Baralho
Quem se joga na vida está sujeito a cair. Mas levantar com classe e continuar com a mesma ousadia, é só para os curingas do baralho.
Embora esteja embaralhada
As cartas são todas de Copas
Assim nunca cai Espadas
Te peço truco e tu topas
Assim faremos o jogo
Amor sem Espadas nem Paus
E não precisamos de Ouro
Meu tesouro protejo dos maus
Protejo-te até com minha alma
Em pról do que nós dois queremos
Seis, nove, doze,
Fim de jogo, nós dois vencemos
Paus
Sem araras
Com elas
Grudadas
Deitadas
Sentadas
Sem nada
Sem trégua
Arre, égua!
Pra tudo
Pra mundo
Pra ter
Pra ser
Fecundo
Pra ver
Sorrir
As rachas
Rachadas
Em chamas
Chamando
Em chincha
Agora
Em hora
Em live
Enclave
Em clava
Embora
Um grito
Ecoe
E foi!
É duro
É naipe...
É gol!
Das desgraças onde naufragam a honra e o dever, em todas as classes sociais, não há origem mais frequente do que o jogo.
Vício terrível é o jogo e, assim como todas as águas correm para o mar, também não há vício que não se possa encontrar no jogador.