Beber
Meu coração é como o mar: agitado pelo vento, impossível de beber e difícil de chegar nas regiões mais profundas.
Eu sou um rio que deságua no teu mar de solidão sou água limpa de beber descançando em riachão sou mar revolto abrindo os braços e abraçando a maresia, seu seio, seu sexo, sua simetria.
O amor
Acordar e levantar,
Beber uma boa xicara de chá,
Olhar pro futuro e vislumbrar
Uma possibilidade louca de amar.
Eu sei que sou do norte e do sul,
Na natureza se explica todo amor,
No romance de um simples urubu,
Ou na declaração de um beijar flor.
O amor é uma linguagem,
Onde o olho é o monitor da alma,
Não cabe nele sacanagem,
Necessário ter muita calma.
Calma para interpretar,
Os movimentos no olhar,
Os carinhos no corpo à tocar,
Os beijos calientes ao luar.
O amor é o único idioma,
Que entra no ser e o deixa mais leve,
Ao final lhe confere um diploma,
Diploma do fogo que derrete a neve.
O amor é força hipnotizadora,
E um frio que satisfaz,
Uma essência suave e arrebatadora,
Um nó que não se desfaz.
O amor é uma grande energia,
Que precisa do pulsar de um coração,
O produto resultante é a alegria,
Que se materializa na união.
Lourival Alves
QUERIA SER COMO UM RIO
Queria tanto beber em meu pranto, está seco, já não sei nem mesmo chorar...
Um rio inteiro podia cair, inundar por completo esse meu mundo deserto
Não sei bem de onde vem, é lá bem do fundo e dói tanto o meu peito vazio
Destruir é sempre mais fácil que reconstruir,
descer é mais simples que subir
Meu coração é forte, aguenta a pressão,
Mas não sou eu, eu sou vago, sou triste
Sou só.
Caminhos mil eu andei, atravessei desertos fantásticos na escuridão extrema
Me dei por completo, traí, confiei, busquei um jeito de não ser vazio
Aqui dentro o meu peito
Como dói o vazio, corrói mais que ácido
Me entrego a tortura de mim, meu peito me cala
Queria tanto poder ser abrigo, um canto qualquer, não quero ter paz
Nasci no inferno, em trevas profundas,
Eu quero ver luz, não sinto meu corpo, só tenho alma e vazia
Explode meu peito, nasci como um deus, agora sou homem, ando na vida
Cansado de tanto assim ter vivido,
Caindo sempre de canto em canto, de vida em vida...
Trazendo sempre a dor profunda, que faz de mim conhecimento
Queria tanto cair como um rio, o mar secou, a vida é árida
Tudo o que é belo não me pertence, nasci um deus
Que seja então eu deus de mim, que seja eu meu próprio pai
Eu vejo o mundo, mas não é meu, terá sido um dia?
Ando aqui e nem é por mim, eu nada sei, eu tudo sinto
Que venha o pai, que me resgate, que me dê vida, que seja eu um rio inteiro
Que seja pranto, mas que seja algo que não seja assim...
Assim me dói tanto.
Viver num mundo que não é meu, eu ando aqui, mas nem é por mim´
Foi sempre assim, nasci assim, nasci um deus, sem pai para mim
Queria tanto fazer sair aqui do meu peito o mundo inteiro
Para quê lucidez de uma vida, se ela atormenta?
Eu queria o canto do mundo, um canto lindo, um canto calmo
Queria ser rio, queria inundar o meu mundo inteiro
Queria ser louco, queria ser livre, queria partir, sair daqui
Que venha o Pai, que me consuma, que eu já não sou mais dono de mim
Eu nunca fui, eu fui sempre assim, nasci vazio
Nasci um deus
Sem pai para mim
Queria ser como rio, nascer numa fonte, descer pelo monte
Por campos verdes andar, ser forte corrente, e bem lá na frente, voltar a ser mar
Inundar o abismo, o vazio de mim, poder no meu tempo evaporar
Subir lá pró alto, meu peito abrir, livrar o tormento
Queria chorar, chorar forte pranto, vir lá do alto
Tomar as entranhas da terra, subir a montanha, ressurgir numa fonte
Queria ser como um rio, por vezes tranquilo, mansinho
No tempo fugaz, trazer na corrente do meu pensamento
Somente um conto do vale encantado, ter sido por mim
O mundo criado.
Não sei, sou assim, sou meu próprio destino
Eu sou o meu canto, não, não vejo meu pranto
Porque no meu mundo, eu sou deus de mim.
(Adilson Santana) (Queria Ser Como um Rio)
ISBN: 9789898080790 - Arquivo. Biblioteca Nacional de Lisboa - Portugal
Aquele que beber a água da fonte da sabedoria divina não perecerá pois estarás celificado com o reino dos céus, viverá na plenitude celestial.
Cada dia vivemos em desafios com a nossa capacidade de colocamos em prática a nossa fé em Deus.
Haverá um dia em que comer e beber, dormir e vestir-se, divertir-se e gastar dinheiro terão um fim. Haverá um dia em que o seu lugar estará vazio, e que falarão de você como alguém que já morreu, que já se foi. E, onde você estará, se tiver vivido e morrido sem pensar a respeito de sua alma, sem Deus e sem Cristo?
Gosto de escrever poesias, fotografar a irmã Natureza, namorar deitada na rede, beber muita água de coco e fazer de tudo... um pouco!
Poetizadora - Helena Bernardes
Helena Mulher Bicho do Mato
Não maltrate o nordestino
que sofre desde menino
sem ter água pra beber...
tem a seca que castiga
tem o oco na barriga
e quase nada pra comer.
Quero ver o amor pedir licença, quero ver o mundo em silêncio tornando-se sem fim.
Quero beber o futuro no cálice da vida para voar aonde alcançam as asas da imaginação.
QUIETO-ME !
Gosto desse gosto
de beber devagar meus silêncios.
De salivar cada segundo
meus tantos.
Aqui...
sozinha no meu canto
é somente eu comigo mesma.
Seja num gosto doce
ou torpe ...
Mas é meu .
Gosto
Pra depois
libertar-me da gaiola
com minhas próprias mãos
quando anseio e
ouso voar .
Pra levantar novamente e
com sede de sempre mais
lamber todo o mar !
Por isso ...
Quieto-me nesse instante
Me faço dormente
a pulsar batidas
de pensamentos distantes
na mente .
Gosto disso !
Depois volto
tranquila
serena
e com fome de mais alento ...
Eu sei...
Porque fui feita sob a
luz da lua e o som
do vento!
"Tem gente que parou de beber, por causa da ressaca, assim como eu parei de amar por causa das decepções."
Casal Contemporâneo
Te odeio a ponto de te amar.
Tanta sede, sou capaz de beber o mar.
Sua chama de tão azul é fria.
Você é tão distante que eu iria
Tornei-me cego que viu até demais.
Você é a prova do desgosto que quero mais.
Não queira beber meu sangue, ele está misturado com álcool, você pode perder a lucidez e fazer coisas que jamais fez.