Aviao sem Asa Fogueira sem Brasa sou eu assim sem
Sou como um paralítico que encontrou na imobilidade o meio de evitar as suas quedas.
Sou rico? Todos estão prontos a dar-me a própria pele; / sou pobre? Ninguém me quer dar nem uma moeda.
Pego a primeira parte para mim porque me chamo leão, / a segunda, sois vós a dar-me porque sou robusto, / a terceira cabe a mim porque valho mais. / A quarta, pobre daquele que ousar tocá-la.
Não sei se sou autoritário. Durante as filmagens, sou decerto uma pessoa diferente, sem tempo para delicadezas. Mas será que, numa operação, o cirurgião diz: poderia me passar o bisturi, por favor? Muito obrigado. Claro que não. Ele só diz: bisturi!
É preciso usar trovões e fogos de artifício celestes para falar com sentidos frouxos e dormentes.
Mas a voz da beleza fala baixo: ela se insinua apenas nas almas mais despertas.
Eu sou a impulsividade e a calmaria.
A tempestade e o sol que brilha.
A mulher e a menina.
Eu sou MIL e sou única.
Sou Alma.
Eu também sou sempre rotulada (...), mas eu ignoro as regras e sou feliz assim. Mas, no fundo, eu queria encontrar o verdadeiro amor.