Balões

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Os arrogantes são como os balões: basta uma picadela de sátira ou de dor para dar cabo deles.

Tem gente que é como os balões: lindos por fora, mas cheios de vento.

Sonhar é bom, é como voar suspensa por balões.

Clarice Lispector
Correio feminino. Rio de Janeiro: Rocco, 2013.

Há algum tempo venho trocando minhas âncoras por balões, quero subir, flutuar, crescer, não quero nada que me sirva de peso e me jogue pra baixo... tem dado certo.

Que eu consiga flutuar no céu azul e como uma pluma ser levada pelos balões alcançar a mão de Deus e a ele entregar meus sonhos coloridos...

" Quando eu era criança eu tive uma febre
Minhas mãos se sentiam como se fossem dois balões

Agora eu tenho essa sensação mais uma vez
Eu não posso explicar, você não iria compreender
Isto não é o que eu sou. "

Existem pessoas que fazem cirurgia bariátrica, inflam balões no estômago, afinam a silhueta, mas não conseguem diminuir o tamanho da língua que amaldiçoa.

Hoje acordei desejando que meu dia seja assim como os dos balões: coloridos, leves e prontos para alçar novos vôos. Pois o céu NÃO é o LIMITE!;

Elimine as âncoras que não te levam a lugar nenhum e se agarre aos balões que te permitem voar bem alto.

Eu não suporto esses balões e nem
Os 'com quem será'
E eu nem conheço a maioria
Das pessoas

Assim como os balões precisam ser aquecidos por ar quente para subir, os sonhos necessitam de força de vontade e conhecimento para acontecerem...

NOSSOS SONHOS

Como balões colridos
que pelo alto se vão
são nossos sonhos de vida
que saem do coração
vão subindo
às vezes sumindo...
Temos que segurá-los
com teimosia agarrá-los
presos ao nosso barbante
Evitar que fiquem distantes...

mel - 1107/11

__ Por cargas d’água! O que leva alguém a colecionar balões?
__ São suas cores. Sua leveza. São suas explosões.

Coisas da esquisitinha que tinha um cérebro que batia e um coração que pensava.

⁠Rosas e balões

Quando jovens, somos balões cheios de sentimentos em um lindo jardim de rosas, e por elas somos atraídos, de longe, pelo seu perfume, de perto pela rara beleza, mas ao toca-las somos apresentados aos espinhos e esses podem ser o nosso fim.

A. Cardoso

BALÕES NO CÉU

Dizem por aí que amigo deve-se guardar a sete chaves e realmente hoje tenho a certeza de que quem inventou essa frase não tinha dúvidas do que dizia.
Vou contar-lhes uma história, um pedaço da minha vida itinerante.
Janeiro de 1994, período de clima instável, ora chove, ora sol, ora nenhum dos dois. Até poderia chama-lo de bipolar.
Conheci uma menina de olhos grandes e negros, como uma jabuticaba. Uma morena de cabelos jogados nos ombros, levemente queimados pelo sol e bagunçados pelo vento.
Uma pessoa de alma lavada, espírito livre. Dizia-se dona do próprio nariz.
Me encantei pelo seu sorriso tímido e ao mesmo tempo avassalador.
Me intrometi e me apresentei como o Viajante.
Ela empolgada como se houvesse ganhado na loteria, disse que havia ganhado um amigo para a vida toda.
Não entendi aquela empolgação, mas fiquei feliz pelo desfecho daquela apresentação.
Triste, ao mesmo tempo, por saber que logo partiria à minha vida de nômade e deixaria aquele encanto para trás.
Ao decorrer do dia, andando pela cidade amontoada de gente e carros, coisa que um viajante como eu está acostumado a ver, a moça dos cabelos esvoaçante puxou-me pelo braço apressadamente me levando em direção a um lugar cheio de árvores, quase pouco visitado por pessoas, porque por animais era habitado.
Perguntei-lhe o porque estava me levando tão apressadamente para aquele local, ela ofegante me disse para ter paciência por que ela queria me mostrar algo diferente.
Curioso e com um sorriso no canto da boca, segui, sendo praticamente arrastado rua adentro.
Sentamos na grama ela tirou de sua bolsa algumas unidades de sacos de balões coloridos, tipo bexigas. Dei uma gargalhada sem graça e lhe perguntei o porque daquilo. Ela empolgada com a situação começou a enchê-los e na pausa de uma respiração me disse que ela iria me ensinar a colorir o céu.
Não querendo deixa-la chateada pela minha maneira de ver aquilo como algo tão bobo, a ajudei a encher os balões, amarrando- os a minha mochila para não voar.
Depois de todos cheios, ela pegou em minhas mãos, olhando firmes em meus olhos, me disse que para onde eu fosse, todos os dias ao entardecer, olhasse para o céu e lembrasse que momentos inesperados poderiam colorir meu céu.
Continuei sem entender aquele espírito livre. E fiquei imaginando o que ela queria me dizer com aquelas palavras.
Desamarramos os balões e soltamos um a um, junto ao vento gelado, gradativamente colorindo o céu.
Por fim, juntei as minhas coisas, dei-lhe um abraço apertado e fui embora, rumo às novas caminhadas que ainda meus pés não haviam alcançados.
Mesmo ao passar dos dias, me lembrava daquela pessoa diferente de alma lavada, tentando entender o porque daquele momento que ela tanto insistiu para alguém como eu, desconhecido, vivenciar.
Em um dia desses, quando finalmente tive a oportunidade de poder lavar minhas roupas sujas e desgastadas pelo uso, passando a mão nos bolsos da minha calça achei um papel com um nome e um número de telefone, e adivinhem... Era da moça dos olhos negros!
Apressadamente, corri ao comércio a beira da estrada e pedi uma ficha telefônica. Fui ao orelhão e liguei para aquele número incansavelmente até a ligação cair na caixa de mensagens. Chateado, voltei a lavar minhas roupas imaginando que ela havia me passado o número errado.
Coisa de 40 minutos, o dono do recinto apareceu ao meu lado com respiração afoita dizendo-me que havia alguém na linha retornando a minha ligação.
Fui correndo atender, achando ouvir a doce voz da menina de espírito livre e para o meu espanto era um homem. Achei estranho e achei que era engano, mas o mesmo se apresentou como pai da moça.
Perguntei dela e ele me contou, que a menina sofria de uma doença grave, não tinha amigos, nem animais. Deprimida, se rendeu a doença
e havia morrido no mesmo mês em que parti.
Naquele momento eu entendi, o porque da tal empolgação que a moça havia tido quando me apresentei.
Aprendi que para se ter um amigo não importava como, nem quando, muito menos onde. Mas sim os momentos registrados por ele.

Ontem milhares de balões azul flutuantes em comemoração ao Dia mundial da conscientização do autismo. Depois de um ano apreciando eles estáveis e oscilantes na calmaria da imensidão do céu segurados pela mão tranquila e semblante sereno do meu filho autista, hoje um deles se solta e estoura na imprevisibilidade de mais uma crise e dos pedacinhos do balão o que vejo são os caquinhos de vidros pelo chão.

Amores são como balões, ao escapar voam cada vez mais longe, cada vez mais alto, dificultando a sua recuperação.

Todos os dias carrego meus balões,
encho do puro gás todas as minhas bexigas e saio por ai a flutuar.
Encontro todo tipo de gente; os que ajudam a calibrar as que vão murchando, os que trocam aquelas que já furaram,
e alguns que até sorriem quando elas estouram.
Mas um fato não nego nem por pressão.
Todos contribuem para que eu flutue e chegue ao meu destino ainda que o vento esteja em condições adversas,
e sou GRATO à todos,

A mentalidade positiva é como o ar quente dos balões, te leva pra cima.

E se o dia continua cinzento
eu invento...
Solto balões coloridos...
E te convido
para com eles bailar
no ar...

mel - ((*_*))