Aviao sem Asa Fogueira sem Brasa sou eu assim sem
Sou velho para alguns, novo para outros e na idade adequada para quem está dentro da faixa etária do entendimento dos meus pensamentos e dos meus sentimentos.
Alguém, certa vez me falou - Você é louco? Cada um que se vire! respondi - Sim. sou louco e prefiro continuar assim me virando com todos.
Quem me conhece, ao menos um pouco, sabe que sou uma caixinha de surpresa. Sempre tenho novos acordares após velhos deitares. Talvez seja eu uma mutante, uma aberração ambulante, ou apenas uma sinceridade transbordante.
Não dou conta de fingir pra não ser julgada, criticada e mal falada.
O som das palavras alheias só me importa quando me acrescentam, caso contrário, faço ouvido mouco e meio como um louco sigo meu caminho sem afetação.
Pra menos sofrer tenho uma técnica de armazenamento e descarte.
Toda opinião alheia assim que processada é enviada para um de dois compartimentos.
Ou vai para caixinha de reflexão, ou para latinha de lixo.
Não costumo guardar rancores por muito tempo... Prefiro descartá-los o mais rápido possível... Só é necessária uma mísera bactéria para contaminar toda uma população.
E mesmo causando espanto fico na lembrança dos que pelo menos um pouco me conhecem, pelo fato de ser tão autentica quanto me é possível ser.
Aqui encontrei aconchego.
Muito obrigada pela acolhida
Sou feliz por ser bem-vinda,
Minha amiga, meu amigo!
« Sou simples mas exigente, verdadeiro para quem o respeita, discreto mas observador. Enfim, mais um que existe sem fazer sombra a quem o rodeia. E agora Paizoca...Pois...mas muito amado pelos meus filhos e pela minha mulher...enfim...um sortudo...
Algures na Cidade
Quando o ex reaparece
Sou de ciclos, acredito no virar a página, trocar o livro, seguir em frente. Tenho muito medo de recomeços com ex. Fico ligada a tudo que não deu certo, ao porque não deu certo acompanhado do não era pra ser.
Não deu certo porque não tinha que dar certo. Não me sinto mal resolvida com ninguém, o que passou, passou, a etapa encerrou, a vida mudou e eu continuei seguindo com dor, sangrando, chorando até o ponto que deixou de doer, que não incomodou mais, até o ponto de perceber que ambos estão felizes ao seu modo e da sua maneira. A vida continua, nos reencontramos, nos desejamos bem e algo fica no ar como se precisássemos completar algo que ficou pela metade, pode até ser que isso me confunda e que tenhamos algo mesmo para resolver, já que ele sumiu às vésperas de um concurso importante, muito importante para mim o que me desconcentrou quase atrapalhando meus planos de aprovação. Tive que deixar o choro para depois, tive que ser mais racional possível para que ele não atrapalhasse meses de estudo e madrugadas acordada. Também tem o fato de que nunca me senti de fato namorada dele, me sentia como se ele estivesse comigo para não estar só. Como se eu fosse uma companhia agradável, eu não me encaixava nos seus projetos de curto, médio e longos prazos, não me encaixava nem nos seus projetos de namorada. Não me sentia valorizada, querida e amada. Agora o vejo refletir sobre as "possibilidades", que possibilidades? Tem muitas coisas que me fazem refletir, porque que os potenciais homens da minha vida só me valorizam depois que me perdem? Porque viro sumidade, suprassumo, grama linda e cheirosa só depois da ausência? Porque o meu lado independente e firme não é valorizado e após um tempo o mesmo lado vira fascinação? Bom, minha cabeça racha e eu não encontro tais respostas. Eu continuo seguindo em frente sem você. Pode até ser que um dia o cuspe caia na cara e eu te dê alguma chance, mas para isso você vai ter que me conquistar e começar do zero, não de onde parou, porque daquele jeito não me contentou, não me satisfez, não me fez feliz, por isso acabou.
A difícil arte de ser quem sou!
Não é fácil ser quem sou... Não trilho pela vida em caminhos planos, em brancas nuvens, mas também não passarei em branco... Não deixarei vazia a parte que me coube neste mundo... Vou retocando este croqui que nunca chega à arte final, mas espero que ao fim, eu possa entregá-lo se não perfeito, mas acabado, um projeto do qual a vida me encarregou e que é meu dever fazê-lo da melhor forma possível... Quase nada recebi como subsidio para chegar até aqui... Quando me trouxeram nada me deram além de uma planta desenhada pelo destino, que nunca representou o que sonhei um dia ser, a qual no compasso do tempo fui modificando, nada encontrei senão um terreno vazio e inóspito esperando por mim, no qual afixaram uma placa cujas inscrições eram: “Esta será você... Esforça-te e seja alguém"... Tive que fazer do material bruto matéria prima para iniciar o que hoje sou... Claro que trago calos e calos na alma pelas muitas vezes que tive que me reerguer sozinha, lutando contra tudo que tentou me desmanchar... Não é fácil construir-se sem ter tido moldes, terreno propício e estrutura... Pouca ajuda tenho do destino e o tempo só torna mais feia e sem brilho a minha pintura íntima... Tenho que correr atrás de novas cores que não o preto e branco que a vida me entregou, trazendo novas tonalidades para dentro de mim, dando pinceladas aqui e ali para disfarçar defeitos, colorir meu interior... Neste meu árduo trabalho de arquiteta de "ser”, muitas vezes quando pensei estar construindo pontes, estava levantando muros, fazendo paredes onde deveria ter feito portas, esquecendo-me em muitos momentos de abrir janelas por onde entrasse a alegria de viver, fincando esteios sem alicerce, construindo na areia e não na rocha e por isso tremendo na base a cada vento fraco que passou por mim...Muitas vezes, na ânsia de ser grande, construí labirintos e me perdi em mim mesma ,vagando por corredores infinitos, perdendo o prumo, e o rumo e sem conseguir me encontrar...E não raras vezes, ao invés de quartos arejados, teci casulos por anos a fio, esperando asas que quando vieram já me encontraram sem forças para voar, mas nem por isso rastejei, nem por isso perdi o nível... Alguns me olham e me julgam pronta... Longe disso... Às vezes quando quase me sinto assim, temporais me assolam, rajadas de vento me açoitam, ondas vêm e destroem o meu cansativo trabalho de uma vida inteira, levando para longe o que estava ao alcance das minhas mãos... Pequenas coisas atingem o meu lado mais frágil, onde por razões óbvias não coloquei escoras, não me protegi e lá vou eu de novo, começar da estaca zero onde pensei que havia posto um ponto final... E assim sigo reformando-me reconstruindo-me, colocando remendos em rachaduras que as essas mesmas intempéries fizeram... Portanto, não me julguem pelo meu exterior... Quem vier a me conhecer por dentro poderá se surpreender com matizes na minha alma, com lugares secretos e aprazíveis que fiz como refúgio para quem necessita achegar-se... Verá que por trás da minha aparência simples há uma fortaleza medieval. E por nessa construção ter sido mestra e não ajudante, tive a chance de conhecer cada parte de mim, tenho consciência de todos os meus defeitos... Conheço cada palmo desse chão onde usei o prumo da sensatez para aplainar, conheço cada centímetro dessa casa chamada alma e coração, onde habitam meus sonhos, minhas desilusões, meus anseios, minhas alegrias... Sei do que necessito para vir a ser aquilo que serei: Essa obra chamada "EU", a impossível arte de ser quem gostaria, a difícil arte de ser quem sou!
Me falam que sou idiota, alguns medem minha capacidade de acordo com meu tamanho, pessoas me julgam sem me conhecer
As emoções fazem parte de minha vida. Amo perdidamente, sofro loucamente, odeio plenamente... sou assim intensa e volúvel. Não procure me entender porque nem eu consigo.
Sou santa para os pervertidos e pervertidas para os castos.
Sou incerta, contraditória, insana e depravada, amada e odiada.
Procuro pelo que me dá prazer e esqueço-me dos problemas, procuro os problemas e encontro prazer.
Os opostos são coisas pequenas que não definem de fato o que sou, sou uma mutação rápida e constante.
Sou parecida com um exame cardíaco, minha frequência é incerta e meus lábios nada dizem, quando querem dizer. E falam quando o silêncio é necessário.
Não acredite rapidamente nos meus olhos eles são oblíquos como os da Capitu.
"Sou andarrilha mundo afora
Vi muita coisa bela deslumbrante
Mas beleza igual minha terra jamais encontrei ...
Meu pais tropical no meu coração levei
De onde
vim trouxe meu sorriso e por onde andei la deixei .
Cleice Melo
Mentir ao dizer
que sou seu amigo
quero ser e seu amor
tudo que fiz como
amigo era para
conquistar o seu
amor.
Sou incompleto, sou o resto, sou sonhos inacabados, sou as lagrimas dos bons, sou a esperança de quem já si foi, sou tudo que não deu certo. Sou um cemitério de boas intenções, nele jaz tudo todas as esperanças e sonhos mal depositados. Espero que isso tudo acabe, espero que eu me acabe. Rapidamente, sem dor, sem lagrimas, sem ao mesmo si arrepender. Quero morrer, morrer pra mim me entender, ver minha vida passar diante meus olhos e ver aonde eu errei, ver o por que, ver tudo isso e no ultimo ato dar um simples sorriso e dizer: Acabou.
Sou apenas uma terra seca e sem flores, esperando que tu derrames sobre mim as gotas reflorestadoras de teu amor.
Utopia
Lembrei-me das venturas
Das sombras na penumbra
Onde sou apenas um
Onde todos são nenhum
Sonhei com risos e paixões
Ouvi pianos e violões
Senti perfume, toquei o vento
Em meu pequeno mundo
Me vi por dentro
E como eu sou em mim
A mim não conhecia
Voltei-me para fora
E vi o amor que não me via
Voei até ao mar
E de lá pude enxergar
Que junto com as estrelas
A bela noite escura
Fazia-se clara com a Lua
De longe eu te avistei
Como a luz então voei
E bem pertinho de você
Um doce beijo eu roubei
E nesse beijo senti o amor
Que em sonhos eu vivia
Ao acordar eu saberia
Que era tudo utopia.”
Sou a voz entalada na garganta, sou a luz das estrelas ofuscadas pelo sol, sou aquilo que não sei o que sou, Talves algum dia irei descobrir, pensando , vivendo , morrendo a cada segundo, e o tempo nao para e nunca vai parar para que eu possa pensar.