Frases de Balzac
"Muitos homens de ação são propensos ao fatalismo e muitos homens de pensamento acreditam na providência."
A poesia, a pintura e todos os sublimes gozos da imaginação, têm sobre os espíritos elevados direitos imprescritíveis.
Seus filhos, como todos os filhos do amor, teriam por herança a maravilhosa beleza da mãe, presente tantas vezes fatal, quando a miséria o acompanha.
Bebendo longos tragos da taça da ciência, da poesia, com elas se inebriando para esquecer as desventuras da vida da província.
Queria mandar e tinha de obedecer. Entre obedecer a caprichos grosseiros, a espíritos sem indulgência para com seus gostos, e fugir com um amante que lhe agradasse, ela não teria hesitado.
Existem, com efeito, certas sensações incompreendidas que devem ser guardadas em nós mesmos. Certamente que um pôr-de-sol é um grande poema, mas não será ridículo para uma mulher descrevê-lo com palavras grandiloquentes diante de criaturas materialistas?
Para ela tudo era sublime, extraordinário, estranho, divino, maravilhoso. Animava-se, se encolerizava, se abatia, alcandorava-se, e quer olhando o céu ou a terra, seus olhos se enchiam de lágrimas. Gastava a vida em perpétuas admirações e se consumia em estranhos desdéns.
Não havia ao seu redor homem algum que lhe pudesse inspirar uma dessas loucuras as quais se entregam às mulheres impelidas pelo desespero que lhes causava a vida sem finalidade, sem acontecimentos, sem interesses.
Permaneceu ereta e forte como uma árvore que houvesse suportado o golpe de um raio sem ser abatida. Sua dignidade se elevou, sua realeza a fez preciosa e quinta-essenciada. Como todos que se deixam adorar por quaisquer cortesãos, ela imperava com os seus defeitos.
Queria ver esse poeta, esse anjo! Tomou-se de amores por ele entusiasmou-se, falou dele horas inteiras.
Luciano passou por todos os terrores, esperanças e desesperos que martelam o primeiro amor e o metem tão fundo dentro do coração com os golpes dados ora pela dor, ora pelo prazer.
- Não poderíamos contentar com esta felicidade?
E o pobre poeta cometia a tolice de responder: - Sim.
O segredo das grandes fortunas sem causa aparente é um crime esquecido porque o serviço foi bem-feito.