William baum
A estrela que admirei
Posto que todos os dias eu estive lá
Pronto a te admirar e te adorar
Aproveitando cada segundo como nunca
Pensando nela noite após noite
Imaginando coisas que nunca irão se concretizar
Mesmo sabendo disso, continuo aqui somente a imaginar,
Plantado nesse lugar só a admirar.
Após muitos dias percebo quanto tempo eu perdi,
Penso como via amor onde só existia amizade.
Pelo menos meu papel eu fiz,
Lutei, mas ela não entendia quanto a amava,
Pelo menos a fiz feliz,
Nunca me esquecerei do seu sorriso.
E hoje a deixo voar para longe,
Espero que pelo menos com isso me livre dessa dor.
E assim é como termina a viagem
De um astronauta que olhou as
Estrelas e não pôde tocá-la.
*Paixão Indefinida*
Feliz eu estava, mas de repente,
Uma tristeza me envolveu, latente.
Profunda, como o tempo a correr,
Uma solidão que não posso entender.
Amigos, família, ao meu redor estão,
Mas dentro de mim, só escuridão.
Seria isso amor, ou mera ilusão?
Um sentir que escapa à razão.
Iludi-me sem sequer notar,
Enganei-me com minha própria verdade,
Mas, mesmo assim, continuo a amar,
Mesmo sem ter dela reciprocidade.
Guardo esse amor, escondido, calado,
Até o dia em que possa soltá-lo,
E me arrepender por ter esperado,
Num ciclo sem fim, um tanto amargo.
E no fim restará, ao coração,
A imensa tristeza, a fria solidão.
O Peso do Arrependimento
De todas as escolhas tomadas,
Teve uma da qual me arrependo.
Me arrependo de não ter feito nada,
Somente me lembro dos dias que passávamos
Conversando debaixo daquela janela
Onde entrava o sol.
De todos aqueles dias que passamos
Brincando entre as árvores,
Onde tudo era alegria.
Pena que fui fraco.
De todas as oportunidades que tive de fazer o certo,
Pensei em deixar de lado
E continuar de onde estávamos.
Hoje, sento na mesma janela
Onde o sol não entra,
Somente um ar triste que me assombra.
E tudo que passa em minha cabeça
São apenas lembranças que nunca mais voltam.
Passo pelo bosque onde brincávamos
E não vejo mais alegria.
Não sinto nada além de dor e incompreensão,
Mas mesmo assim...
Não importa o que eu faça,
Tudo o que resta são apenas lembranças
Das noites que passei em claro
Pensando em nós.
Me desculpe, amor,
Eu fui fraco.
Me perdoe,
Eu não percebi.
Onde você está?
Isso é o que me pergunto.
Espero que seja um lugar melhor que aqui,
Para ao menos compensar essa dor que me causou.
Eu sei que, uma hora,
Nós nos encontraremos.
Me espere,
Não irá demorar.
Sombra da Existência
Em meio a uma noite que aos poucos me consome,
Percebo que a solidão é o que me domina,
De dentro a fora.
Entendo que a vida não me proporciona alegria,
Mas, em si, tristeza.
Triste mundo onde vivemos,
Triste gente que não sabe seu valor.
Após um velho senhor dizer em meus pensamentos
Que a vida é um ciclo sem fim,
Onde tentamos esconder nossa dor
E fugir dos nossos sentimentos.
Penso como alguém me destruiu
Em apenas um segundo de pensamento,
Em apenas um piscar de olhos percebo
Que ela não está mais lá.
Onde você está, em meio à escuridão
Destas noites sem fim,
Sem chance de encontrar-te vivo,
Pensando no que poderíamos ter sido
Em outra realidade?
Péssimo destino, que não entendo
Nada do que vejo.
Pego-me pensando: por que a vida
Sempre nos acorda ao nascer do sol,
Mas a escuridão que me cerca
Não me permite ver a luz.
Agora, no fim desta madrugada,
Percebo quem serei no futuro
Que estou alcançando.