Walter Williams
É fácil defender a liberdade de expressão quando as pessoas estão dizendo coisas que julgamos positivas e sensatas, mas nosso compromisso com a liberdade de expressão só é realmente posto à prova quando diante de pessoas que dizem coisas que consideramos absolutamente repulsivas.
No infindável debate sobre "justiça social", a definição de "justo" tem sido debatida por séculos. No entanto, permita-me oferecer a minha definição de justiça social: eu mantenho tudo aquilo que eu ganho com o meu trabalho e você mantém tudo aquilo que você ganha com o seu trabalho. Discorda? Então diga-me: qual porcentagem daquilo que eu ganho "pertence" a você? Por quê?
Para destacar a ofensividade à liberdade que a democracia e o governo da maioria representam, apenas pergunte a si mesmo quantas são as decisões da sua vida que você gostaria que tivessem sido tomadas democraticamente. Como por exemplo, sobre o carro que você dirige, onde você mora, com quem se casar, se deve comer peru ou pernil no jantar de Ação de Graças? Se essas decisões fossem tomadas por meio de um processo democrático, as pessoas médias veriam-nas como tirania e não como liberdade pessoal. Não é menos tirania ter o processo democrático determinando se você deve comprar um seguro de saúde ou se deve poupar dinheiro para a sua aposentadoria? Tanto para nosso bem e para o bem de nossos semelhantes em todo o mundo, deveríamos estar defendendo a liberdade e não a democracia que nos tornamos, onde um Congresso malandro faz tudo que lhes possa conceder uma maioria de votos.
Democracia e liberdade não são a mesma coisa. A democracia é pouco mais que domínio da multidão, enquanto a liberdade se refere à soberania do indivíduo.
Permita-me oferecer a minha visão de justiça social: eu mantenho tudo aquilo que ganho com meu trabalho e você mantém tudo aquilo que ganha com seu trabalho.
A maioria dos grandes problemas que enfrentamos é causado por políticos que criaram soluções para problemas que eles criaram em primeiro lugar.
O que temos hoje é apenas uma defesa simétrica da liberdade de expressão: só é lícito aquilo que me agrada. Aquilo que me ofende deve ser proibido. (...) Ou a liberdade de expressão é absoluta ou ela não existe.
A escravidão foi legal; o apartheid foi legal; os expurgos stalinistas, nazistas e maoístas foram legais. Claramente o fato de terem sido lícitos não justifica esses crimes. A legalidade, sozinha, não pode ser o talismã moral das pessoas.
Um governo poderoso tende a atrair pessoas com egos inchados, pessoas que pensam que sabem mais do que todo mundo e têm pouca hesitação em coagir seus semelhantes.
O governo não tem recursos próprios... os gastos do governo não são menos do que o confisco da propriedade de uma pessoa para dá-la a outra a quem não pertence.
A essência do governo é a força e, na maioria das vezes, essa força é usada para realizar fins malignos.
São os governantes, não os ricos, que têm o poder de coagir e tornar nossas vidas miseráveis.
Sempre suspeite daqueles que afirmam que o caminho deles é o melhor e estão dispostos a forçar o seu caminho sobre o resto de nós.
A melhor coisa que os políticos podem fazer pela economia é parar de fazer o mal. Em parte, isso pode ser alcançado por meio da redução dos impostos e da regulamentação econômica, e permanecendo fora de nossas vidas.