wilson fernades junior
Mãos
Minhas mãos,
hoje calejadas,
já foram macias e tenras,
hoje ao cariciar,
"lixar" seu corpo,
as desejo de volta como eram,
mas, ao toque do amor,
vc não sente,
não se importa,
apenas sente toque,
a sensação propiciada,
de prazer, ternura e carinho,
a sensação de seda da sua pele,
não condiz com a aspereza de minhas mãos,
mãos que labutam,
que calejam,
e profanam seu corpo nú,
desprovido de vestes,
violam a suavidade de seu corpo,
a violentando em um momento de prazer,
calo meus movimentos,
me retraio em minhas vontades,
e me surpreendo no seu desejo,
na frase proferida de sua boca,
ate então muda:
- Me toque, me acaricie,
quero sentir o calor de suas mão brutas, masculas e trabalhadoras,
Eu te amo.
Flores Desnudas
corpos desnudos,
a oferecer um prazer virtual,
real aos olhos carentes,
desprovidos de sentimentos,
e munidos apenas pelo desejo de ter,
vagueiam pelas veredas do imaginario,
tornando real seus desejos mundanos,
o ego e a vaidade,
ensandecidos pelo desejo louco mostrado,
não tem mais limites,
a razão cega pelo ego envaidecido
e de elogios e desejos manifestados,
escraviza o corpo aos devaneios alheios,
e cede,
mostrando o desabrochar de uma flor,
de beleza única,
aos olhos não de quem a aprecia,
mas,
aos olhos do mercador.