Baú
... E foi então que ela resolveu abrir novamente o coração, como se abre um baú velho, para uma olhadela rápida. Pensou em conferir se aquele amor de outrora ainda permanecia intacto. Imaginava-o um tanto quanto desgastado, certamente bastante empoeirado, já que fora trancado ali há tempos, numa tentativa desesperada de evitar os ferimentos que lhe causavam os espinhos pontiagudos todas as vezes que tentava tomá-lo nas mãos.
Qual não foi sua surpresa ao constatar que ele simplesmente havia desaparecido! Lembrou-se do quanto lhe custou trancafiá-lo. Era bem maior e muito mais robusto do que o frágil recipiente que o recebera. Foi com muito esforço e após muitas lágrimas que havia conseguido, por fim, sufocá-lo.
Agora, no entanto, não restava sequer um fragmento, uma centelha, um diminuto sinal que pudesse indicar que algum dia houvera ocupado por completo aquele coração!
Vasculhou atentamente cada pequena dobra, olhou contra a luz, sacudiu vorazmente... Nada!!!
Resolveu, então, procurar pela casa. Não se lembrava de tê-lo feito, mas imaginou que em algum momento, numa dessas noites em que a gente se arrepende de ter se permitido um pouco mais, por descuido, pudesse ter deixado aberta a tranca. Olhou em todos os cômodos, dentro de cada gaveta, em cima dos móveis mais altos, embaixo dos tapetes... Absolutamente nada...
Refez mentalmente os passos que a haviam conduzido até ali, buscando imaginar em que parte do caminho poderia tê-lo esquecido, mas não havia como. Já não o carregava mais por aí, exibindo-o inadvertidamente, como um dia ousou fazer.
Lembrou-se então de que as mães sempre sabem onde estão todas as coisas, mesmo aquelas que conseguimos esconder de nós mesmos:
- Mãe, a senhora por acaso sabe onde está aquele amor enorme que eu guardava aqui dentro do meu coração? Já vasculhei cada pequena fresta da minha vida, e não o encontro em lugar algum...
- Aquele que me levou tantas vezes a te consolar, a te pedir calma e paciência, dar tempo ao tempo?
- Esse mesmo, mãe.
- Passou, exatamente como eu disse que aconteceria, lembra?
- ...
Mães sempre sabem de tudo.
Estou a horas revirando esse baú de sentimentos dentro de mim. Achei tanta coisa bonita aqui dentro, também tantas tralhas que vezenquando, ainda me pergunto como eu superei isso. Achei também o rancor e ele estava me contando do que eu passei. Segundo ele, foram noites em claro, chorando por uma coisa inútil, que não valia à pena. Encontrei a saudade, mas essa eu encontro sempre. Vive andando pela casa e me fazendo lembrar o que foi embora; Toda vez que me encontro com ela me desabo em lágrimas. Logo depois encontrei a raiva, e nossa, nunca usei tanto um sentimento como esse. No fundo desse baú encontrei finalmente o amor, o motivo de todos os outros existirem. Ele me falou que sempre está comigo. Às vezes desacordado, mas volta e meia ele desperta desse sono com apenas um sorriso. Pedindo para que seja doce, que seja carinhoso, que seja diferente... Que seja novamente apenas amor.
Não pense que apaguei o passado, só coloquei no baú da lembrança! E agora estou construindo uma nova historia. Mas, não fique triste comigo, fazemos muitos planos juntos eu sei, mas esquecemos que Deus tem os dele também, e o nosso roteiro que haviamos planejado foi alterado, mas levo você comigo e todos os momentos...Sempre vou lembrar de você, e quando isso acontecer irei te abraçar com carinho e te darei um beijo, só não ficarei para o café...Mas o aroma irei levar comigo sempre..."
Pensamentos é o baú de segredos da vida de uma personalidade, onde expomos ao mundo apenas o que nos convém, e guardamos o que nos condena.
Hoje é um outro dia !!!!!
Não remova do fundo do baú as desilusões !!!
Se isso acontecer , jogue o baú no lixo !!!
Viva a vida !!!!!
Passe a ver sempre e somente o azul do céu !!!!
É Você quem vê!!!!
A CAIXA DE PRESENTE...
Olhei para o passado e encontrei um baú cheio de mofo e empoeirado…
Olhei para o meu hoje e vi um dia frio e nublado…
Olhei para o meu amanhã e eis que um anjo desce do céu e entrega-me uma caixa com um laço colorido como enfeite…
E o que tem dentro?
- Não sei, quando chegar o momento certo eu abro e vejo se gostei ou não desse presente…
Afinal, não dizem que o futuro a Deus pertence?
Peensei ter encontraado um baú de pedraas preciosas, mas com o tempo descobri que eram falsas.
Não as joguei fora, poorq me acostumei com ellas, mas não significaa que continuo tendo admiração por ellas. Coloquei-as de lado, não permiti que se misturassem com miinhas preciosidades.
Só to deixando o teempo passar, nãao cuido mais, não protejo mais, não busco entende-las. Alias, não vale a pena morrer por qm nãao merece a tua admiração.
Vaii pensaando quee eu to ligaandoo pra o que vaai acontecer ou pra o que vão fazeer, antes eeu me importava, maas agoraa vc ée só maais uma cartaa foraa do meeu Baralhoo !!!!
Trancado a sete chaves,vivo dentro de um baú,não ser visto a olho nú,apenas secreto,discreto e para sempre sozinho
NO BAU
ENTRE POEMAS E CRÔNICAS
VOU ABRINDO MEUS LIVROS
QUE TRAGO DENTRO DE MIM
DAS HISTÓRIAS DE MUITAS VIDAS
FICA ALI NUM CANTINHO
MEU BAÚ EMPOEIRADO
MEU FIÉL COMPANHEIRINHO
DENTRO DELE... QUASE TUDO
MEUS SONHOS ESPERANÇAS
ONDE COLEQUEI OS PEDAÇOS
DE TUDO QUE JÁ VIVI
NELE FALO DA VIDA DE FLORES
DAS VIDAS DE MUITAS VIDAS
NA FAMOSA ENTRELINHA
TU PODES VER TANTAS COISAS
ATÉ ESCUTAR MINHA ALMA
O MEU CORAÇÃO PALPITAR
AQUI EU FALO COM GRAÇA
DE TODAS AS NÃO DESGRAÇAS
EU DOU RISADA COM A VIDA
QUE ME LEVOU DE MANCINHO
NÃO ME DEIXOU SOZINHA
ME DA SEMPRE MUITAS HISTÓRIAS
DE AMORES QUE NÃO VIVI
DE OUTROS QUE NUNCA TIVE
DAS COISAS QUE EU NÃO FIZ
DO QUE FIZ E NÃO GOSTEI
DOS AMIGOS QUE ENCONTREI
DE OUTROS QUE NUNCA OS VI
DE TANTOS QUE JÁ SE FORAM
OUTROS NEM TÃO AMIGOS
MAS MEUS FIÉIS COMPANHEIROS
DAS NOITES DE MADRUGADA
SANDRA MELLO-FLOR
Relendo o baú de meus escritos
Sinto vir dos mais remotos verbos idos
Algum remorso e a virtude em ter sido.
Amizade não se conta em dias e nem em anos, porque a amizade é que nem um baú de relíquias. Quanto mais antigas, mais valiosas serão.
Talvez deve-se eu fazer como o Davy Jones, arrancar meu coração e guarda-lo em um baú para que o amor não pudesse mais feri-lo.
Sinto que hoje recolhi minhas coisinhas, elas pequenas do fundo do baú , aquelas melhores lembranças, vi que por hoje eu quero ficar em casa, sentar no sofá, e ver televisão, ou jogar um jogo qualquer até que meus dedos não agüentem mais, até que meu corpo não agüente ficar mais parada, vejo que a velocidade das coisas me assustou um pouco, acho que eu estava indo rápido demais, e foi essa inércia que acabou comigo
Desisto. Peguei todo amor, guardei em um saquinho, depois na caixinha, coloquei no baú, tranquei e joguei a chave no poço sem fundo. Agora vou guardar o baú no coração para ele ficar maleável e vou viver intensamente com meus EXS. Eita coisa boa! Acho que vai me render alguns degraus nessa vida. Passos a frente.
Preserve seu baú
Revirar um baú é quase como entrar em uma máquina capaz de te fazer voltar no tempo.
Árdua a decisão do que deve continuar lá e o que já não nos faz falta e devemos jogar fora.
Cada coisa - por menor que seja - ganha um forte simbolismo depois que o tempo passa. Ah, e ele faz questão de passar rápido.
O baú (ou estante, cômoda, gaveta) é o objeto que nos faz nos sentirmos bem, relaxar enquanto o reviramos.
Oi tudo bem?
Você nada mudou...
O que andas fazendo?
E o amor?
Eu tô por aqui
Revirando o baú da memória
Tentando achar você
Eu tô bebendo igual um louco
Solteiro de novo
E você?
Eu tô bem,
Segui meu caminho também
Tenho uma filha
E algumas feridas, mas tô bem...
Então me diz porque
Não foi só minha mão que tremeu
E esse brilho no olhar seu?
Parece que o amor nunca morreu
Tá vivo, como você e eu...
Já passou tanto tempo
Desculpa tenho que ir
Foi bom te encontrar
Mas... Não se engane com o meu olhar
Eu te amei e você sabe
Decidimos por um fim
Talvez foi o destino
Que quis assim...
Eu não posso deixar
Você ir assim
Eu preciso dizer
Eu nunca dei certo com ninguém
Pois você ainda é
O meu bem...
Desculpe ter que te falar em um encontro casual
Mas eu te amo
Isso é real...
O amor é um baú com tesouro
Enterrado em uma ilha deserta
E, todos nós, estamos incansavelmente
À procura do mapa.