Autores Infantis
- A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa. Os homens não têm mais tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres um
amigo, cativa-me!
- Que é preciso fazer? perguntou o principezinho.
- É preciso ser paciente, respondeu a raposa. Tu te sentarás primeiro um pouco longe de mim, assim, na relva. Eu te olharei para o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas, cada dia, te sentarás mais perto...
No dia seguinte o principezinho voltou.
- Teria sido melhor voltares à mesma hora, disse a raposa. Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde às três eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz. Às quatro horas então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade!
Nota: Trecho do livro "O pequeno príncipe"
Para que negá-lo? Também já vi gente que fugia da morte, impressionada de antemão pelo confronto. Mas é bom que vos desenganeis: aquele que morre, nunca eu o vi amedrontar-se. Se assim é, para que os hei de lastimar? Para que chorar o seu acabamento? A perfeição dos mortos! Não conheço eu outra coisa.
É que ainda não acertamos um meio de vida que faça as invenções beneficiarem a todas as criaturas igualmente. E a maior das invenções humanas vai ser essa: um sistema social em que todos tenham de tudo.
A porcentagem dos inventores, pintores, músicos e artistas de outros tipos é mínima. Em cada cem homens haverá um desse gênero, de modo que ele tem sempre contra si os noventa e nove restantes.
É realmente na solidão que o homem se revela a si mesmo, pesa suas possibilidades e amadurece para a ação.
(Em Saint-Exupéry e o céu sem limite, de Irmã Rosa Maria)
O diabo é o símbolo da maldade, mas até a maldade amansa quando em companhia da bondade.
Esse negócio de pensar é muito sério. Temos que pensar, sim, mas pensar certo. Quem pensa errado, quebra a perna.
Ele ria baixinho quando a saudade apertava, pois descobriu que a saudade era o lado de um dos lados da vida que vinha aí.
E foi aí que
todo mundo descobriu
que ele
não tinha sido
um
menino
maluquinho
ele tinha sido era um menino feliz!
Todo equívoco humano é satirizável. Enquanto houver ser humano com suas carências, inseguranças e dúvidas, haverá sátira.
É muito mais difícil julgar a si mesmo do que a outra pessoa. Se conseguir julgar a si mesmo corretamente, você é um verdadeiro sábio.
O que eles procuram poderia ser encontrado numa só rosa ou num pouco de água. [...]
– Mas os olhos são cegos. É preciso procurar com o coração.
O homem é uma doença da Natureza – e a pior de todas porque é uma doença inteligente. Teima em superpor à natureza a sua vontade e é, cada vez mais, um conflito lamentável de duas evoluções contrárias, a natural e a humana.