Bairro
Do banco da praça vejo um bairro inteiro
Eu quero é poder estar em uma praça
construída aqui mesmo no bairro
e me sentar em um banco qualquer
ao lado de uma estátua de bronze qualquer
- homenagem póstuma a um desconhecido qualquer -
que ao menos 'sabe' porque está lá.
E observar os pássaros em festa
sobrevoarem afoitos os jardins cercados com arame colorido
para mendigar meia dúzia de grãos de milho que alguém jogou ali
enquanto flores exuberantes caem das árvores a todo tempo
como se compusesse um lamento em lágrimas e pétalas.
Eu quero é poder viver o tempo que me resta
e apreciar a vida calma nas manhãs agitadas
do vai e vem das pessoas apressadas
pelos inúmeros caminhos possíveis na periferia.
E poder viver mais uns cem anos
só para ver concretizar amanhã todos os planos
que hoje apenas não passam de sonhos
e ver surgir ao longe o fim, solução para toda essa tristeza
que hoje toma conta de nossos corações
e nos cega diante de tanta aspereza, desumanidade e ausência.
SOBRE A RELIGIOSIDADE DO BAIRRO COPACABANA EM BELO HORIZONTE, MINAS GERAIS...
E eu que não tenho religião
[...] Parei para observar a procissão que tomou conta de minha rua ontem e por todos os lados que olhava, via pessoas com velas acesas às mãos cantando uma canção em tom de ladainha, capaz de inquietar qualquer um. Repetiam sempre com muito entusiasmo um refrão melodioso, acompanhado sempre pelo som de um violão extremamente afinado seguiam rua acima, passo a passo, verso a verso incessantemente.
Feito quando era criança, fui transportado à varanda de minha casa e convidado a ser expectador daquele evento. Maravilhado em ver tanta gente agindo em cooperação, tive a sensação de estar novamente em comunidade. Com o movimento de tanta gente junta todas as casas do entorno, postes de luz, asfalto e concreto sumiram. Tudo parecia como antes, intocado!
O mato alto nos lotes vagos, o caminho escuro de terra vermelha e argila cintilante, o barro na sola dos sapatos dos adultos, o vento, as minas d'água por todo o percurso, os sapos coaxando, os vaga-lumes brilhando no céu à frente de todos, o cri-cri... dos muitos grilos existentes, o cheiro de Dama da Noite, o incômodo do pinga-pinga da parafina das velas derretendo e queimando os dedos, o medo à véspera da sexta-feira da paixão.E até mesmo o velho campinho onde aconteciam as barraquinhas e feiras do bairro estava lá. Tudo parecia exatamente como antes.
Quis seguir o cortejo e cantar com eles suas cantigas celebrando a alegria de estar em comunidade novamente, por alguns instantes esqueci, inclusive, que eu não era católico e que havia optado há muito tempo atrás por não ter mais religião, optado por ser sem religião. E devido a essa minha decisão anterior, não conseguia compreender aquela minha aflição emotiva; não fazia muito sentido para mim estar tão tocado com tal acontecimento. Talvez fosse isso... Não era um simples evento casual, era um acontecimento, como antes!
Os meus olhos marejaram de ver, de ouvir, de sentir tanta energia positiva em trânsito. E mesmo quando passou pela rua o último integrante do cortejo e sumiu na curva dos olhos após virar a esquina da rua de cima, seguindo em direção à rua de baixo, no rumo da capela da única praça do bairro, ainda era possível ouvir os passos da multidão e o clamor da ladainha efusiva ecoando pelo ambiente e atingindo aguda os canais auriculares das pessoas, nas muitas residências hoje existentes. Quando tudo acabou... a vontade era de chorar. Mas sentia-me bem demais para tal.
Anda ão meu Bairro e vamos curtir,
vais ver que vais sair daqui a sorrir.
A estrada é longa e temos muito por fazer,
e agora fico por aqui no que tenho a dizer.
Hoje dei uma passada em um bairro aqui de Guaíba, muitas casinhas com telhado de zinco ou brasilite, fiquei imaginando como sobrevivem a este calorão de 45 graus, famílias sem ao menos um ventilador, como conseguem? criancinhas que não tem culpa desta desigualdade social enfrentando o calor e o mosquito, como conseguem dormir? Não devo pensar muito, só em pensar ja passo mal.
Nas ruas do meu bairro, eu me perco eu me acho,
nestas ruas, nasci, cresci, vivi e continuei
encontrei, amor, desamor, e não desanimei,
Saudações, cumprimentos, saudades e abraços,
crianças, jovens, idosos, por ai cada um no seu passo,
Gatos, cachorros, papagaios e capachos,
afetos, desafetos, agrados e desagrados,
ruas, de terra, de enchente de lama e de barro,
pessoas, bonitas, alegres, tristes andando no compasso e descompasso,
Guarulhos, Itaim, Ermelino, vizinhos das regiões ajacentes,
por aqui por estas vielas e calçadas estão sempre presentes,
pessoas do bem, trabalhadores e os resistentes,
se encontram nos pontos de ônibus nas madrugas em dias frios, chuvosos, ou quentes
sempre resistentes,
assim foi minha avó e agora sou eu,
caminhando na labuta da parte que é da terra, daquilo que é meu,
tao linda ficou a praça, Padre Aleixo Mafra,
cheia de luzes no final do ano, com as árvores enfeitadas...
com tanta iluminação poderia ser este bairro qualquer parte do mundo,
Nova York, Paris, Tokio,
Mas é São Miguel City, meu bairro querido,
só uma prece eu sigo no meu rumo,
ó senhor cuida do meu bairro, da minha família e dos meus amigos, que por aqui faço a minha parte e de mim eu mesma também cuido....
Com a casa em ordem!!
O sujeito estava namorando a morena mais gostosa do bairro, aquela qual todo mundo gostaria de dar uns amassos.
E logo já anunciaram casamento...
Mas, depois de alguns meses de paixão, a rotina tomou conta do casamento.
- Amorzinho - disse a morena
- a torneira da pia está quebrada. Você não vai consertar?
- Eu não, eu não sou encanador! - responde o marido.
Depois de alguns dias:
- Amorzinho, os ladrilhos do banheiro estão soltos, você não vai consertar?
- Cê tá doida! Eu não sou pedreiro!
Mais alguns dias:
- Amorzinho, meu guarda-roupas está com problema, você não vai consertar?
- Cê ta maluca! Eu não sou marceneiro!
Um dia o sujeito teve que ir viajar por uma semana.
E quando voltou encontrou tudo consertado.
- Quem consertou a pia? - perguntou o marido.
- O Sampaio - respondeu a morena.
- E os ladrilhos do banheiro?
- O Sampaio também.
- E a porta do nosso guarda-roupas?
- Ora, o Sampaio!!!
- Mas onde você arrumou dinheiro para pagar o Sampaio, se eu não deixei dinheiro para você?
- Ah, meu bem, quando eu perguntei como poderia pagar, ele me disse que eu tinha duas opções: ou fazia alguns pasteizinhos ou ia pra cama com ele...
- Aquele ordinário! Eu mato aquele desgraçado! Como é que ele fala assim com você? Quantos pasteizinhos ele comeu?
- Cê tá louco? Eu não sou cozinheira!!
Aqui é uma fazenda no bairro mata velha
Em Divisópolis Minas Gerais.
As pessoas ocuparam ela
Essa terra é grande demais
Este lugar está muito movimentado
Dizem que o banco tomou do dono
Pois ele estava endividado.
De noite eu não tive sono.
Então resolvi compor essa poesia
Falando sobre um acontecimento na cidade
O povo ficou com bastante alegria
pois querem que os lotes sejam financiados
Construiram aqui vários barracos
Nem sei o que vai dar
Se alguém pensa que os terrenos vão ser dados
estão enganados, não sei o que vai acontecer, vamos esperar.
Bairro, lua e serenata tocando em meus sentidos. Onde os amigos mortos e as horas de luz que não regressam?
Onde os quintais murados de silêncio, e as pitangueiras manchando de vermelho os lábios da manhã?
"Não adianta trocar de casa, de bairro, de cidade,
de país, sua hora vai chegar, Deus é justo !!!
Se você não trocar de você, não adianta NADA.
Tudo tem sua hora, tudo tem seu TEMPO não adianta fugir,
Deus sabe o que faz !!!"
#justiçaéfalhamasnãotarda #ficaadica #issoésóocomeço
Senti a solidão que é dizer um sorriso
Nesse bairro de vizinhos calados
Mudei pr'aqui e só consigo ouví-los
Quando vêm a discutirem no pátio.
Mudar de um país para o outro, não é como mudar de bairro. Mudar de pensamento, requer discernimento para seleccionar o que vale a pena e o que não vale a pena levar - só de pensar !
Temos um bairro em nossa cidade chamado Cotia. Estava procurando um casa para comprar nesse bairro e lembrei-me: Paca, tatu, cutia não. Pensei! Isso pode ser um aviso, vamos procurar em outro lugar. Rs rs rs...
Nasci em 1990, na cidade de Salvador, no bairro de Nazaré, fui uma criança esperada e muito amada. Meu pai tinha adoração por mim, mas me foi arrancado muito depressa, não deixando em memória mais que duas lembranças de minha infância. Aprendi a ler com 2 anos de idade, através da minha mãe, que com toda paciência fazia colagens de letras em papel branco, recortadas de revistas no chão da sala. Enquanto isso, meu pai, motorista de carretas, passava o dia fora trabalhando, para levar o sustento da família.
Aos 4 anos, fui surpreendida com um fato que mudaria toda a minha existência. Meu pai almejando melhores condições de vida viajou conosco para o Mato Grosso com uma promessa de trabalho, que não se concretizou, e então na volta para a Bahia, em 1995, na cidade de Luz, em Minas Gerais, aconteceu um grave acidente: o ônibus em que estavamos retornando se chocou de frente com uma carreta desgovernada. Meu pai dormia em sua poltrona, sem o cinto de segurança, e foi arremessado, ficando preso entre as ferragens. Ficou em coma por 3 meses e voltou para casa sem andar e sem falar. A expectativa de cura dos médicos era 5 anos. Com o passar dos anos ele voltou a andar e falar, porém com graves seqüelas, perdeu a capacidade de raciocinar e memorizar os fatos, se tornou agressivo e inapto para trabalhar ou tomar decisões.
Cresci ouvindo de todos, as qualidades de meu pai, embora ele estivesse na mesma casa que eu aos cuidados de minha mãe, eu sentia falta de afeto. Principalmente nas fases de adolescência e pré adolescência. Eu era quieta, magra, desengonçada, dentuça, ingênua e uma das melhores alunas da classe. Fui vítima de bulling em três escolas.
Na vida da minha mãe se instalou um quadro de depressão, que se intensificou na minha passagem da adolescência para a vida adulta, surgindo uma competição e difícil convivência entre nós. A carência e a falta de estrutura contribuíram para que eu fosse mal sucedida em meu primeiro namoro sério, aos 17 anos, me tornei uma pessoa insegura, infeliz, adquiri um bloqueio, que me prejudicou nos anos seguintes, mesmo depois do término.
Garanto a você, que apesar de ter enfrentado muitos problemas, tirei lições que foram primordiais para alcançar a maturidade.
Bom,eu sei que sou bem educado e tenho respeito com todos seja na escola,no bairro,na minha rua e principalmente em casa,os vizinhos e as pessoas que me conhecem respeitam a minha mãe que me educou,algumas mamas pretende ter um filho como eu.Mas meu querido amigo eu te aviso se tu não quere me perder como amigo porfavor não me falte respeito.
Quando vivemos EM SOCIEDADE (seja entre amigos, família, bairro, cidade, país ou o próprio planeta), a preocupação primária deve ser sempre o "RESPEITO ao PRÓXIMO, à INDIVIDUALIDADE e DIGNIDADE de todos", nossas diferenças vão de raça, crença, gastronomia... NINGUÉM É IGUAL!
NENHUM ser humano é obrigado a viver EM SOCIEDADE, mas se optar em viver está OBRIGADO a saber lidar com estas diferenças, esta DIVERSIDADE, necessitamos APRENDER E PRATICAR o respeito a nós mesmos e ao próximo, pois que nossas ações AFETAM diretamente a sociedade que ESCOLHEMOS para viver, trago comigo este ensinamento desde criança na seguinte expressão: “nosso direito COMEÇA QUANDO O DOS OUTROS TERMINA, da mesma forma que TERMINA QUANDO O DOS OUTROS COMEÇA”!
Senti sua falta.
Fui até o bairro Campo verde,
Conversei com pessoas,
Mas, ti estava em minha mente.
Meu coração bateu forte,
Olhei pro horizonte, vi brilho seu,
Isto apenas meu pensamento fortaleceu.
Durante esta saída , volta,
Algo incomodava,
Via muitas flores lindas,
Cada uma era bem parecida com sua fisionomia.
Acredite até o cabo dela se corpo parecia,
Veja, sinta, perceba, diferenciada sinta,
Porque ?, simples és mulher mais linda,
Se ! vejo, no seu olhar é difícil não sentir nada,
Queria, quero, adoraria por ti ser amada
Eu não acredito que tem bairro. Não é possível. Nenhum sistema tem campo de bairro.
Assim não dá para concluir o sistema, é impossível.
A ARTE DE ENVELHECER
Manchete que estava estampada no jornal do bairro:
"Velho de 51 anos morre atropelado no dia mundial sem carro".
Quase morri também! 51 anos...velho??? Eu tenho 52 !
Em compensação, no mesmo dia, recebi de um amigo, um artigo em que a jornalista Regina Brett, de Cleaveland, celebrava sua chegada aos 90 anos no apogeu de seu trabalho criativo e cheia de energia. Alguns dos seus segredos:
* Não compare sua vida com a dos outros. Você não tem ideia do que se trata a jornada deles.
* Tudo pode mudar num piscar de olhos; mas não se preocupe, Deus nunca pisca.
* Respire bem fundo. Isso acalma a mente.
* Ninguém é responsável pela sua felicidade, além de você.
* Perdoe tudo de todos.
* O que outras pessoas pensam de você não é da sua conta.
* Deus te ama por causa de quem Ele é, não pelo que você fez ou deixou de fazer.
* Seus filhos só têm uma infância.
* Tudo o que realmente importa, no final, é que você amou.
* A vida não vem embrulhada em um laço, mas ainda é um presente
Quando disse para o meu amigo Mário que também pretendo chegar “lá-pela-casa-dos-noventa-cem", ele reagiu dizendo: " Não vamos limitar a graça de Deus"!
Acabou a energia.
Lá no bairro onde eu estava.
Mas o céu com sua magia.
Todo campo iluminava.
As estrelas pareciam.
Brincar pertinho do chão.
E havia tanta luz.
Que mesmo sem energia.
Não se via escuridão.
Eu ali maravilhado.
Com a beleza da lua.
Que parecia sorrir.
A iluminar a rua.
Acabou a energia.
Era noite, já tardinha.
E eu ali procurando.
O brilho da estrela minha..
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