Avião
Não sou contra os defensores dos animais. Sou contra disponibilizarem um avião para socorrem um pinguim e não disponibilizarem um aparelho de oxigênio para uma criança no interior do município.
a possibilidade de acertar, no verdadeiro amor.
é como soltar uma agulha de um avião na selva amazônica
e desçer pra proucura-la
O SOBREVIVENTE
Após um acidente de avião, o único sobrevivente agradeceu a Deus por estar vivo e ter conseguido se agarrar a parte dos destroços para poder ficar boiando.
Este único sobrevivente foi parar em uma pequena ilha desabitada e fora de qualquer rota de navegação Com muita dificuldade e restos dos destroços, ele conseguiu montar um pequeno abrigo para que pudesse se proteger do sol, da chuva, de animais, e para guardar seus poucos pertences. Novamente agradeceu.
Nos dias seguintes a cada alimento que conseguia caçar ou colher, ele agradecia. No entanto um dia quando voltava da busca por alimentos já de noite, ele encontrou o seu abrigo em chamas, envolto em altas nuvens de fumaça. Terrivelmente desesperado ele se revoltou. Gritava chorando:”O pior aconteceu! Perdi tudo! Deus, por que fizestes isso comigo?” Chorou tanto , que adormeceu, profundamente cansado.
No dia seguinte bem cedo, foi despertado pelo som de um navio que se aproximava. “Viemos resgatá-lo”-disseram. “Como souberam que eu estava aqui?”-perguntou ele. “Nós vimos o seu sinal de fumaça!”
É comum sentirmo-nos desencorajados e até desesperados quando as coisas vão mal. Mas Deus age em nosso benefício, mesmo nos momentos de dor e sofrimento. Lembre-se: Se algum dia o seu único abrigo estiver em chamas, esse pode ser o sinal de fumaça que fará chegar até você a Graça Divina.
Confie.
Deus é mesmo fiel.
Sempre apreensiva quando tenho de viajar d avião, embarquei e escolhi um lugar perto de um cidadão de aspecto sólido. Tentei acomodar-me e aguentar as seis horas de viagem q tinha pela frente, mas surpreendi-me com os olhos pregados no motor visível. Apos uma hora mais ou menos meu companheiro de poltrona voltou-se p/ mim com um sorriso bondoso. -- senhorita - disse-me -- se quiser descansar um pouco, terei prazer em tomar conta do motor.
Quando tudo parecer estar indo contra você, lembre-se do avião. Ele decola contra o vento, nunca com ele.
SUPER-HOMEM QUERIA SER
Super-homem queria ser
Sem ter que ter ou ser.
Não precisar de avião para me levar
Sem ter uma vida breve a navegar.
Deixar a vida apenas a me carregar
E em qualquer momento ir ver o mar.
Uma visão que não é breve
E no vento ser o mais leve;
Conhecer o mistério sem ninguém ensinar
E o mal ao redor exterminar.
Super-homem por que a capa?
Bem que ela podia ser napa.
Já que enfeite é o seu destino
Mas o super-homem é meio menino;
É solitário por toda Terra
Seja no abismo ou na serra.
Pensando bem não queria ser ele
Nem muito menos os poderes dele
Não ter outro alguém para chamar de amor
É triste como o destruir da flor
André Zanarella 11-08-2012
http://www.recantodasletras.com.br/poesias/4380115
Do céu só cai chuva, avião e de vez em quando cocô de passarinho, se quer alguma coisa na vida deve partir pra cima e conseguir com máximo esforço, se deu errado pelo menos você tentou.
Se você está por baixo, não se preocupe. Um avião para alcançar os céus deve primeiro partir do solo. Você está apenas pegando impulso!
O avião sempre aterra, mas levanta o voo e chega no seu destino,
Seja persistente e alcance os seus objetivos.
A vida é uma viagem
Eu decidi viajar de avião
Pois posso estar nas nuvens
Imaginar ,sonhar e ser
Quando chegar no aeroporto
Vou decidir para onde eu vou
Eu quero viver o presente
Não criar expectativas
Que podem não acontecer
Pois a vida é inevitável
E inesperada
É me acomodar no avião e já adormeço. Nem espero o comissário fechar as portas.
Durante conexão de Galeão para Salgado Filho, escorado na janela, pronto para babar, escuto uma mulher chorando na poltrona da frente.
Sempre vou acordar quando ouvir uma mulher chorando. Meu sono não resiste a mulher chorando.
Ela soluçava ao telefone:
– Você disse que a gente moraria junto depois que terminasse seu treinamento. Você mentiu, você só está me enrolando com promessas. Promessa dói. Esperança dói.
Não alcançava qual o contexto da conversa, mas sua frase produziu muito sentido.
Esperança dói!
Eu quase chorava junto. Ela estava coberta de sentimento mais do que coberta de razão.
Concordava com ela: não minta com esperanças. Minta com qualquer outro sentimento, menos com esperança. Não ofereça esperança se não acredita na relação.
Pense bem antes de falar, pense se realmente deseja cada verbo. Cuidado com aquilo que sonha em voz alta.
Todas as palavras são estrelas cadentes. Prometer é sério, prometer é se comprometer.
Não adianta dizer que só falou, alegar que não fez nada de errado e lavar as mãos no vento. Falar é fazer.
Entenda que a esperança é o que mais machuca. Não há maior tortura do que gerar esperança em vão: é oferecer para tirar.
Não estimule projetos se não está disposto a cumprir, se não é sincero, se não é verdadeiro.
Não diga da boca para fora pelo prazer da hora, pelo romantismo, pelo arrebatamento.
Imaginar já é concretizar. Se não tem segurança com sua companhia, não iluda. Não fique fantasiando casa própria, filhos, cachorro, viagens ao Exterior. Não insufle o porvir para agradar. Não disfarce o pouco sentimento com a eternidade. Não chame o futuro impunemente. Não apele para a emoção à toa.
A fantasia é uma responsabilidade do casal. Pois o amor é o que se vive somado ao que se conversa somado ao que se planeja.
Ao fortalecer intenções, permite que ela ou ele passe a esperar dali por diante.
Somos crianças no amor, ansiosas pela confirmação das expectativas. Enxergamos o que imaginamos, trabalhamos para conseguir o que imaginamos.
Esperança é também parte importante do namoro. Esperança é também lembrança do namoro. Esperança é também memória do namoro. Esperança é também realidade do namoro.
O que foi idealizado a dois é um patrimônio da intimidade, um marco da confiança.
Ninguém sofre numa separação por aquilo que aconteceu, sofrerá por aquilo que não vai mais acontecer. Sofrerá pela perda da esperança mais do que pela perda do amor.
Mais uma sobre o autoelogio:
– Sou o Super-homem!
– Não! nem é um pássaro, tampouco um avião; é só um humano prepotente mesmo!
Dia 11 de fevereiro de 2013. Há pouco mais de 9 meses eu entrava num avião com uma única certeza: a incerteza! Trocava uma “formatura-certa” e um “futuro-certo” por um intercâmbio para um lugar que eu nunca tinha ido, nunca tinha ouvido falar e nunca tinha pensado em estar.
Alguns chamaram de loucura, outros chamaram de coragem. Eu já nem tentava nomear. O que antes era sonho, já era quase fato no dia do embarque . O que seria, então? Meus pais chamavam de “investimento no meu futuro” (mas...não seria no presente?).Era muita justificativa para uma só opção: subverter a ordem das coisas na sociedade! (Como assim, você não vai se formar no “tempo certo”?).
Os pessimistas chamaram de “Ano Perdido”. A eles eu dedico o meu post.Eles estavam certos: eu, realmente, perdi muito esse ano!
Primeiro de tudo, eu perdi MAIS um ano normal na faculdade, imaginando como seria aquele mundo de que eu tanto ouvia falar, mas conhecia apenas uma insignificante parcela. Eu perdi de passar mais um ano pensando “E se...?.” Eu perdi um ano de desejar ser uma pessoa em intercâmbio. Eu perdi um ano de reclamações. Eu perdi um ano de atormentar os meus amigos e familiares com o meu mau humor e frustração. Eu perdi de passar um ano num lugar, achando que meu lugar era outro. Eu perdi uma formatura que me traria mais infelicidade que satisfação.
E tem mais!
Eu me perdi pela Europa, eu me perdi pelo mundo. Dei um pulinho na Ásia, só pra sentir o gostinho do – ainda mais – diferente. E querer voltar. Eu me perdi pelas ruas de todas as cidades que visitei, principalmente Barcelona!
Eu me perdi pelos meses, pelas semanas e pelas horas. E, só não me perdi mais, porque as estações do ano estavam sempre lá, dispostas a lembrar que os tempos estavam sempre dispostos a mudar, do mesmo modo que eu mudava.
Eu perdi ônibus, perdi trem, perdi avião. Sim, eu perdi! Eu também perdi o sentimento de perda. Esse - que eu já começara a abandonar quando decidi vir para a Croácia - continua se perdendo em cada viagem, em cada conversa, em cada pessoa, em cada história de vida que eu não conheceria se tivesse continuado abraçada ao comodismo.
Eu perdi o medo. E esse, esse foi o mais difícil de perder. Às vezes ele visita, tenta se agarrar de volta, mas não demora a ser expulso. Perdi o medo da estrada, perdi o medo da solidão, perdi o medo do futuro. Eu perdi o medo da vida, eu perdi o medo da sociedade. E esse foi o mais lindo dos medos perdidos. Não, eu não ouvi falar. Eu vi. Eu vi que nesse mundo tem – SIM!- gente capaz de fazer o bem pelo bem. E isso trouxe a esperança de volta. Ah, a esperança! Mas, peraí, essa entra nos ganhos. E esse texto é sobre perdas, certo? Melhor parar por aqui...
Ah, eu também perdi o apego material. Claro que, infelizmente, ainda não totalmente. Sim, ainda lentamente, ele se esvai. Ele se vai. Ao longo de todo o processo anterior ao intercâmbio e ao longo do próprio intercâmbio. Primeiro por uma questão de racionamento de dinheiro e, pouco a pouco, por uma questão de consciência. As coisas materiais acabaram por se tornar simplesmente...materiais. Apesar de matéria, elas carecem de substância!
É a tal da filosofia da banana, que minha grande amiga, companheira, aventureira desse ano de filosofias, viagens e aventuras, Jana Maurer, bem nomeou e descreveu aqui.E isso só entende e concorda quem já sentiu a sensação de ter a “vontade de conhecer” mais pesada que a “mochila nas costas”. É incrível como o “ter” se torna totalmente substituível pelo “conhecer”.
E, finalmente, alguns irão argumentar: mas, e os momentos com seus amigos e familiares que você, efetivamente, perdeu? Aqui, eu reconheço, eu perdi. Mas, com isso, eu (re)conheci o que e quem eu realmente sinto falta nos meus dias. Eu (re)conheci o que realmente é importante pra mim no Brasil e/ou em qualquer lugar do mundo: pessoas, afeto, laços, momentos, que se criam e renovam no tempo. Ops! Esses são, de novo, ganhos e não perdas.
E aí eu chego à última e mais importante da lista (não exaustiva) de perdas: eu perdi o lado negativo da vida. Perdi essa mania de ver tudo pela ótica da perda. Porque, no fim, toda perda tem seu ganho. Você só estava cego demais para enxergar.E aí, eu também perdi a cegueira. Cegueira de achar que eu era incapaz de narrar minha própria história.
Pois é. Eu perdi muito.
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