Bailarinas
Mulheres...
são orquídeas
bailarinas
disfarçadas
de meninas
nas sendas da vida
dobram o vento
quebram tabus
vestem tutus
de renda
são orquídeas
floridas...
Bailarinas
Bailarinas são seres maravilhosos.
Elas conseguem fazer um movimento delicado sem deixar transparecer o esforço que é preciso para exercê-lo;
Suas lindas sapatilhas escondem horas de dedicação á treinos pesados, que resultam em pés surrados e calejados;
Com a dor elas se acostumam para poder dançar sem descer da ponta dos pés, mantendo sempre o sorriso no rosto e a cabeça erguida até o fim do espetáculo;
Por esses e muitos outros fatores vejo algo de especial nas bailarinas, visto que por trás de tanto encanto e sedução nos olhares da platéia, há garotas nos camarins enfaixando seus pés com esparadrapo para amenizar a dor e mais uma música dançar.
Todos esses sacrifícios com o simples objetivo: ter a liberdade de sonhar e ser feliz, exercendo a sua própria paixão.
Falam de bailarinas, de estrelas cadentes e flores. Falam de amores, de destinos, esquinas, borboletas e odores. Mas poucos falam do artista em seu mergulho no meio, sem medo e sem freio, num oceano de caos. E ao unir os extremos, teremos, sem pressa, a composição de um poeta, que beija na cópula, o corpo e a alma do bem e do mal.
DIA CINZA
Vejo água
A ventania se aproxima
Árvores trêmulas
Dançando feito as bailarinas
Olhos cheios d'água
Começou o chuvisco
Logo logo a chuva cai
Turbilhões de pensamentos
Rosas de vento
Giram sem parar
Noites conturbadas
Insônia aguçada
E os pensamentos em você
Mentiras mal contadas
Confiança desperdiçada
E finalmente a chuva cai
É tanta água
Para apenas um par de olhos
Vejo uma claridade
É o raio de sol na janela transparente
Que me tira o sono
E me oprime
Que me faz a cada dia
Ser a Utopia
De um alguém diferente.
INOCENTES DO LEBLON
Os inocentes do Leblon não viram o navio entrar.
Trouxe bailarinas?
trouxe emigrantes?
trouxe um grama de rádio?
Os inocentes, definitivamente inocentes, tudo ignoram,
mas a areia é quente, e há um óleo suave
que eles passam nas costas, e esquecem.
E olho para o mar....
e sinto o mar.
Vejo suas águas bailando.
Verdadeiras bailarinas.
E sonho com meu marinheiro...
que ainda irá voltar.
E sonho!
E espero..
.e vejo esperanças,
escritas nas
saias rodadas das ondas.
Que banham meus pés.
E acariciam minha alma.
Elas me apaziguam.
Sabem que me completo,
com meu doce marinheiro.
De roupa branca,
a caráter.
Que logo irá,
em seus braços me tomar.
Venha logo marinheiro...
deixa as ondas lhe trazer,
e me deixa navegar
em seu corpo,
banhado de sol,
de mar,
de vento e de natureza.
Me deixa sonhar.
É nesse mar,
que encontro o amor.
Pétalas...
são vestidos
de bailarinas.
Que vestem as flores,
quando elas dançam
com o vento,
na primavera!
Pétalas...
são agasalhos
para as flores,
enfrentarem o
ardente inverno.
E permanecerem
belas e perfumadas.
Pétalas...
São tapetes coloridos,
que as flores enfeitam
o chão em pleno outono,
para o amor passar!
Pétalas...
São chuvas de sonhos,
que despem as flores
no ardente verão.
Para elas se bronzearem.
Pétalas...
São sonhos e inspirações
de poetas românticos.
Que jogam ao vento...
Para o universo declamar!
A Poesia é Bailarina
As bailarinas são como as mais belas poesias que voam sendo então reclamadas nas pontas
Maestria calculada as impressões em todas as estações
Força e leveza de suas expressões transcendente felicidade que seja qual for o enredo sempre serás poesia
No mundo... As aves voam e cantam, as bailarinas saltitam e dançam, os peixes nadam, as crianças são felizes... E eu? Eu vivo sem uma asa pra voar, sem uma música pra dançar, sem um mar pra nadar e sem a felicidade de uma criança.
Somos iguais as bailarinas das caixinhas de música, que a nossa amizade aciona os nossos dispositivos, e não paramos de bailar, sendo entoada uma melodia, que nos alegra, inebria e inspira a perseverar...
Sem jamais desvanecer, retroceder...
O nosso maior alvo é o Reino dos Céus; e com certeza, nos reencontraremos na glória, numa amizade que jamais acabará; ela é eterna como as nossas almas.
Como bailarinas naturais
As plantas dançam
Ao ritmo do vento
Que as balança
Dançam valsa
Sem os pés mexer
Pois infelizmente
Suas raízes
Ao chão presas estão
Limitando seus movimentos
Ao balançar de um tufão.
Os políticos brasileiros são bailarinas do lamaçal, dançadores de tangue no carnaval, destoa o ritmo da gestão no descompasso perverso da ganância, cada passo de forró é um pinote enlouquecido, média, perseguição, imprudência, violência, e tem mais, é esquerda, é centro, é direita, tudo frequenta o brinquedo camicase no parque simbólico das travessuras, eita que esses meninos sapecas tem vontade de brincar, brincar de poder, de cifras, de ter, escandalosamente o povo é envolvido nesse palco ordinário, pula meu coração e suspira minha mente, a poesia que alivia é a que insensato não sente, é a vida violada, é a esperança engaiolada, é os interesses particulares, os segredos oculares, o Brasil é professor da opressão, o povo é a aluno dessa condição, e os políticos mera decepção.
Giovane Silva Santos