Wellington Caposi
Pensar em escolhas é o mesmo que pensarmos em decisão. A vida nos cerca de escolhas. A todo o momento temos de fazer alguma. Somos sempre responsáveis pelas nossas escolhas.
Porém, não entendo que haja escolhas certas ou erradas.
O que há, na verdade, são simplesmente escolhas. As consequências que pode ter a tomada desta ou daquela escolha, é que difere as escolhas.
Até porque se houvesse escolhas certas ou erradas, quem seria o bobo de optar pela errada?
Se você amou escolheu amar. Só que não foi correspondido (a), você fez a escolha errada? Não! Simplesmente escolheu. Talvez, a pessoa seja a errada. Não sua escolha.
Foi numa balada e não gostou. Fez a escolha errada? Não! A balada foi à errada.
E assim por diante... Escolhas são escolhas!
E você tem de fazer as suas... Análise as consequências de cada passo. Mais dê o passo!
Se quiser um bom conselho, vá até o espelho, olhe no fundo dos seus olhos... E pergunte a você o que é o melhor a ser feito. A primeira resposta que vier ao teu coração, SIGA!
Isso não quer dizer que você vai seguir sua emoção. Mas seu cérebro, razão, traduz a vontade da sua emoção e te deixa claro. Ou seja, tua razão é capaz de entender o desejo do teu coração...
Então siga...
Se tua razão entendeu, não deve ser algo tão complexo assim...
Dúvidas
Hoje tenho dúvidas, Se realmente existo em mim. Em minha própria vida.
Engraçado usarmos o termo “Própria”, quando por diversas circunstâncias desta Nossa vida, esquecemos de aplicar em benefício próprio.
Digo isso por que o maior erro do Ser Humano é o de se entregar totalmente e incondicionalmente.
Não que eu esteja fazendo apologia aos relacionamentos frios, sem sentimentos.
Apenas buscando uma outra ótica para este complicado mundo chamado Amor.
Amor é em sua base de consistência, uma troca de sentimentos e de experiências. Uma via de mão dupla mais especificamente.
Temos de entender que esta via de mão dupla é para funcionar os dois lados. O pior erro que o cometemos no Amor é exatamente esse. Nos entregar, e não receber nada em troca,
A entrega mútua funciona como uma espécie de energia que deve ser recarregável, por que se não perderemos a força em nos entregar.
Eu preciso que o outro se doe, para recarregar minhas energias, para assim eu poder me entregar completamente.
Depois, de fazermos a base errada, somente nos entregando, o que acontece?
Simples, o parceiro (a), acha que você é dependente dele. Ninguém quer alguém que depende de nós. É ruim.
Daí termina, alegando os mais absurdos motivos...
É amigo, hora de colocar os pés no chão e fazer esta pergunta crucial.
“Onde eu (diz o nome) estou vivendo em mim?”
Um exame de consciência limpo e tranqüilo.
Prepare-se para ver as respostas. Não se assuste com você.
É isso mesmo, você está sem vida própria, se deu demais e viu que agora é a hora de que você mais precisa de você e não pode se ajudar.
Daí apela pro choro, pra bebedeira, pras baladas de fachada.
Não que estas coisas não sejam boas.
Mais poxa!! Cadê o Super Mam ou a Mulher Maravilha que resolvia todos os problemas do parceiro?
Agora não consegue resolver os seus...
Você na sua vida, só tem de ser o protagonista. Se não for, tem alguma coisa errada.
Arregace as mangas, bola pra frente e saiba que a tendência de um mundo cada vez mais cruel e competitivo, onde as pessoas só insistem em pensar nelas próprias, e de que os Seres dotados do adjetivo, bondade, serão os que mais irão sofrer, e isso para um futuro não muito distante.
Lágrimas que curam
“Se lágrimas curassem, você estaria salva meu amor”
Tudo bem que isso parece frase de uma cena de filme romântico, aqueles bem melo-dramáticos. Mas não. Exatamente no seu contexto ela foi dita ao pé de um leito de hospital. Uma história que me rasgou em lágrimas. Uma história que me faz pensar em que tipo de amor cremos.
Quando nos questionamos sobre o amor, fazemos uma alusão a perfeição. Ao dito amor perfeito. Mas somos medíocres em sentimentos. Temos medo de amar. Medo de nos arriscar.
Antigamente, os casais se conheciam e com um sentimento de conquista apenas se jogavam nos braços do amor. Muitos casamentos sem experimentar o beijo do outro. E hoje não podemos nos imaginar como podemos gostar de alguém se não gostamos do beijo. Temos necessidades carnais, não exatamente de amor. Por isso a paixão nunca esteve tanto em alta.
E cobramos demasiadamente de uma paixão. Por isso as seqüelas. Paixão não é para a vida toda. Paixão tem inicio, meio e fim. E porque teimamos em esperar que ela mude nossa vida?
Mas informo. O amor perfeito e verdadeiro existe. Não sei se está disponível para todos nós, pois pude presenciar a explosão deste amor na tarde de ontem.
Uma senhora com muitas rugas, um cabelo cor de neve com um coque. Nos seus 87 anos de idade, me mostrou ser forte, lúcida. Contou-me que era acostumada a limpar sua casa, cozinhar, cuidas das suas coisas. E ali, frágil numa cama, que ela me dizia questão de falar que nunca tinha ficado doente, nunca precisara ficar em hospital.
No meio da conversa, despejou-me algo maravilhoso. “Amanhã completo 68 anos de casada”, dizia-me sorridente. Neste momento eu parei. 68 anos de casamento. O que seria isso? Quantos momentos. Já não eram mais marido e mulher. Eram literalmente Um só corpo, Almas gêmeas. Imaginemos quantas conversas, lutas, risos, sofrimentos, noites em que dormiam de costas um para o outro, dias em que não se falavam porque eram birrentos. Dias em que ela se produzia toda para ele. Dias em que ela não dava a mínima para ela porque o filho mais velho estava com febre, e ela como uma leoa, abraçava o filho o protegendo.
Dias em que ele era o mais carinhoso dos homens, dias em que ele esquecerá a data do primeiro olhar trocado pelos dois e ela ficava furiosa.
E no leito de hospital, uma história linda como essa surgiu. No exato momento em que a filha dela disse que tinha uma visita para ela, e saindo, em seguida voltou com um homem em prantos. Era ele. O seu amor. Ela não se conteve e expressou “meu amor veio me visitar”. Deram um longo abraço. Um abraço de amor. E aquele homem, de 90 anos de idade, com feridas provocadas pelo tempo no rosto, mas muito bem arrumado. Com um terno marrom combinando com a sandália e suas meias, um lenço para enxugar as lágrimas.
Pausadamente ele passou a mão no rosto enrugado da sua amada, e parecendo sentir as dores dela, a angustia em estar ali, como se um feitiço os fizessem voltar para quando se apaixonaram há 68 anos atrás, com as lágrimas de todos os presentes no quarto e os suspiros teimosos, ouvi a declaração mais linda de amor de toda a minha vida...
”Minha veia, se lágrimas curassem, você estaria salva meu amor”...
Isso é amor meu caro, o resto...Apenas vontade de podermos ter a graça de um dia vivermos algo semelhante.
Dia dos Namorados chegou.
E cá estamos nós: juntos, amantes, eternos namorados.
Preciso te agradecer por ser minha namorada, por estar ao meu lado.
É um dia em que o amor parece pairar no ar.
Um dia em que queremos estar mais junto da pessoa amada.
Eu te amo!
É ao teu lado que eu quero estar.
É ao teu lado que eu quero ficar.
Hoje, quando imagino minha vida daqui a alguns anos, você está nos meus planos.
Teu amor é meu objetivo.
Hoje, te amar é o que me move.
Fazer-te feliz da minha maneira e com minhas limitações é uma conquista diária.
Uma tarefa às vezes árdua. Você é exigente rs.
Porém, eu estou aqui.
Com você...
Para você...
E por você...
Acho que as coisas, explicações, lógicas... deixe isso para os incrédulos. Vamos nos apegar ao que temos: um ao outro. Vamos nos abastecer e nos fortalecer do amor que vivemos.
Se é conto de fadas, não sei.
É um conto de fadas verdadeiro. Independentemente de como seja, simplesmente é.
Acredite nisso! Eu te amo.
Estou com você, para o que der e vier. Sempre juntos. Eternamente juntos.
Só lhe peço que acredite. E caminhe comigo, de mãos dadas, rumo à felicidade única que nos espera...
Isso é amor. Isso é querer. Isso é amar.
Vêm comigo neste sonho bom.
De-me teu riso.
De-me teus sonhos.
Se entregue a mim.
E eu farei de ti a mulher mais feliz e realizada do mundo.
Quero comemorar o Dia dos Namorados no auge dos meus 70 anos e olhar para ti e ver nas suas rugas os traços da nossa história, do nosso amor...
E sentados na cadeira de balanço, vendo nossos netos, olhar pra você e dizer: "Eu te amo! Não falei que ia dar tudo certo?"
Meu MSN ausente
As minhas dúvidas hoje são existenciais.
Será que aquele olhar foi mesmo para mim? Em qual momento eu sou a razão do seu sorriso?
Tanta coisa hoje influência no meu humor, que tudo passa a ser existencial.... Até as vezes que você insiste em ligar e ela, a pessoa, não atende ao telefone. Fico imaginando o que se passa... (sabe que nessa situação sua cabeça ferve – para que tem celular então? – a pergunta mais repetida). Não atender o telefone é razão de crise existencial... Sempre imaginamos o pior: a pessoa olhando para o telefone, com aquele ar de sarcasmo, sorriso amarelo no rosto dizendo que não vai atender.
Entretanto, depois vem a justificativa que estava longe do celular, que não podia atender... O que não alivia em nada nossa crise.
Crise é passageira. Menos quando a razão dessa crise é o seu coração besta e lento.
Besta porque sempre escolhe o caminho mais difícil. Lento, ah, porque é lento mesmo...
O medo de ousar torna o nosso coração fraco. Medo de sentir o prazer de um sorriso grátis, ou ainda de manda um SMS de madrugada (não querendo atrapalhar).
Quantas vezes você ficou “ausente” no MSN, somente para que quando alguém entrasse, visse que tu estava ali... Mas meu caro, se ela não lhe chamar para conversar ou ainda disparar a pergunta tradicional – está ai? – deixa pra lá... (risos)
Temos medo de entrar no estado “ausente” das pessoas. Engraçado que este “ausente” é para todo o mundo, menos para ela. E justo ela não se dá conta.
A ousadia em bagunçar o outro, nos deixando bagunçar, nos deixando envolver, sem medo ou travas de sentir tudo o que o outro pode me oferecer nos tornou humanos completamente previsíveis. Nos tornou chatos. E isso é mais normal do que pensamos.
Beijo roubado, correio elegante, recados no caderno da escola, ligação do orelhão com um cartão de 20 unidades somente para ouvir a voz... tudo isso perdeu o valor, porque hoje só damos um passo quando temos a certeza que a nossa frente tem um piso, com 3 metros de concreto armado, onde não iremos cair.
E assim vamos vivendo, com medo. Mas sempre querendo ser feliz. Pura contradição. Medo e felicidade não combinam.
Mostrar os dentes é fácil!
Cada vez que dividimos nossa história com alguém, estamos inserindo novos personagens e emoções em nossa vida. Aliás, acredito eu que este seja o nosso maior desejo e medo, por mais contraditório que pareça.
Sonhamos em estar na vida de alguém, fazer parte dos seus planos, ser a razão da sua frase no MSN ou ainda o motivo para aquela roupa nova numa segunda-feira. O famoso andar de mãos dadas também surge, a vontade de dividir os planos, planejar o futuro.
O medo também surge. De decepcionar, de magoar o ser amado, de com nossas dúvidas (naturais) não agradar sempre. Nosso carisma é falível e não levamos isto em consideração. Não lembramos também que nem todos os dias nosso sorriso será a nossa marca.
Eis que surge a grande delícia do convívio. Aquele dia inesperado, onde você vai sentir falta da cara emburrada daquela pessoa. Momentos em que “não importa o quanto você esteja chata, eu quero ficar contigo. Quero te fazer sorrir, quero te ninar se preciso for.”
Somente em relacionamentos que são verdadeiros, este tipo de compreensão e desejos são revelados. O que é passageiro, não exige de nós compromisso, por isso as relações são mutáveis. Quando se tem alguém, verdadeiramente se quer este alguém independente do seu estado de espírito. Amor é isto.
Espera sempre um largo sorriso? Vai tentando aí!
As pessoas vivem de situações diárias e estas nem sempre são favoráveis. Um sorriso sempre é belo, mas belo mesmo é a capacidade de numa cara ranzinza, com TPM, tirando 4 na prova da faculdade, de saco cheio do trabalho, ter a coragem de dizer ao outro: não to nos meus melhores dias, mas fica comigo?