Wilma Rejane
É estranho que seja necessário chegarmos ao extremo da tristeza para descobrirmos quem somos e o quanto Deus nos ama. É maravilhoso saber que as revelações sobre Deus se apresentam para o homem, quando este se reduz a total dependência, reconhecendo sua fraqueza e sua origem. É exatamente quando não se tem força alguma que surge a Verdadeira fonte de sustentação. É quando colocamos nossa confiança no Senhor que Ele estabelece conosco um relacionamento ímpar, fazendo-nos compreender o sentido de todas as coisas.
Não é o fim para os que amam, porque através do amor é possível encontrar felicidade no que aparentemente não tem motivo para assim ser. Quem poderia imaginar que no sofrimento da Cruz, do Cristo humilhado, ferido e injustiçado estaria a Redenção da humanidade?
Acredite, Deus tem algo novo para os que se entregam ao arrependimento, com coração sem reservas e quebrantamento de ser. Qualquer que seja a circunstância Ele transforma.
Não é o fim do caminho, ainda que você esteja olhando para todos os lados sem enxergar o chão,mas um abismo bem a frente, sem forças e sem ânimo. O natural nessas horas é entregar-se as circunstâncias tornando-se derrotado; o sobrenatural é olhar para o alto e perceber que não está só, é dar meia volta nesse penhasco e considerar o recomeço. Não é trilhar um caminho de volta, é caminhar sobre um novo fundamento que Deus colocou ali especialmente para você.
Parecia uma situação insuportável, invencível. Em nossas vidas, temos momentos assim, em que as provações vêem com força dobrada, e aos olhos naturais, o desânimo pode nos derrubar. Isso não acontece só com você, acontece comigo e aconteceu com grandes homens de Deus.Não estamos livres da prova, mas em Jesus, encontraremos ânimo para vencê-la.
Ainda que nuvens pesadas, carregadas de nebulosidade, escondam o límpido azul e o brilho do sol. Elas não ficarão lá para sempre. Nosso olhar deve alcançar essa visão impossível. Com os olhos da fé, que revelam o instransponível. Precisamos, nos levantar do leito molhado, encharcado de lágrimas e nos colocarmos de pé, acima das circunstâncias.
O poder restaurador de Deus, é maior que toda ameaça de morte, toda tristeza. Através da fé, Ele ajunta a cana trilhada à beira do caminho e não apaga o pavio que fumega.
Esse é o tempo da restauração para sua vida. Deus é esse Recriador da alma que sente prazer por nos socorrer, simplesmente porque nos ama. E ele ama, em todo o tempo, mesmo e principalmente quando achamos que não merecemos Seu amor.
As circunstâncias nos moldam e aprendamos a não nos lamentarmos pelo que não temos, mas a agradecermos por tudo que temos, sabendo que não precisamos ser iguais aos outros para sermos felizes. Precisamos nos entregar a Deus na certeza de que Ele tem sempre o melhor para nós, na medida em que nos movemos em Sua direção.
Tempo no deserto é tempo de crescimento. De buscar água na fonte com toda a força da raiz. É tempo de viver do maná que é a Palavra de Deus e desse mesmo maná alimentar outros
“Por que buscais o vivente entre os mortos”? Lc 24:5
Notem que os anjos repreenderam as mulheres: “Vocês estão procurando a pessoa certa, porém, no lugar errado”. Essa palavra mexeu comigo. Quantas pessoas estão agindo como as mulheres a caminho do sepulcro? Empreendendo tempo, esforço, determinação e esperanças na direção errada. Querem a coisa certa, mas procuram no lugar errado.
O mundo é assim, uma marcha solene sob o jugo da escravidão, cuja melodia impõe medo, dúvidas, desilusões e morte. Um a um cambaleia rumo a um destino desprovido de graça.Mas a voz de Deus nos convida a se alegrar, dançar como Habacuque, Davi e Abraão embalados pela fé, pela certeza do que olhos, ouvidos e mãos alcançarão trazendo a existência, as coisas que não são como se já fossem.
Procuramos respostas na multidão, não é mesmo? Olhamos para os outros e eles nos dizem como estamos. O outro, acaba sendo nosso espelho. Se nos amam, estamos bem, se nos negam, abandonam, estamos mal, muito mal. Essa é uma realidade.As respostas que precisamos, não vêm das multidões. Jó aprendeu mais em seus dias de dor e solidão, do que em quaisquer outra época da vida.
Se de alguma forma, você se sente só e abandonado, lembre-se: Deus esteve todo o tempo com Jó,em seu sofrimento, Ele não o desamparou nem por um segundo, assim é conosco
Deus quer você. Como quis os pescadores da Galiléia, Pedro e André. Ele quer o Rei e também o camponês, Ele quer os que a exemplo do profeta Isaías dizem: “Eis-me aqui, envia-me a mim” Is 6:8. Há um chamado para cada um de nós, também dons para o serviço, somos amados e mui aguardados diante do alto e sublime trono de glória, com amor eterno Deus nos diz: Escolhi você.
Temos um Redentor, que não deixa morrer o amor. E enquanto houver em nós esse favor, a vida segue, grávida de vitórias que serão paridas. Temos um Redentor, que não esquece a fragilidade das flores, do que somos, e ainda assim, por nós pagou o mais alto preço, por amor.
Para resolver um problemão, só mesmo somas astronômicas! Daí vem Jesus, pega o desprezível e transforma em necessário e o milagre acontece. Aprendo mais uma vez que não devo desprezar o pouco, o pequeno, o insignificante. Ele pode me ser necessário. (sobre a multiplicação dos pães)
Quem, a não ser um Deus que dança, desceria do céu para festejar com os homens a morte da morte? Quem, a não ser um Deus que dança se ofereceria em sacrifício de morte pela humanidade para ressurgir vivo ao terceiro dia? Oh, poderosa melodia do Deus que dança! (refutando Nietzsche)
O Deus que dança é tão latente que é impossível torna-Lo ausente. Ele dança nas nuvens, na natureza, nos homens. Através do movimento dos dias dos poentes e nascentes quando o céu muda em cores e luminosidade (refutando Nietzche)