Aviao sem Asa Fogueira sem Brasa sou eu assim sem

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Eu te amo. Mesmo negando. Mesmo deixando você ir. Mesmo não te pedindo pra ficar. Mesmo estando longe, eu te amo. E amo mesmo.

Eu achei que quando passasse o tempo, eu achei que quando eu finalmente te visse tão livre, tão forte e tão indiferente, eu achei que quando eu sentisse o fim, eu achei que passaria. Não passa nunca, mas quase passa todos os dias.

"-Eu não te ligo. Apenas estou te ligando. Eu não bebo. Apenas estou
bebendo. Eu não lembro que você existe. Apenas estou lembrando."

Quem me vê sempre parado, distante
Garante que eu não sei sambar
Tou me guardando pra quando o carnaval chegar

Eu sinto falta de querer fazer amigos em qualquer festa, só pra conhecer gente estranha e te contar depois. Agora, eu fico pelos cantos das festas. Voltei a achar todo mundo feio e bobo e sem nada a dizer. Porque eu acho que estava gostando mais das pessoas só porque te via em tudo. Agora as pessoas voltaram a me irritar. E eu voltei a ter que fazer muita força pra sair de casa.

Considero as Escrituras de Deus como sendo a filosofia mais sublime. Eu encontro mais marcas de autenticidade na Bíblia do que em qualquer história profana, seja qual for.

Minha maior tristeza é que todo novo amor que eu arrumo vem sempre com algum velho amor tão longo e bonito. E eu sofro porque com pouco tempo não consigo ser melhor que o muito tempo. E de sofrer assim e enlouquecer assim, nunca dou tempo de ser muito para esses amores porque estrago antes.

Eu prefiro ser uma metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo.

Raul Seixas

Nota: Trecho da música Metamorfose ambulante.

Quando eu perder a capacidade de indignar-me ante a hipocrisia e as injustiças deste mundo, enterre-me: por certo que já estou morto.

Antes eu até sorria, hoje vejo os copos cheios e as pessoas vazias.

Eu não entendia, não entendo e nunca poderia entender – veja bem, ela dizia me amar. Sim, claro, eu sou uma doente mental que acredita no que nos dizem...

Eu decidi, desde muito cedo, apenas aceitar a vida incondicionalmente. Eu nunca esperei que ela fizesse nada especial por mim, apesar de eu conseguir alcançar muito mais do que cheguei a imaginar. Na maioria das vezes essas coisas só aconteceram sem que eu procurasse por elas.

"Fazia tempo que alguém não ficava tão calado enquanto eu apenas existo, fazia tempo que alguém não ficava tão perdido só porque me encontrou. "

Eu gosto de andar pela rua, bater papo, de lua e de amigo engraçado. Eu gosto do volume, do perfume, do ciúme, do desvelo e de abraço apertado. Eu gosto de artistas diversos de crianças de berço e do som do atchim. Tem gente, muita gente que eu gosto, que eu quase aposto que não gosta de mim. Eu gosto de quem sempre acredita a violência é maldita e já foi longe demais. Eu gosto de inventar melodia, da palavra poesia e de palavra com til. Eu gosto é de beijo na boca de cantora bem rouca e de morar no Brasil. Eu gosto assim de quem é eterno de quem é moderno e de quem não quer ser. Eu gosto de varar madrugada, de quem conta piada e não consegue entender. Eu gosto de quem quer dar ajuda e acredita que muda o que não anda legal. Eu gosto é de ver coisa rara. A verdade na cara é do que gosto mais. Eu gosto porque assim vale a pena, a nossa vida é pequena e tá guardada em cristais. Eu gosto é que Deus cante em tudo e que não fique mudo morto em mil catedrais.

Amar não acaba. É como se o mundo estivesse à minha espera. E eu vou ao encontro do que me espera.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho da crônica As três experiências.

...Mais

Até que o sol se vá, eu ainda tenho uma luz.

Sinceramente, não sei porque dou bola pra certas coisas sabendo que eu deveria esquecer. Simples, é porque você ainda se importa.

Porque eu te amo, tu não precisas de mim.
Porque tu me amas, eu não preciso de ti.
No amor, jamais nos deixamos completar.
Somos, um para o outro, deliciosamente desnecessários.

Roberto Freire
Ame e dê vexame

A feiura é o meu estandarte de guerra. Eu amo o feio com um amor de igual para igual.

Clarice Lispector
Água viva. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Eu sabia que era preciso tempo. Cada perda tem sua hora de acabar; cada morto, seu prazo de partir, e não depende muito da vontade da gente.