Yesteric Spol
Instante
Te vi
desvi
mas continuei vendo
-
Por olhos cegos do arrependimento
-
Quero te dar o mundo de quando em vez
mas com olhos de freguês
e não de dono
-
Tem vezes que espero
e outras atravesso
-
Não sei que mal revelo
-
Se não aprofundo com essência
que nada mais a resistência
-
Julga se fico ou não fico
se vou ou não vou
e agora?
Ainda de pé
Te ameicom a mais boa das intenções
-
Você rejeitou
e não adiantou de nada
-
Você não pôs um ponto final
na minha história
Grato
Num pretexto de muda
entre mala e cuia
fiquei tão próximo como nunca
-
Pois bem
ela me aceitou de volta
Cuidado, não compartilhe os seus sentimentos para cada um que vê. Para não virar manchete em jornal de primeira página.
Somos tão imensamente momentâneos, que nos esquecemos de nossas raízes. E quando crescemos vimos o quão longe estamos, ao perscrutar a fruta longe do pé.
As vezes
crer no impossível
pode ser a chave
desperta do consciente,
no que tange
a colocar
barreiras invisíveis
na nossa mente.
Saímos de cavernas na zona rural, pra morarmos em apartamentos na zona urbana.
"Que grande diferença, se não fosse a bastarda inteligência!"
Uma obra de arte
é vista de muitos ângulos,
até os da própria tela,
que interpreta o observante
fazendo arte ao contemplá-la.
Um significado plausível que se dá pelo entendimento do mundo, é o de que você enlouquece antes e perde todos os neurônios, até saber a origem dessa bola de massa cinzenta e ar flutuante.
Contracenamos no teatro da sorte,
sendo eternos fantoches
no desfalecer
à morte.
-
Somos eternos jogadores
na roda que gira,
que sem percebermos
fazemos parte do jogo da vida;
Às caras
Começamos e paramos
Tentamos e fraquejamos
Sentimos e destruímos.
-
Tudo pro nosso ego
se mostrar como levante.
-
Como quem olha do chão
para uma estante,
GIGANTE...
A rosa desferida
Olhamos uma rosa!
É linda, toda vermelha, viva,
vamos pegá-la e um espinho
nos crava no dedo.
-
E as pessoas?
Cravam seus espinhos,
porém muito mais dolorido
do que os da rosa.
-
Estes chegam ao coração e nos domina.
-
Os espinhos da rosa
secam ao sabor do tempo,
já os espinhos humanos
continuam ao sabor da renúncia.
Caber-nos-ei o amor defronte ao semelhante, que este foi feito a imagem de Deus. Pois já dizia, "Se amas ao teu semelhante, é porquê me amas também."
E o que eu sou, exagerado?
-
Nos teus momentos de fúria
ácidos e indolores.
Na surdina excitante
trazendo o teu hálito
fresco e molhado da chuva.
No mapeamento das estrelas
que viajam estonteantes
pelo céu da sua boca.
No brilho tortuoso e corrupto
que ousa de me alarmar
com falas gritantes.
-
Sem sentido eu era, convertido eu sou,
você mudou meu mundo (_)
e a forma de eu enxergar as coisas.
Um pesadelo vestido!
*
Tantos por aí,
enchendo baldes aos prantos,
dos corações calejados
que pela madrugada se entre vazam,
como uma garrafa quebrada
que não se conserta por nada;
-
Digo, eles são um fracasso,
por estarem adormecidos na causa do amor
e despertos no âmbito da solidão?
-
Tem que existir uma causa pra isso tudo,
a não ser viver em vão, dentro de um lapso temporal
que me acerca e me retrai;
-
Eu só queria uma noite de paz,
descansar a cabeça no travesseiro e ali estar,
trespassando por entre sonhos
uma paisagem linda de se ver,
a que um dia ei de estar,
gozando aos pés do paraíso.
*
Requinte de um passado!
*
Te visitei novamente, ressenti
Beijei-a mas padeci,
que coisa, não?
-
Lembrando, outrora indo além...
-
"Cantei a toa por debaixo daquela parreira
no nosso quintal,
a que passávamos horas do nosso dia
jogando conversa fora;"
-
Sinto falta do cheiro da grama,
o verde movente,
e a primavera vindo toda revigorada,
com uma força inimaginável,
passado o verão
que mais parecia o inferno na Terra;
-
Viajei por entre as nuvens,
carregado de toda a emoção,
e de tanto chorar flutuei;
-
Por não poder voltar naquele tempo,
em que tudo era possível,
então distante eu me afastei;
-
E por completo expurguei,
o que estava consumindo a mim
a não reciprocidade me assolou
e dela minha angústia lunática e pacata,
manifestou.
*
Brinde ao desgosto!
*
Você cambaleou pelas travessas,
conforme o andar avançava,
suas pernas inimigas
que te enganavam em tamanha graça,
mal sabia você,
estar diante de uma falsa apadrinhada;
-
Suas vistas que mentiam,
a cada vez que me secava,
dava a impressão de sugar-me
para o vácuo obscuro;
-
De todas as quarenta promessas,
não cumpri nem três destas,
estive muito ocupado
tentando entender as outras
agora com a visão clara;
-
Vivi um amor cego,
que se prostrava a ego instável,
nunca me voltei contra o mundo
mas por você te juro,
se fosse antes
ainda compraria uma briga
mediante o submundo.
*
O sorriso da alma não precisa mostrar os dentes, é o seu espírito vagando junto ao corpo em um dueto de harmonia.