer muito bem abrir afinal meu coração e mostrar afinal a alguém que fechasse os olhos e não ouvisse, que horror pode se guardar numa pessoa. A solidão de que sempre precisei é ao mesmo tempo inteiramente insuportável.
Sofrer dói. Dói e não é pouco. Mas faz um bem danado depois que passa. (...) Meu tempo não se mede em relógios. E a vida lá fora, me chama.
Sustenta palavra de homem
Que eu mantenho a de mulher
Eu bem queria fazer um travesseiro dos seus braços.....
Dizem que a gente tem o que precisa. Não o que a gente quer. Tudo bem. Eu não preciso de muito. Eu não quero muito. Eu quero mais. Mais paz. Mais saúde. Mais dinheiro. Mais poesia. Mais verdade. Mais harmonia. Mais noites bem dormidas. Mais noites em claro. Mais eu. Mais você. Mais sorrisos, beijos e aquela rima grudada na boca…
Parei de lutar para ser perfeita, pois esse conceito já não me interessa. Agora só quero sair bem nas fotos.
Poética
Estou farto do lirismo comedido
Do lirismo bem comportado
Do lirismo funcionário público com o livro do
ponto expediente protocolo e
manifestações de apreço ao Sr. diretor
Estou farto do lirismo que para e vai
averiguar no dicionário de cunho
vernáculo de um vocábulo
Abaixo os puristas
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbados
O lirismo difícil e pungente dos bêbados
O lirismo dos clows de Shakespeare
-Não quero mais saber do lirismo que
[não é libertação.
Escuta - Ele disse, bem perto do meu ouvido, a boca vermelha no rosto pálido quase encostada na minha pele. Tive uma vontade quase incontrolável de beijá-lo outra vez. Era meio compulsivo, aquilo. Ou magnético, sei lá. Fluidos, odores imperceptíveis, vibrações. Que coisa era aquela que, independente da razão, atraía ou repelia as pessoas? - A gente precisa conversar. Eu fiquei pensando naquilo que aconteceu. Do livro: Onde andará Dulce Veiga?
Eu minto. Digo que não sinto ciúme, digo que estou bem, digo que não gosto de flores, digo que não me importo, digo que não sinto falta.
– Por que pregar susto na gente, Berrito desgraçado? Tu bem sabe que tenho o coração fraco, o médico recomendou que eu não me aborrecesse. Cada idéia tu tem, como posso viver sem tu, homem com parte com o tinhoso? Tou acostumada com tu, com as coisas malucas que tu diz, tua velhice sabida, teu jeito tão sem jeito, teu gosto de bondade. Por que tu me fez isso hoje? – e tomava da cabeça ferida na peleja, beijava-lhe os olhos de malícia.
É curioso como não sei dizer quem sou. Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer.
Abro bem os olhos, e não adianta: apenas vejo. Mas o segredo, este não vejo nem sinto. A eletrola está quebrada e não viver com música é trair a condição humana que é cercada de música. Aliás, música é uma abstração do pensamento.
Os jovens de hoje são bem caretas. Eu preferia ter vivido no anos 60. Mas já que vivo na época de agora, posso pelo menos falar mal dela.
É muito triste
ver que uma pessoa que você ama está indo ao abismo
e perceber que o bem dela não depende só de você...
Quando você menos espera, ele faz mais parte da sua vida do que você mesma. Bem-vinda, felicidade, fique à vontade, o tempo que quiser.