Bebo
como uma musica minha alma
rasgo meus texto
bebo não me agrado
ouço musica continuo calado
vejo a chuva caído
não dou risada
cansado e bêbado
mais um cole será
mais nada pode ser
clamo por um tempo
expressar se jogar fora
um monte de entulho
a mente vazia obscura
de tantos detalhes
absurdos como uma brincadeira
se toma com duplo sentido
me calo para sempre
por gostar talvez
tudo desencontrado
mais organizado
ruim mesmo não falou nada
pois não desculto
rir sim chora deixa para outro dia
não me diga não falei
igual chuva cai igual como diamante
os espelho não demonstra teus sentimentos.
celso roberto nadilo
TUA MÃO
tua mão,
taça refratária
onde bebo o vinho
e o sangue
da tua imperfeição!
tua mão
poderia ser calma
doce e refrigério
tua mão
é suor e lágrima
angústia e medo
afeto e repúdio.
tua mão
é sonho e pesadelo
paz e desespero
poema improvável
tua mão
taça refratária
onde bebo o vinho
e o sangue
da tua imperfeição!
Evan do Carmo
BEBO-TE MASTIGO-TE
Bebo-te em luxúria por momentos
Mastigo-te com astúcia em prazer
Mordendo as sílabas do teu corpo
Deixando fluir na mente a poesia
Aquecendo o teu corpo em fantasias
Segredando-te no cálice do pecado
Transformando amoras doces em amor
Repuxo-te, envolvo-te, deito-me
Deleito-me no teu corpo com fulgor
De uma vida passada ao teu lado
Nas açucenas em flor, na tua pele
No prazer em chorar de alegria
Nos teus braços e nos teus lábios
Me dispo, bebendo-te, mastigando-te
Com o amor doce da paixão.
As vezes eu bebo... bebo para ver até onde eu consigo ir
bebo para ver se assim eu consigo fazer o que eu sinto que é certo
por que sóbrio eu não sei... sóbrio eu me sinto partido... Na realidade eu sempre
me senti assim... sempre apenas observei... Sinto que eu nunca vivi de verdade...
Nunca arrisquei de verdade... Até as minhas decepções já eram esperadas... Sinto que no fundo eu sempre
calculei o que iria acontecer... Sinto que eu sempre esperei por aquilo... Me sinto partido...
E sinto... Sinto que existem dois de mim.... Duas partes opostas... que brigam para ver quem comanda
e eu me sinto um refém e entre tudo isso eu sei...que na realidade eu... eu não sinto nada... não por que
eu seja um nada... eu sei que sou algo mas também sei que durante a guerra desses meus lados eu serei privado de sentir...
Bebo para esquecer,Bebo amargura e relembro as dores,Sentado no bar,Com o copo cheio e o coração vazio,Ainda lembro o cheiro do seu corpo,O perfume que me deixava louco,De fato tudo acabou,tudo virou Mágoas,Elas não saram,Meu peito dói,Enquanto supero você,Recebo mais um dose de mágoas,Enquanto tento te esquecer,Meu passado me condena,Me relaciono com outras garotas,Não consigo gostar de nenhuma,Tento fazer o melhor para o coração,Logo ele não tem ação e continuo sem emoção.
Me vejo acordado nesta madrugada quente,Bebo um copo D’Agua tendo esperança que tenha uma dose de felicidade ao invés de cloro,Noites em claro esperando ela chegar,Não vejo nenhum sinal dela,Me conformo sem ela,Apenas o calor do sol me aquece ,O amor não enriquece,De fato Me observo no espelho,Tentando enxergar o que sou de fato,Onde eu errei,Como errei,Sou realmente a alguém,Fui o suficiente para ela ?,Olhando fixamente dentro dos meus olhos,Converso com a alma,As vezes me vem à calma,O coração dispara logo acalma,Uma lembrança Em que vivi sozinho com companhia que era para vida e se tornou apenas mais uma,Apago as luzes,Viajo com a alma,Encontro repouso,Campo esverdeado infinidade de flores,Me deito e sinto a calma que assola a alma.
Intervalo-me, intercalo-me entre afazeres e logo outro déjà-vu como alfajores argentinos e bebo suspiros nos ares.
Vida é uma decisão,Vivo na indecisão,Bebo alguns drinks para esquecer ela,Bebi tanto,Que posso morrer ao beber mais um,Ou esquecer essa merda,Que me afeta,Me despertava nas manhãs,Hoje em claro ficam minhas manhãs,Procuro sossego e também uma emprego,Demonstrar o meu potencial,De fato não enxerga o potencial,Querem apenas o essencial do profissional,Certo certo certo certo,Preciso tomar um rumo na vida,Não fumo estraga os pulmões,Mas soluço por falta de paixões,Abro excessões,Me prendo a emoções e sempre Me decepciono,Com pretensões.
vinhos, semanas e mulheres.
a manhã me
consome como
o vinho que eu
bebo durante
a noite.
a noite já estou
consumido pelo
vinho e pela
mulher que se
deita ao meu lado
em minha cama.
a tarde já estou
consumido,
mesmo sem
mulher e sem vinho,
já passei pelo
primeiro e só
penso no que
está por vir.
Preciso, e quero de vez em quando esquecer as regras do viver, aí bebo algo alcoólico onde relaxo esqueço do padecer caminhar, para me identificar com o desconhecido, talvez o algo sagrado que em mim está adormecido, uma miragem o viver...
extremo a batida em musica toca seu coração
muitas vezes perturbado
entretanto bebo até enlouquecer mesma musica toca
até que dia amanheça,
sou apenas um instante num desejo profundo...
RESPONDENDO A UM “CURIOSO”!
Bebo vinho há muito tempo, mas com moderação...
Gosto muito dele para acompanhar uma refeição...
O vinho é muito bom, mas não substitui a água...
Porém, o bebo desde que mulher usava anágua...
Comida para o meu estômago, vinho pra minha alma...
Um vinho, acompanhado de uma canção, me acalma...
Através dele muitos amigos eu conquistei...
E, talvez por isso, dele nunca me afastei!
Pedro Marcos
BEBO DESTE MAR
Bebo deste mar salgada água
Para não me afogar deste veneno
Que a vida me dá, trazendo-me a poesia
Na alma dilacerada no peito pelos desígnios
Inventados pelas almas que gritam
Na indistinta e confusa mente de cada um
Onde engole o sal na penumbra, consciência
Do que somos ou seremos neste mundo
De veneno, de desassossego, de inquietação
Dói-me qualquer sentimento que desconheço
Escrevo estas linhas, dou-me por insatisfeito
Pelo cansaço de todas as minhas ilusões vividas
Pois perco a razão, o pensamento desta minha
Doente mente sem vergonha de não ser intelectual
No corpo como uma forte náusea no estômago
Não bebo para esquecer,
Mas para ter coragem de lembrar
Dos passos que se tornaram o molde do meu eu,
Mas não me ensinaram como devo caminhar.
Todo passo que eu dou é uma lição diferente,
Mas do que adiantar saber sem precisar?
A cura só serve para os doentes,
O que sobra depois disso é uma droga a nos enganar.
A poesia é alívio, Mas não é resposta.
Nem toda passagem tem uma porta ou um portão a se trancar.
Por isso permaneço à troca dos passos, mesmo errados no meu caminhar.
1, 2
1, 2
...
E eu sonhei que era feliz!
Sou filha da noite; danço na mata; o vento é meu canto. Bebo água da fonte que jorra no monte. Percorro o infinito em meio ao cheio e ao vazio; busca constante, crescente, itinerante. Constata a sorte . Agita a chama, que o meu nome proclama.
"Um dia me perguntaram por qual motivo eu não bebo, respondi simplesmente: tenho um ou dois motivos para beber, mas tenho dez a doze motivos para não beber. Esse é o principal motivo."