William Douglas
É Natal. Onde estão os homens vestidos de vermelho? Nas ruas? Fazendo propaganda? De quê? Da fome dos meninos sem presentes (salvo bolas, carrinhos e bonecas que os auxiliem)? Ou vendendo, de dentro da barriga gorda, uma caixa de presente saída de uma sacola imaginária? Serão os seus sorrisos natalinos? Um em dez vive o Natal, os outros nove não têm presente. É Natal! Castanhas? Figos? Presentes? Onde estariam as bombas e granadas, teriam se ocultado por um pouco, ou explodem gentes diferentes em lugares diferentes, mas sempre se esquecendo, é Natal (?) Parariam os canhões por alguns dias? E se parassem, valeria? Janeiro traria sangue outra vez. É Natal, e o seu espírito invade as ruas, mas não acho sempre a sua força, perdida entre comércio, bêbados e tolos. Quem nasceu? Papai Noel? Jesus? É Natal. Mas até quando?
Quanto a meus erros, lembre que meu amor imperfeito era minha declaração mais pura, meu mais sincero ofertório.
Ao lhe submeter os meus defeitos, juntamente com minhas virtudes, eu lhe oferecia o que realmente era. Você só poderia me ter por completo se tivesse meus entraves,
mas um dia eu ainda seria melhor para que você percorresse meus jardins sem qualquer pedra ou sobressalto.