Yeda Salomão
Disse que eu não sabia mentir. Talvez eu não soubesse mesmo. E eu também não queria. Se por um lado eu não dizia uma palavra sobre meus sentimentos, por outro eu não fazia esforço para escondê-los
Eu senti saudade, sabe? Eu não admiti isso para ninguém, e não queria estar admitindo para mim mesma. Acho que não adianta tentar encobrir a realidade com palavras bonitas, a verdade é que eu senti saudade mesmo.
Eu odeio sentimentalismo barato, é sério. Mas toda vez que eu te vejo, é como se fosse a primeira vez.
Acho que o problema foi que sempre fomos corajosos. Se tivéssemos mais cuidado, não teríamos tantas feridas e cicatrizes…
Não foi nada do que ele disse, nem nada do que ele fez. Na verdade, ele não tinha feito ou dito absolutamente nada. Estávamos em silêncio, os dois, olhando um para a cara do outro. Isso era exatamente o que chamam de “silêncio desconfortável”. Era o fim e nós sabíamos. Não foi nada do que eu disse, nem nada que eu fiz. Eu também não havia feito ou dito nada. Ele simplesmente sabia.
Eu desejo tudo de melhor para você, sempre. Espero que você também esteja desejando o mesmo para mim.
Acho que se você perguntasse, nem ele nem eu saberíamos dizer como chegamos a isso. Simplesmente…aconteceu.
É um pouco estranho e doloroso não saber. Não saber o que fazer, não saber o que dizer, não saber o que vai acontecer, enfim…
Eu estava parada na porta, pronta para sair, alguma coisa me impedia de simplesmente sair, eu queria escutar alguma palavra sua.
Querido, se sua vida está tão maravilhosa assim, você estaria vivendo-a, e não falando sobre ela pra mim. Isso é uma verdade UNIVERSAL.
E eu fingia que não me importava, que nada me impressionava, e você fingia que acreditava. Mas nós dois sabíamos que eu não convencia.