Zé Ramalho
Não existe saudade mais cortante do que a de um grande amor ausente,dura, feito diamante, corta a ilusão da gente.
Voces que fazem parte dessa massa... a margem do que possa parecer... e ver toda essa engrenagem... já sentem a ferrugem lhe corroer.. Eh... eeeh..Oh! vida de gado, povo marcado, povo feliz!!!
Eu desço dessa solidão espalho coisas sobre um chão de giz.Há meros devaneios tolos a me torturar...
Eu desço dessa solidão
Espalho coisas sobre
Um Chão de Giz
Há meros devaneios tolos
A me torturar
Fotografias recortadas
Em jornais de folhas
Amiúde!
Quem não ama o sorriso feminino, desconhece a poesia de Cervantes.
DA SAGRADA ESCRITURA DOS VIOLEIROS…
A defesa é natural:
cada qual para o que nasce,
cada qual com sua classe,
seus estilos de agradar.
Um nasce para trabalhar,
outro nasce para briga,
outro vive de intriga,
E outro de negociar.
Outro vive de enganar -
o mundo só presta assim:
é um bom outro ruim,
e eu não tenho jeito pra dar.
Pra acabar de completar:
Quem tem o mel, dá o mel.
Quem tem o fel. dá o fel.
Quem nada tem, nada dá.
Admiravel Gado Novo
Oooooooooh! Oooi!
Vocês que fazem parte dessa massa
Que passa nos projetos do futuro
É duro tanto ter que caminhar
E dar muito mais do que receber...
E ter que demonstrar sua coragem
À margem do que possa parecer
E ver que toda essa engrenagem
Já sente a ferrugem lhe comer...
Êeeeeh! Oh! Oh!
Vida de gado
Povo marcado
Êh!
Povo feliz!...(2x)
Lá fora faz um tempo confortável
A vigilância cuida do normal
Os automóveis ouvem a notícia
Os homens a publicam no jornal...
E correm através da madrugada
A única velhice que chegou
Demoram-se na beira da estrada
E passam a contar o que sobrou...
Êeeeeh! Oh! Oh!
Vida de gado
Povo marcado
Êh!
Povo feliz!...(2x)
Oooooooooh! Oh! Oh!
O povo foge da ignorância
Apesar de viver tão perto dela
E sonham com melhores tempos idos
Contemplam essa vida numa cela...
Esperam nova possibilidade
De verem esse mundo se acabar
A Arca de Noé, o dirigível
Não voam nem se pode flutuar
Não voam nem se pode flutuar
Não voam nem se pode flutuar...
Êeeeeh! Oh! Oh!
Vida de gado
Povo marcado
Êh!
Povo feliz!...(2x)
Ooooooooooooooooh!
A Terceira Lamina
É aquela que fere
Que virá mais tranqüila
Com a fome do povo
Com pedaços da vida
Como a dura semente
Que se prende no fogo
De toda multidão
Acho bem mais
Do que pedras na mão...
Dos que vivem calados
Pendurados no tempo
Esquecendo os momentos
Na fundura do poço
Na garganta do fosso
Na voz de um cantador...
E virá como guerra
A terceira mensagem
Na cabeça do homem
Aflição e coragem
Afastado da terra
Ele pensa na fera
Que o começa a devorar...
Acho que os anos
Irão se passar
Com aquela certeza
Que teremos no olho
Novamente a idéia
De sairmos do poço
Da garganta do fosso
Na voz de um cantador...
E virá como guerra
A terceira mensagem
Na cabeça do homem
Aflição e coragem
Afastado da terra
Ele pensa na fera
Que o começa a devorar...
Acho que os anos
Irão se passar
Com aquela certeza
Que teremos no olho
Novamente a idéia
De sairmos do poço
Da garganta do fosso
Na voz de um cantador...
Heiá! Oh! Oh!
Heiá! Oooooooh!
Oh! Oh! Oh! Oh!
Um dia você irá olhar para todas as dificuldades que enfrentou e verá que elas foram essenciais, pois a fizeram chegar ao topo.
E que essa tensão que me corrói por dentro Seja um dia recompensada; Porque metade de mim é o que penso Mas a outra metade é um vulcão