Bebida
Hoje é dia de "fervo" no Rio de Janeiro: final de feriadão, carnaval, sol, praia, bebida gelada e animação.
Eu aqui, separando doações... eu sei que o pouco que consigo distribuir não vai resolver os problemas que afligem nosso redor: covid, desastre em Petrópolis, guerra na Ucrânia, entre outras tantas guerras que nos são anônimas e fragilizam, enfraquecem e desfalecem homens com ou sem fé em Deus.
Indiferença, individualismo, ambição, irresponsabilidades... consequências de um mundo selvagem em que a racionalidade humana é orquestrada pelo instinto animal de "sobvida": sob a vida do outro.
Postei numa página pública nesta semana um curto diálogo, resultado da reflexão sobre a selvageria do mundo e que posso ser perdoada por acreditar que o mal triunfará no final. Mas, que mal? Que final? Também não seria egoísmo entender que minha linha de pensamento é real. De qual realidade? Sob qual perspectiva de verdade? As verdades são temporais. Por isso até receio achar que possa estar certa. É muito ruim pensar demais... quando publiquei meu primeiro livro, meu pastor já me aconselhara sobre as questões político-filosóficas: podemos controlá-las ou sermos dominados nesta luta em que o maior inimigo está nas nossas mentes. Então a minha disciplina diária é manter a fé acima da política (social) e da filosofia (individual) e, desta forma, não acionar o gatilho que desencadeia uma nova crise do meu transtorno do espectro do autismo. Entender que, embora em grau leve, não sou normal levou algum tempo. Mas aceitar que o que me paralisa fisicamente esquenta muito a minha mente é paradoxal.
Portanto, exercer a fé significa controlar o que há na fronteira entre o consciente e o inconsciente.
"Não pare de lutar" foi a mensagem que tocou no meu coração: "Nunca falte a vocês o zelo, sejam fervorosos no espírito, sirvam ao Senhor. Alegrem-se na esperança, sejam pacientes na tribulação, perseverem na oração. (Romanos 12:11-12)"
Foi quando lembrei-me de Ludmila Ferber e sua canção "Nunca pare de lutar" gravada anos antes de ter seu câncer diagnosticado, em 2018. Teve uma vida digna, ética e seguiu os valores cristãos. Em 2019 sua fé consolidou forças para gravar "Um novo começo". Sua missão nesta terra terminou em 2022. E uma das riquezas que nos deixou além de suas realizações como humana, mulher, real, foram suas poesias em forma de canção. Melodias que aquecem alma, trazem força ao coração cansado e a mensagem de eternidade com o nosso Criador. Não tenho medo de morrer.
Ludmila foi uma boa pessoa como tantos que passaram por este mundo em suas diferentes terras, culturas, religiões e saberes. Então acredito que há homens bons. Mas há os maus: os que mantém o ciclo dos fins e dos recomeços porque são atraídos pela ganância e seus corações corruptíveis podem não admitir, mas estão envolvidos numa grande conspiração. Só que são estes os envolvidos que estão no poder e perpetuam o câncer social.
Se estou fantasiando? Não creio. Os pensadores não são aqueles que revelam a ilusão de algumas verdades, mas os que sugerem a verdade das ilusões. Por isso acredito que Jesus foi, de fato, o maior pensador e agradeço pela herança que deixou à humanidade.
Não sou cristã temendo ir para o inferno. Tento viver esses ensinamentos porque acredito que conduzem à uma vida melhor. No entanto, busco não me guiar pela religiosidade mas pela espiritualidade em que preconiza “o temor ao Senhor como princípio à Sabedoria”.
Tenho receio de não conseguir deixar nada de aproveitável para os que ficarem, pelo tempo em que ficarem por aqui. Afinal "quod in vita facimus, in aeternum resonat" - o que fazemos em vida ecoa pela eternidade (Maximus, O Gladiador).
O toque do vento na pele, a música no fundo a questionar os sentimentos e uma bebida boa a molhar os lábios jamais tocados por um ser não sereno.
Sozinha
Ela está sozinha em casa
Não tem com quem desabafar
Toma um gole de bebida
Pra tentar se animar.
Seu olhos estão vermelhos
Ela olha no espelho, então.
Não quer ficar sozinha
Mas, também não quer Cia
Ele mora na França
Ela na Turquia.
Tentei lhe salvar, ela não quis
Tentei lhe ajudar, não sorriu pra mim.
Tudo bem, um dia quem sabe, talvez.
Tudo bem, um dia quem sabe, talvez.
Em meu quarto sozinha
ando a esmo
com uma bebida em mãos
e me pego pensando em você...
Seu toque quente que
percorre meu corpo, explorando-me
sem que eu apenas peça!
Como pode ser?
Como um pessoa pode saber tanto
sobre algo que nem eu mesma sei?
E esse calor?
Era a bebida? O clima?
Talvez somente eu...
"Eu tenho medo..." - disse...
"Eu tenho experiência..." - ele respondeu...
Suas mãos serpentearam em meu corpo
tocando-me em lugares que nem eu mesma
sabe que existiam.. me fez ver tudo com outros olhos!
E agora?
O que farei?
Não me deste nem a metade do que prometeste...
Não exigistes nada do que eu te ofereci
e como pode... mesmo assim eu já me sentir tão...
tão... satisfeita?
É isso que é o prazer?
Em um simples toque posso dizer que conheci tal coisa?
E quando finalmente me explorar?
E quando tomar o que eu ofereci?
E quando estiver em meu interior,
me preenchendo,
se movendo...
Será que me darei por satisfeita?
De fato... acho impossível!
Do passado fiz uma refrescante bebida, misturando-o com bastante água gelada, deitei-me na rede do meu presente, para admirar o nascer ensolarado do meu futuro.
As Vezes terapia...., Mas no geral;nem remédio, nem bebida, nem falsos amigos, nem promessas, nem oração. A única coisa que ajuda a superar uma menina mimada, é uma Mulher.
Apostar nas relações com o Outro, dar e receber apoio, perdoar continuamente, dar sempre uma nova chance é fundamental para superar frustações e criar novos vínculos...Iracema R.🦇❤
Pronto para ir para casa
Eu já estou sendo derramado como uma oferta de bebida, e a hora da minha partida está próxima. - 2 Timóteo 4: 6
Escritura de hoje : 2 Timóteo 4: 6-8,16-18
Por ter viajado muito em meu ministério, tive que passar muito tempo longe de casa. Embora alguns hotéis prometam me fazer "sentir-se em casa", poucos conseguem. De fato, alguns me fazem desejar com fervor que eu estivesse em casa!
Durante seus últimos dias na Terra, o apóstolo Paulo ansiava profundamente por seu lar celestial. Seus pensamentos se voltaram para as boas-vindas calorosas que ele receberia do Senhor, “o justo juiz” (2 Timóteo 4: 8). Embora estivesse enfrentando a morte, os pensamentos do céu mantinham seu espírito esperançoso.
Isso me lembra um velho e seu neto que estavam sentados em uma doca no final de uma tarde. Os dois conversavam sobre tudo, parecia - por que a água está molhada, por que as estações mudam, por que as meninas odeiam minhocas, como é a vida. Por fim, o garoto levantou os olhos e perguntou: “Vovô, alguém já viu Deus?” “Filho”, disse o velho enquanto olhava através das águas paradas do lago, “está ficando tão agora que quase não vejo mais nada”.
O envelhecimento deve ser assim. Orar deve vir mais facilmente. A comunhão com o Pai no céu deve ser tão natural quanto respirar. Pensamentos em ver Jesus e voltar para casa devem ocupar cada vez mais nossas mentes. É assim que saberemos que estamos prontos para ir para casa.
Refletir e orar
Quando, pelo dom de Sua infinita graça,
me for concedido no céu um lugar,
Apenas para estar lá e olhar Seu rosto
Através dos tempos, será glória para mim. Gabriel
À medida que as sombras da vida se prolongam, os pensamentos de Deus devem se aprofundar. Haddon W. Robinson
Sem um dispositivo eletrônico ou uma bebida à mão, sem bolsos, só você, como se sente? Consegue encarar?
"Humildade é o ingrediente
que adoça a bebida da sabedoria"
[...]
Ser servido e não servir,
o legado de muitos aqui,
tiveram tempo até partir,
tantos dias sem contribuir
Antes de bater à porta,
pedindo proteção ou atenção,
não esqueça que doutro lado
também mora um coração
Sabedoria é uma dádiva,
algo a ser reverenciado
pelos ouvidos sedentos
em busca de instrução
Quem desfruta deste dom
pode usufruir seu som,
em mesmas vibrações,
no hoje e num futuro distante
Imagine só, se nesta receita,
dotada de tanta maestria
e com tantas indicações,
lhe faltasse um ingrediente?
Infelizmente,
a muitos lhes falta
o paradoxo milenar
Não querendo ser
um ortodoxo jubilar:
algo não pode faltar
[...]
Humildade é tão precisa,
é um dom o qual se pesa
numa balança de precisão
O real e a ilusão,
a razão e a emoção,
dão seus braços por ação
desse agente emulsificante
Esse misto de prazeres,
inebriado pelos seres,
dá textura e mais brandura
ao que nos é passado
O talento guardado,
do templo interior propagado,
necessita do cuidado
ao deixar os lábios e os dedos
Mãos sábias que escrevem,
provocando neurônios alheios;
mãos não estendidas,
negando-se a acolhê-los
É só olhar para a história
e ver quem se imortalizou;
Mestres, budas e profetas
semearam o bom grado
Contidas no proferir da lição,
eis que se encontram
mais do que palavras amigas:
um abraço eternizado
[...]
"Toda herança vira agressão
às gerações vindouras
se não vier acompanhada
do toque sutil da humildade"
"A mentira é como uma perigosa bebida viciante:
Você bebe um gole, depois outro e outro gole, até se embriagar nas suas próprias mentiras,
a ponto de não encontrar a maçaneta da porta,
para abrir e sair delas!"
Com o tempo percebi,
Que não só a droga entorpece,
Não só a bebida embriaga,
A fumaça do cigarro,
Não é a única à intoxicar,
O THC não é o único à fazer viajar,
Sentimentos são assim,
Tanto quanto ilusão pra mim,
Balão de gás hélio,
Em seu mais alto vôo,
Estourou,
Tornando-se em partículas,
Sopradas pelo vento,
Parte à parte,
Entre aprendizados e tormentos,
Sigo adquirindo conhecimentos,
Inebriantes,
Escaldantes ou congelantes?
Que seja.