Bairro
Querer desenvolver o melhor restaurante do bairro é difícil. Construir a melhor loja (comércio em geral) de uma cidade é algo dificílimo. Acima disso, a pressão e as condições são completamente
diferentes
Quem não se movimenta, não se permite viver coisas novas, morar em outro bairro, estado ou país, não sente os grilhões que os prendem.
As correntes que impedem a dinamicidade da vida
Essas pessoas estão fadadas a repetição do meio em que vive, dos dias comuns, medíocres, iguais.
Ex-Con no bairro
Deixe sua luz brilhar diante dos homens, para que possam ver suas boas obras e glorificar seu Pai no céu. - Mateus 5:16
Roddy Roderique cumpriu 17 anos de prisão perpétua e pediu uma liberação antecipada antes do tribunal superior de Montreal. Seu pastor, Charles Seidenspinner, estava testemunhando em seu nome.
“Por que esse homem deveria ser libertado?” Perguntou o procurador da Coroa.
"Porque Deus entrou em sua vida, e mudou-o, e vai mantê-lo firme", respondeu o pastor.
“O que você quer dizer com 'Deus entrou em sua vida?'”, Perguntou o juiz. Ele ouviu pensativamente enquanto o pastor compartilhava em detalhes como Cristo transforma uma vida. O juiz então fez uma pergunta carregada: “Suponha que esse homem seja libertado. Você o quereria por um vizinho?
"Meritíssimo", disse o pastor, "isso seria maravilhoso! Alguns de meus vizinhos precisam ouvir a mesma mensagem que mudou sua vida ”. Roddy foi libertado e hoje está vivendo para o Senhor e é ativo em sua igreja.
Como pecadores perdoados, todos os cristãos são “ex-contras” que louvam Aquele que nos chamou das trevas (1 Pe 2: 9). Quando nossas vidas são caracterizadas por conduta honrosa e boas obras, elas são fortes evidências da verdade para aqueles que falam contra nós (v.12).
Senhor, que minhas palavras e ações convençam as pessoas de minha vizinhança de sua necessidade de Jesus.
Você é chamado com um chamado sagrado
A luz do mundo para ser;
Levantar a lâmpada do evangelho
Que os outros a luz possa ver. —Anon.
Jesus pode mudar os mais pecadores pecadores para os melhores santos.
Dennis J. DeHaan
‘VALE DO TAPAJÓS: UM BREVE RELATO...’
Meu bairro tem apenas doze anos. Passou a minha idade! Tenho dez, mas sou muito pequeno para o meu tamanho. Tem um lago aqui próximo onde juntos quase moramos. Quase todos dias me levam lá! Aqui não tem água encanada ou esgoto para jogar resíduos. Ninguém está imbuído em ajudar o bairro que eu amo…
Não tem praças para meus amigos me levarem ou brincarem. Quando chove é o melhor dia, na brenha da mata, fazendo alegrias, adoramos brincar na lama! A rua é querido abrigo, tão largo, tão vasto, tão plano. Serviço público aqui só promessas, já há todos esses anos. Sei não! Mas acho que o atual está se recandidatando. Muita gente gosta dele na cidade que eu canto. Pode ser bom lá nos outros, mas aqui é ledo engano…
É um bairro periférico suburbano. Posto de saúde não tem! É uma tremenda agonia. Sempre me levam em outros, quando vou lá todo dia. A principal é cheia de buracos e quando chove? Ah meu Deus quando chove! Ir à escola mais próxima é engano. E quando lá chegamos, não tem merenda! O professor está revolto, é tanto baixo o salário que nós quase não reclamamos. A vida aqui é bonita, mas turbulenta e esquecida. Vejo a rua sempre larga, imagino cada casa, às vezes fico voando…
Mamãe foi para casa da patroa. Ela é meio à toa, fica igual a eu sonhando: com uma escola bem pertinho, um pouco de água tratada, famílias com boas moradas e uma creche para o meu maninho. Amanhã faço onze anos! Nunca tive aniversário e nem cultivo. Mas isso não me deixa bobo. Sou contente com o pouco, ´só queria ter mais anos. Alguém para escutar os gritos, ver meu Vale bem bonito, e voltar para casa andando…
Você foi a flor mais bonita do meu jardim,
O bairro mais bem feito da minha cidade,
O amor que tomou posse de mim de verdade
Você foi meu tudo,
E eu fui um pedaço de calçada para você
Um bizarro bairro de desmaiadas cores
estende-se vago pela colina,
rompendo-se solto de movimento,
como pinceladas delirantes de um esboço
engolido pela natureza.
Já no escuro, cá fora, de baixo,
vejo-o beijar a noite em êxtase de estrelas,
e ouço gemidos de moribundos
que se esvaem nos ventos leves.
Como vivem felizes sob o lume que não se extingue,
tão cheio de luar, embebido num infinito prazer…
E todavia bocejava constantemente,
entre os desbotares de gozo e de cansaço,
como se de um sonho se tratasse…
Os pássaros avançam em meu redor
e invadem-me aromas de árvores e flores,
abraçam-me as tintas, os sopros e o calor,
e eu, tal e qual… amortalhado de impressões,
e nelas a inacessível confidência dos meus sentidos.
Já não sei quem sou, nem de onde venho,
ora para onde vou. Enfim perdido
na inconsistência dos sonhos…
Flutuando, eu que me achava deitado no rochedo,
adormecido à tardinha…
Junto a mim, em mim,
a fronteira entre o ilusório e o tangível.
Em cada esquina, divagações… E a vida que corre
como um poema…
Nova casa , Novo bairro Nova cidade Novo começo?
Onde estou que eu não reconheço?
Quem são os transeuntes a passar pela porta
Quem são os ouvintes atentos da nossa vida torta
Onde estão os amigos que com custo conquistei
Foram deixados para trás
Há umas duas ou três rodoviárias que parei
De cidades que eu realmente nunca visitei.
Puxa que vida legal!
Dizem aqueles a qual profundamente invejo
São as crianças que levam uma vida normal
Desde que nasceram vivem sobre o mesmo teto ...
Uma esquina movimentada do bairro Boqueirao, rua Anne Frank. Lá estava ela, com vestido vermelho, lábios vermelhos, cabelo vermelho; impossível não nota-la, e quem não a visse, com certeza, sentiria seu cheiro, um perfume doce, inebriante.
Estava eu saindo da casa de uma ex patroa, acabava de pegar um vale, 500 reias, estava louco para tomar uma, sentir a energia de um bar, falar e ouvir besteiras naturais do local. Entro, peço uma latinha e uma dose de conhaque, viro de uma vez a dose, desce quente, esquenta a boca, garganta, peito e, por fim, arrepia. Em seguida tomo um gole da cerveja para dar uma gelada. Todas as vezes que ia naquele bar ao qual não conhecia ninguém, ficava por uma ou duas horas, mas naquele dia não estava legal o clima, então resolvo ir embora. Saio meio chapado da bebida e pego a rua Anne Frank, quando levanto a cabeça, vejo lá na frente um vulto vermelho, iria virar a esquerda mas resolvo ir reto para observar de perto. Vou andando em sua direção, quanto mais perto mais atraente parecia aquela mulher; com seus cabelos longos, de um vermelho vivo, seu vestido a balançar com o vento, o mesmo que me trazia seu cheiro doce. Estava há uns dez metros dela quando senti que fui natado, ela me olhou de cima a baixo e virou o rosto. Nos cruzamos e eu falei meio baixo, meio com medo "o que uma linda faz aqui?" Ela "programa!"
-Sério ?
-Sim, amor!
- Como funciona?
- Você me paga e eu sou sua por uma hora, você vai ser bem feliz nesses minutos.
Poeminha: “ O meu bairro”
No meu bairro tem árvores onde mora bem-te-vis
Tem Mariana que mora próximo ao supermercado
João mora pertinho de mim.
Eu moro aqui, na rua Principal.
Na minha rua tem sorveteria, igrejas e um hospital.
No meu bairro tem de tudo; Banco, padaria e banca de jornal. Ah, tem parquinho para crianças e rampas para quem é especial.
Meu bairro tem um nome bem bonito; Capanema. Nome indígena que tem oito letras.
A casa da vovó e do vovô fica numa rua bem estreita. A rua estreita se chama Leveza.
Eu amo andar pelo meu bairro. Fico tão feliz que até esqueço que aqui existe tristeza.
Os amigos são próprios de fases: do bairro, de infância, do ensino fundamental, do ensino médio, da faculdade, do emprego, do curso de inglês, da academia, dos rolês de bike, da poesia, do blog. Todos significativos em cada etapa de formação. Não estão em nossa frente diariamente, mas estão em nossa personalidade, determinando, de modo imperceptível as nossas atitudes.
Uma Pessoa entre bilhões de outras
Morando em um Bairro igual a outros, dentrode um Estado, entre outras federações de um País entre tantos outros.
Tudo isso existindo dentro de um continente, participante de um Bloco Político, parte de um planeta irmão de outros, que orbitam uma estrelas, astro maior de um sistema chamado solar, que não é tão grande se comparado a outras estrelas que dominam outros sistemas em números acima dos milhares, compondo nossa Via Láctea, uma Galáxia igual a outras tantas que ultrapassam bilhões de unidades no Universo que estima-se possuir inexatos 13,5.000.000.000 de Anos/luz, e que a ciência, diante da ficção, desconfia que é apenas mais um entre outros infinitos multiversos...
Só então, olhando por essa perspectiva, entenderemos que nada somos além do que já existimos, e que diante do todo, somos tão invisíveis que o mais simples átomo parece mais expressivo que nossa fétida e suja existência moral.
Não é porque as coisas estão todas bem na sua rua, no seu bairro, que no resto do mundo também estão.
Um velho feliz é minoria aí no seu bairro?... O que você está fazendo com sua história emocional?... Seremos a média do que construímos na história da vida? Você é a coleção dos sentimentos que experimenta ter?.... A vida que se vive é apenas a vida que você levará até o dia da morte?
Homem que toda mulher sonha,
é aquele que pegue em suas mãos
e saia pelas ruas do bairro com ela.
É aquele que sem nenhuma vergonha,
carregue a sacola dela...
Que a pé,
lado a lado,
mostre a todos a sua mulher,
sem esconde-la em um carro.
Homem assim é raridade,
um homem de qualidade.
COVEIRO
Mudei-me para o bairro do pé junto,
lugar calmo e de muita urbanidade,
porém recanto morto da cidade,
pois, pra vizinho, tenho só defunto.
Eu mesmo me respondo se pergunto,
e, sem por que falar amenidades,
já penso com maior profundidade,
comendo pão de queijo com presunto.
Coveiro sou, estou a edificar
um bairro para baixo, nos canteiros
onde todos irão se aconchegar.
Sou construtor dos lares derradeiros,
e vou cavando sem me preocupar,
pois nunca fiz enterro de coveiro...
Marcos Satoru Kawanami