Aviao sem Asa Fogueira sem Brasa sou eu assim sem
Gosto da simplicidade mas prefiro a complicação. Sou um pouco de melâncolia com drama. E uma mistura de egoísmo e amor.
Faço planos em cima de pessoas que nem lembram de mim, escrevo para amores que já me esqueceram. Sou um verdadeiro oposto do que a sociedade manda e eu não tenho medo de ser o que eu sou, não mesmo.
Salto, maquiagem fortíssima, cabelo hidratado e copo de vodca na mão. Aos poucos percebo que sou intensa demais e preciso me comportar. Mais vodca, mais sorrisos, mais entregas. Nem ligo muito na hora, na verdade, a consciência pesa depois. Mais vodca, corpo mais leve e passa um menino e me leva junto. Quero voltar, e consigo. Volto, mais vodca, mais dança, mais entregas. Pensamento chega. Pensamento vai embora, quero ir embora mas ao mesmo vou ficando, já que sou uma nova menina com novas ideologias. Corpo leve, agora eu estou fácil, bem fácil.
Não sou santinha, não sou boazinha. Sou uma menina que faz coisas certas e erradas e isso é absolutamente normal. Chega um dia que é preciso crescer. Chega um dia que a gente quer desistir e outros, queremos tentar. Chega um dia que o mundo não suporta mais sua carência e te rotula. Chega um dia que partimos para outra, já que estamos cansadas de esperar por alguém que não se importa.
Sou uma menina com ideologias e atitudes complexas. Minha alma é pesada, é triste, é sombria. Tenho pensamentos obscuros, tenho vontade de parar a qualquer momento. Mas eu não me dou o valor que tão pedi para o mundo que me desse. Com a falta desse menino, conheci tanta gente, me virei em cada situação, pude enfrentar o mundo na base do grito ou até mesmo na base do silêncio.
Sou um poeta compositor, sou um músico escritor...
Prefiro ser apenas um homem, homem esse que te entrega o amor!
Sou água, meu sinuoso caminho entre as pedras me leva a grandes quedas, e como ela me ergo sublime até o céu...
Se sou feito á tua imagem porque é que durmo na calçada?
Será que pedir a paz entre os homens é pedir demais?
Porque é que sou discriminado se somos todos iguais?
Sou um forasteiro
vindo de algum lugar distante.
Sigo sempre adiante,
mas deixo saudades
por onde eu passar.
Sou um estranho
que todo mundo conhece.
Sou alguém que cresce
a cada tropeço no meu caminhar.
Já fiz escolhas equivocadas,
mas voltei atrás em todas elas.
Pintei meus caminhos em aquarela
para sentir alegria na hora de voltar.
Às vezes olho para trás
Só para ver o quanto eu fui longe,
mas é só olhando para frente
que eu enxergo aonde os meus pés
estão tentando me levar.
Sou fogo que arde,
sou água que molha.
Sou riso, sou luto,
sou lágrima no olhar.
Penso no futuro
como quem morre de fome,
mas meu passado é tão pleno
e sempre vem me saciar.
Sou um forasteiro
cuja bagagem são desejos;
por onde eu passo espalho beijos,
e onde eu piso
flores insistem em desabrochar.
Sigo tranqüilo,
um sonhador ilimitado;
eu sou um estranho que caminha ao lado
dos que querem da mesmice se libertar.
Tenho sede de crescer, sou ambiciosa sim, mas pro meu próprio bem. Sonho, e muito alto, mas com uma divergência das diversas adolescentes de dezesseis anos que encontramos hoje. Eu sonho com os pés no chão. Meu principe encantado virou um sapo e o cavalo pó a flutuar na brisa a muito tempo.